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ÀS EMPRESAS
À SOCIEDADE
COMUNICAÇÃO
É falso que taxa de mortalidade aumentou em Israel após aplicação da vacina da Pfizer
sexta-feira, 05 março 2021
por Assessoria de Imprensa
*Reprodução da Agência Lupa.
Circula pelas redes sociais que a taxa de mortalidade por Covid-19 aumentou em Israel depois que o país começou a vacinar a população com as doses do imunizante da Pfizer. O post reproduz o título de um conteúdo publicado no site ContraFatos e sugere que essa denúncia foi feita por pesquisadores. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“Pesquisadores: Taxas De Mortalidade Disparam Em Israel Após Vacinação Contra COVID Da Pfizer”
Título de conteúdo publicado no Facebook que, até as 18h do dia 5 de março de 2021, tinha sido compartilhado por 93 pessoas
A informação analisada é falsa. Israel começou a campanha de vacinação no final de dezembro com o imunizante da Pfizer/BioNTech, e desde o final de janeiro, a curva de novos casos e de mortes diárias por Covid-19 vem caindo. O último pico de óbitos registrados em um único dia no país foi em 21 de janeiro, quando 101 pessoas faleceram, conforme os dados disponíveis na plataforma Worldometers. Diferentemente do que sugere a publicação, de lá para cá os números diminuíram e em 4 de março caíram para 19.
A publicação Our World in Data, plataforma que reúne dados analíticos e estatísticos sobre o novo coronavírus em todo o mundo, criou uma página especial para medir como a vacinação está impactando a evolução de casos da doença em Israel. Em 4 de março, a plataforma indicou que mais de 40% da população já tinha recebido a segunda dose da vacina. Também mostrou que, até 6 de fevereiro, 80% das pessoas acima de 60 anos do país receberam a primeira ou segunda dose. Como resultado, o número de hospitalizações de idosos com quadro grave de Covid-19 caiu, bem como o número de mortes vem decrescendo.
- Publicado Em Fake News
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Médicos de Porto Alegre são vacinados no Cremers no sábado
quarta-feira, 10 fevereiro 2021
por Assessoria de Imprensa
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), atendendo à solicitação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre, disponibilizou estrutura física e de pessoal para a vacinação contra a Covid-19 de médicos, no sábado (6).
Foram imunizados profissionais moradores de Porto Alegre, registrados no Cremers e, preferencialmente, com 60 anos ou mais, na ativa e que não fazem parte de Corpo Clínico hospitalar.
Para a imunização dos profissionais, a SMS disponibilizou 1,5 mil doses da AstraZeneca/Oxford. Para participar do processo, os registrados se cadastraram previamente, por meio de formulário, sendo que foram recebidas 1.711 manifestações de interesse.
A vacinação seguiu os critérios de imunização estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O Cremers estruturou, em um de seus auditórios, na sede em Porto Alegre, três guichês de vacinação. Todas as medidas de segurança sanitária foram respeitadas. De acordo com a SMS, que verificou in loco todo o processo de imunização, foram vacinados 502 médicos.
Outros 57 profissionais compareceram ao Cremers, mas não foram imunizados, pois não fizeram o cadastro prévio. A lista com os dados dos 50 residentes em Porto Alegre foi encaminhada para conhecimento da SMS.
As doses excedentes da vacina, assim como todo o material descartado, foram devolvidas à SMS na segunda-feira (8).
- Publicado Em Coronavírus, Notícias
É falso calendário de imunização de idosos compartilhado na internet
terça-feira, 09 fevereiro 2021
por Assessoria de Imprensa
Circula, nas redes sociais, um calendário falso de imunização de idosos em Postos de Saúