Pré-cadastramento para vacinação contra Covid-19 encerrado
Os profissionais que se pré-cadastraram para vacinação contra a Covid-19, que ocorre neste sábado (6), das 9 às 17h, serão imunizados de acordo com a quantidade de doses disponibilizadas pela Secretaria de Saúde de Porto Alegre e seguindo o critério de idade, sendo priorizados os profissionais com 60 anos ou mais.
A iniciativa é uma parceria da SMS com entidades da Saúde e busca ampliar a vacinação àqueles que não atuam na linha de frente de combate ao vírus.
Aguarde mais informações. Fique atento aos canais oficiais do Cremers!
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É falso que vacinas contra Covid-19 causaram a morte de 181 pessoas nos Estados Unidos
*Reprodução Agência Lupa.
Circula pelas redes sociais que vacinas contra a Covid-19 causaram a morte de 181 pessoas nos Estados Unidos. A Agência Lupa checou a informação.
“181 americanos morreram em razão das vacinas contra covid em apenas duas semanas”
Texto em post publicado no Facebook que, até as 15h30 do dia 5 de fevereiro de 2021, tinha sido compartilhado 121 compartilhamentos
A informação analisada é falsa. Até o momento, não foi registrada nenhuma morte causada por vacina contra a Covid-19 nos Estados Unidos. O relatório mais recente do Sistema de Notificações de Reações Adversas a Vacinas (Vaers, na sigla em inglês), administrado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e pelo Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, indica que até 18 de janeiro foram registrados 197 óbitos por causas diversas de pessoas que tomaram a vacina. Essas mortes, diz o relatório, “não devem ser assumidas como causalmente relacionadas à vacinação” (página 33). O relatório foi divulgado em 27 de janeiro.
A maior parte dos óbitos registrados no período — 129 — ocorreu entre residentes de centros de cuidados intensivos, como lares para idosos, por exemplo, onde a taxa de mortalidade é alta em razão da idade ou de comorbidades. Isso quer dizer, de acordo com o documento, que apesar da vacinação, a morte dessa população por diferentes causas é um evento esperado. O Vaers também documentou mortes de pessoas que moram em residências comunitárias e têm menos de 65 anos: 28 no total. Dentre esses casos, 11 tiveram a autópsia concluída e o exame indicou, na maioria das vezes, problemas cardíacos.
Esses dados foram rastreados pelo V-safe, um aplicativo de monitoramento criado pelo CDC por meio do qual pessoas que foram vacinadas podem trocar mensagens, receber lembretes e fornecer informações sobre eventuais reações pós-vacina.
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Cremers vacinará médicos neste sábado
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre está estruturando a vacinação contra a Covid-19 de profissionais da área da Saúde residentes na capital. Para os médicos, será organizado um posto avançado de vacinação na sede do Cremers (Rua Bernardo Pires, 415, Santana). O número de doses é limitado e há necessidade de cadastramento prévio (manifestação de interesse). A imunização será no sábado (6), das 9h às 17h.
A vacinação será exclusivamente para médicos residentes em Porto Alegre e, de preferência, que não façam parte de Corpo Clínico hospitalar. Médicos com mais de 60 anos terão prioridade, conforme os critérios de imunização estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Para realizar o pré-cadastramento, é necessário enviar um e-mail para cadastrovacina@cremers.org.br até as 12h de sexta-feira (5). Os médicos interessados receberão automaticamente um e-mail de resposta com formulário a ser preenchido com CPF, CRM, nome completo, data de nascimento e endereço residencial. No dia da vacinação, é indispensável a apresentação da carteira profissional.
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Cremers lança novo canal para esclarecimento de informações sobre Saúde
O volume de informações relacionadas à Saúde Pública e o compartilhamento de notícias falsas se intensificou no Brasil durante a pandemia de Covid-19. Para auxiliar no combate às fake news, o Cremers criou um novo canal exclusivo para o esclarecimento de informações sobre temas da Saúde, que pode ser utilizado como fonte para os médicos e a população. CLIQUE AQUI e conheça a página.
Desde meados dos anos 2000, o compartilhamento de notícias falsas por meio da internet é uma prática generalizada na sociedade, principalmente quando aplicativos de mensagens são utilizados como fontes de notícias. O novo canal contará com a colaboração dos serviços da Ouvidoria e das 54 Câmaras Técnicas do Cremers, com o objetivo de atender às necessidades de esclarecimentos técnicos especializados sobre assuntos da atividade médica.
Além disso, no site do Conselho, serão compartilhadas informações já verificadas por veículos de checagem reconhecidos pela Rede Internacional de Checagem de Fatos (International Fact-Checking Network), composta pelos principais grupos de comunicação e organizações independentes.
Como funciona
Na página, que pode ser acessada em cremers.org.br/fake-news, todos poderão encaminhar dúvidas e questionamentos por meio de formulário on-line. As informações serão reunidas e esclarecidas pelo Cremers. O usuário deve incluir informações básicas como nome, e-mail, município, estado, profissão e a informação que gostaria de checar. Os profissionais do Conselho buscarão respaldo técnico sobre o assunto para formalizar esclarecimentos.
Os principais conteúdos sobre Saúde já verificados por agências de checagem e os respondidos pelo Cremers serão publicados no site, contribuindo para o compartilhamento e a divulgação de informações verídicas.
Atenção
O novo serviço não substitui as atribuições da Ouvidoria e das Câmaras Técnicas do Conselho. Para orientações sobre atos médicos, denúncias sobre conduta profissional e esclarecimentos de dúvidas sobre o Código de Ética Médica, é possível entrar em contato com a Ouvidoria pelo telefone (51) 3300-5400, opção 5, ou pelo e-mail ouvidoria@cremers.org.br. As Câmaras Técnicas continuam trabalhando para orientar os médicos e a população sobre assuntos específicos das especialidades, emitindo pareceres técnicos.
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É falso que exame RT-PCR gera 97% de falsos positivos para Covid-19
*Reprodução de Aos Fatos.
Em vídeo que circula nas redes sociais, um médico distorce e falseia informações ao alegar que exames RT-PCR geram 97% de diagnósticos falsos positivos para Covid-19 e que estudos na Itália e nos Estados Unidos indicaram que o total de mortes pela doença tem sido superestimado. O vídeo com as alegações enganosas circula em aplicativos de mensagem, como o Telegram e o WhatsApp. A gravação também circula no YouTube e no Facebook, onde reunia ao menos 3.000 compartilhamentos, nesta quarta-feira (3), e foi marcada com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (saiba como funciona).
O que foi checado:
1. Não é verdade que um estudo apontou que testes RT-PCR geram 97% de falsos positivos. O médico distorce, no vídeo, uma carta publicada em um periódico científico que aborda a medição da carga viral nas amostras de exames, não a confiança do resultado em si. Hoje, pesquisadores estimam que em torno de 5% dos diagnósticos resultam em falsos positivos;
2. Um centro de pesquisas de Oxford não concluiu que só 12% das mortes por Covid-19 na Itália foram de fato causadas pelo vírus. Essa afirmação é uma versão distorcida da declaração dada por um outro médico, da Itália, no ano passado. Ele explicou depois que os demais óbitos também foram considerados como decorrentes do Coronavírus, ainda que os pacientes tivessem apresentado outras enfermidades;
3. O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) de fato apontou em levantamento, de agosto do ano passado, que 6% das mortes registradas por Covid-19 nos Estados Unidos até aquele momento haviam ocorrido exclusivamente em razão do vírus. O órgão do governo americano, entretanto, também considerou que os demais óbitos foram desencadeados por condições associadas à infecção pelo Sars-CoV-2.
O texto citado pelo médico no vídeo não é um estudo, mas uma carta enviada ao periódico por um grupo de cientistas, entre eles Didier Raoult, autor de um estudo que apontava a eficácia da cloroquina contra Covid-19, e que depois reconheceu erros na análise. À revista, eles afirmaram que uma análise de cultura celular em laboratório, a partir de exames RT-PCR positivos, indicou que apenas 3% dos testes ficaram positivos após análises de mais de 35 ciclos – o que não tem nada a ver com 97% dos diagnósticos serem falsos.
O ciclo é uma variável considerada dentro dos exames RT-PCR chamada Ct (do inglês, Cycle Threshold). Ela pode categorizar de maneira mais ampla a concentração do material genético do vírus na amostra do paciente. Isso é medido pela quantidade de vezes que a amostra é analisada em laboratório até que o vírus seja detectado: quanto menos ciclos até a detecção do Sars-CoV-2, maior pode ser a carga viral do paciente. Se mais ciclos forem empregados até o diagnóstico positivo, menor seria a quantidade de vírus no organismo.
Portanto, os cientistas afirmam na carta que, ao submeterem todas as amostras positivas a mais de 35 ciclos, somente 3% seguiam dando positivo para o Sars-CoV-2. Não é mencionado em nenhum momento que isso seria um indicativo de que os demais 97% representam resultados falsos positivos nem que o Ct é capaz de medir isso exatamente.
“A diferença [entre as amostras analisadas] é que alguns tinham uma alta carga viral e, portanto, ainda eram contagiosos, e os outros tinham uma baixa carga viral, ou seja, menos contagiosos”, afirmou ao Aos Fatos Laura de Freitas, farmacêutica, doutora em biociências e biotecnologia e pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo). “A [relação entre] número de ciclos e resultados positivos não se refere aos casos em si, mas à capacidade de contágio. Também não há comprovação nesse sentido, e o que foi apresentado [na carta] não impacta em nada a contagem de casos positivos”, completou.
Um artigo de pesquisadores americanos publicado em setembro de 2020 como preprint, ainda não revisado por pares, indicou que o índice de falsos positivos em exames de RT-PCR para Covid-19 pode girar em torno de 2,3 e 6,9%. Esse intervalo compreende os 5% de diagnósticos falsos apontados por José Eduardo Levi, virologista do grupo Dasa, uma das principais redes de medicina diagnóstica do Brasil, ao Aos Fatos, por e-mail.
Acesse aqui a publicação original na íntegra.
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Dose da CoronaVac não custa 17 vezes mais do que a vacina de Oxford
*Reprodução da Agência Lupa.
Circula nas redes sociais que o valor de uma dose da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac custa R$ 58,20, ou seja, 17 vezes mais que uma dose do imunizante da Oxford/AstraZeneca, que sai por um valor em torno de R$ 3,40.

“Uma dose da Vachina $ 58,20. Uma dose da Oxford $ 3,40. Alguém já viu a imprensa questionar esse preço?”
Trecho de post publicado no Facebook que, até as 13h de 1º de fevereiro de 2021, tinha mais de 715 compartilhamentos
A informação analisada pela Agência Lupa é exagerada. O post que circula nas redes sociais distorce os valores das vacinas, usando valores em real para uma e em dólar para outra. O Ministério da Saúde deve pagar R$ 58,20 por cada dose da CoronaVac ao Instituto Butantan. Já o preço da vacina da AstraZeneca/Oxford depende do fornecedor, mas em nenhum caso o valor é de R$ 3,40. Pelo acordo inicial da Fiocruz com a farmacêutica britânica, a dose custaria US$ 3,16, o que, na cotação de segunda-feira (1º), equivale a R$ 17,28 — ou seja, a CoronaVac custa três vezes mais, e não 17 vezes mais. O custo da mesma vacina importada da Índia é um pouco mais alto, e equivale a cerca de metade do preço da CoronaVac.
O valor de R$ 58,20 da vacina CoronaVac está previsto no contrato estabelecido entre a Fundação Butantan e o Ministério da Saúde, assinado em 7 de janeiro deste ano. No texto, o governo federal se compromete a comprar 46 milhões de doses da vacina desenvolvida em parceria internacional entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan. Os imunizantes, segundo o texto, devem ser entregues ao Ministério da Saúde até o fim de abril. No total, o valor da compra foi de R$ 2,6 bilhões. Também já está em negociação a compra de mais de 54 milhões de doses.
Em setembro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica Astrazeneca assinaram acordo no qual estabeleceu-se que a dose de cada vacina sairia a US$ 3,16, ou R$ 17,28. O contrato estabelece a entrega de 100,4 milhões de doses de vacinas, com capacidade de produzir mais 110 milhões ao longo do segundo semestre de 2021. A Fiocruz informa que aguarda a chegada do insumo para produção de 7,5 milhões de doses de vacinas. A liberação dos primeiros lotes está prevista entre 8 e 12 de fevereiro.
Já o lote de dois milhões de vacinas importadas da Índia, que chegou ao Brasil no último dia 22 de janeiro, saiu um pouco mais caro: US$ 5,25 cada dose, ou R$ 28,62. Apesar de se tratar da mesma substância, o valor da vacina importada é mais alto porque, neste caso, a vacina foi integralmente produzida pelo Instituto Serum — no caso do lote principal, a Fiocruz ficaria responsável por preparar a vacina para a distribuição a partir dos insumos fornecidos pela AstraZeneca. Esse é o mesmo valor, por exemplo, que foi pago pela África do Sul ao Instituto Serum pela importação de 1,5 milhão de doses. Uma reportagem do The Guardian mostrou que o país, assim como o Brasil, estaria pagando o dobro que a União Europeia pela vacina de Oxford. Segundo a justificativa, o valor mais baixo, de US$ 2,16, seria um desconto aos países que investiram na pesquisa e desenvolvimento do imunizante.
Em 17 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade o uso emergencial das vacinas CoronaVac e da AstraZeneca/Oxford. Até esta segunda-feira (1º), foram aplicadas no país 2,1 milhões de doses, segundo levantamento do Our World in Data, da Universidade de Oxford.
Custo das Vacinas
A diferença no custo das duas vacinas está relacionado com a tecnologia empregada no desenvolvimento. A CoronaVac é feita a partir do vírus inativado, uma das tecnologias mais tradicionais de produção de imunizantes. Apesar de ser mais antiga, essa técnica tem um custo de produção mais alto na comparação com vacinas mais modernas. “É preciso cultivar o vírus e trabalhar com ele ‘vivo’. Isso demanda uma estrutura de laboratórios de segurança máxima”, explicou a microbiologista Natália Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), em reportagem publicada pela Lupa em dezembro.
Já a vacina de Oxford usa uma tecnologia de vetor viral. Nesse caso, um segundo vírus, modificado geneticamente para ser inofensivo, é utilizado para carregar informações genéticas do novo Coronavírus para dentro do organismo — no caso do imunizante contra Covid-19, trata-se de um tipo de adenovírus. As células humanas conseguem, assim, produzir partes do SARS-CoV-2 temporariamente e, assim, estimular uma resposta imune do organismo. Essa técnica barateia o processo de produção. “É possível ter uma plataforma pronta com o seu adenovírus e facilmente trocar de sequência genética quando quiser trocar de doença”, explicou a pesquisadora. Vale sempre pontuar que o material genético que entra nas células não interage com o núcleo, e não é capaz de modificar o DNA humano.
Acesse aqui a publicação original.
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Cremers reforça parceria e colaboração com Ministério Público do Estado
O Cremers reuniu-se, nesta sexta-feira (29), com o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Marcelo Lemos Dornelles, em Porto Alegre. Na ocasião, o Conselho se colocou à disposição para cooperar na ação que incentiva a denúncia sobre pessoas que foram vacinadas contra a Covid-19 indevidamente e reforçou a parceria de longa data entre as duas instituições.
“O Cremers se coloca à disposição do Ministério Público para auxiliar na fiscalização de possíveis irregularidades na aplicação da vacina”, reiterou o vice-presidente do Conselho, Eduardo Neubarth Trindade.
“O trabalho das instituições tem o mesmo foco: o bem-estar da comunidade. Espero que possamos estreitar os laços com todos os promotores que assim desejarem”, afirmou a coordenadora do Departamento de Fiscalização do Cremers, Laís Del Pino Leboutte.
O subprocurador apresentou os primeiros resultados da ação que incentivou as denúncias sobre irregularidades. “Desde o início da pandemia, respeitamos a atribuição de cada um, em especial do gestor público, na atuação contra a doença e na orientação da população. Recebemos inúmeras denúncias. Ao todo, já verificamos a veracidade de possíveis 285 casos de ‘fura-filas’, a maioria em cidades pequenas. De agora em diante, vamos trabalhar para conferir qual o tamanho da improbidade cometida”, informou.
Acompanharam a reunião o tesoureiro do Cremers, João Batista Zanolla Andreola; o conselheiro André Cecchini; e o procurador Juliano Lauer.
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Cremers busca vacinação ampla contra Covid-19 para médicos do Rio Grande do Sul
Preocupado com a necessidade de ampla vacinação de profissionais da Medicina contra a Covid-19, o Conselho Regional de Medicina do Estado Rio Grande do Sul (Cremers) consultou, na manhã desta sexta-feira (29), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) sobre o cronograma de imunização. Em reunião com a secretária Arita Bergmann, o vice-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, buscou informações sobre como otimizar a aplicação das vacinas aos profissionais que não são priorizados e atuam em consultórios, clínicas e hospitais privados.
“Queremos que a vacinação atinja também os profissionais da ponta, aqueles sem vínculo a hospitais ou unidades de Saúde que atendem à Covid-19. Eles também precisam estar imunizados para atender adequadamente à população. O Cremers quer auxiliar o governo estadual na divulgação desse calendário, uma vez que o voluntarismo de outras instituições pode atrapalhar o processo e torná-lo confuso”, ressaltou Trindade.
A recomendação do governo do Estado para a estratificação dos grupos prioritários dos trabalhadores da Saúde segue cronograma do Conselho das Secretarias de Saúde do Estado (Cosems). Desde o primeiro dia de vacinação (18 de janeiro), a SES divulga o ordenamento de prioridades que ocorre de acordo com a quantidade de doses recebidas e sua logística de distribuição. A ordem de prioridade foi publicada em 24 de janeiro e pode ser conferida AQUI.
“Nenhum município ficará com menos de 58% dos profissionais vacinados. Sugerimos ao Cremers que nos encaminhe uma listagem dos médicos não vinculados por município, e que atuam de forma privada, que precisarão ser vacinados para apresentar ao Cosems. A partir disso, as secretarias municipais organizarão a vacinação, respeitando o cronograma e os critérios já estabelecidos”, afirmou a secretária Arita Bergmann.
O Rio Grande do Sul já recebeu 511,2 mil doses de duas remessas de unidades da vacina Coronavac, no dia 18 de janeiro, e da Oxford/AstraZeneca no último domingo (24). Ambas vacinas têm aplicação de duas doses no ciclo de imunização contra a Covid-19.
Segundo o painel de monitoramento do governo estadual, já foram aplicadas 122,8 mil das primeiras doses das vacinas, sendo 90.224 aplicadas somente em profissionais da Saúde.
Critérios técnicos
Entre as características e os critérios técnicos que estabeleceram a estratificação da população para a aplicação das vacinas, o governo informou que foi considerada a concentração do vírus em suspensão no ambiente; a escassez de profissionais de Saúde com formação específica; os serviços fechados em caso de surtos entre profissionais; e os pacientes vulneráveis, que em muitos cenários não podem receber a vacina, sendo que os profissionais se tornam os vetores principais.
Já sobre as justificativas técnicas, as áreas exclusivas para atendimento Covid-19 com concentração maior do vírus; a ventilação mecânica e outros aparelhos que favoreçam a suspensão do vírus no ambiente; as áreas fechadas em instituições que possam apresentar surto e acarretar o fechamento de unidade devido à contaminação dos profissionais; e os pacientes críticos ou com imunossupressão que necessitem de contato com profissionais de Saúde – local onde estão em maior risco de contágio.
Grupos prioritários

A vacinação, iniciada em 17 de janeiro, é realizada nos grupos prioritários. Em relação aos profissionais da Medicina, por ordem, serão imunizados os responsáveis pela vacinação de idosos em Instituições de Longa Permanência (ILPI) ou indígenas; os profissionais que trabalham em áreas fechadas de Unidades e Centros de Terapia Intensiva (UTIs e CTIs); os médicos que atuam em rede de urgência e emergência (Unidades de Pronto Atendimento e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência); e os que circulam em unidades de internação clínicas reservadas para atendimento de pacientes com Covid-19, bem como ambulatórios exclusivos para atendimento Covid-19.
Ainda entre os primeiros 10 grupos prioritários estão coletadores de swab nasofaríngeo e orofaríngeo; de ambulatórios e unidades de Saúde de Atenção Primária/Básica; de serviços ou ambulatórios que prestam atendimento a pacientes acometidos por imunossupressão; demais áreas de hospitais não exclusivas ao atendimento e tratamento da Covid-19; e demais ambulatórios e pronto-atendimentos.
Os médicos que atuam em consultórios, laboratórios e farmácias de instituições privadas, bem como os profissionais que não se enquadram nos grupos citados, estão entre as últimas categorias a serem vacinadas antes da população.
Casos no RS
Desde o início da pandemia, foram registrados 536,7 mil casos da doença no estado. A letalidade aparente é de 2%, o que já causou 10.512 óbitos, em sua maioria de idosos e pessoas com comorbidades, e 7% dos casos (36 mil) necessitaram de hospitalização por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Confira mais dados aqui.
Segundo a SES, antes da pandemia, a rede tinha 933 leitos de UTI Adulto SUS. Foram criados mais 1.045, alcançando um total de 2.018 leitos habilitados. Além disso, o Rio Grande do Sul conta com mais de 5 mil leitos clínicos para pacientes com menor gravidade. Recentemente, por meio da colaboração de hospitais públicos e privados e prefeituras, foram recebidos pacientes de Rondônia, que ocupam leitos clínicos.
Acompanharam a audiência com a secretária da Saúde o tesoureiro do Cremers, João Batista Zanolla Andreola; o conselheiro André Cecchini; e o procurador Juliano Lauer. Estiveram presentes também a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Goulart Molina Bastos, e o chefe da Vigilância Epidemiológica do Cevs, Tani Ranieri.
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Fiscalização do Cremers vai intensificar e agilizar atuação
O Departamento de Fiscalização (Defis) do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) vai intensificar e agilizar sua atuação em 2021.
Para alcançar esses objetivos, o Defis iniciou processo de contratação de dois médicos fiscais, por meio de concurso em vigência. Os candidatos passam pela fase de entrevistas.
Segundo a coordenadora do Defis, Laís Leboutte, a melhor estruturação do setor dará mais agilidade à atuação e às respostas necessárias à população e aos médicos.
Cremers reforça prioridade para linha de frente no calendário de vacinação contra Covid-19 divulgado pela Secretaria da Saúde
O calendário de vacinação contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul, planejado e executado pela Secretaria de Saúde do Estado, foi divulgado em janeiro de 2020 para a população em geral. Neste primeiro momento, serão priorizadas doses para os profissionais da Medicina que trabalham na linha de frente de hospitais, redes de urgência e emergência e atenção básica, no atendimento de pacientes infectados.
Os demais médicos terão cobertura vacinal conforme as orientações divulgadas pelas secretarias da Saúde municipais e estadual. A sequência do cronograma de vacinação depende da aquisição e da distribuição das vacinas Coronavac (desenvolvida pelo Instituto Butantan e fabricada no laboratório chinês Sinovac) e Oxford (da Universidade de Oxford em parceria com a Fiocruz).
Os médicos da linha de frente integram a lista dos três primeiros grupos da priorização da cobertura vacinal, na qual constam ainda idosos que moram em instituições de longa permanência e funcionários desses estabelecimentos e indígenas aldeados. Desde o primeiro dia de vacinação (18 de janeiro) até o momento, mais de 90 mil doses já foram aplicadas no estado, de acordo com painel de monitoramento da SES.
Os profissionais médicos podem buscar mais informações sobre as vacinas e as remessas distribuídas, acessando o site coronavirus.rs.gov.br/tevacinars.
Também é possível denunciar possíveis “fura-filas”, as pessoas que estão fora dos grupos prioritários e que receberam dose do imunizante indevidamente. Para denunciar, ACESSE AQUI e preencha o formulário da Secretaria da Saúde e Ministério Público.
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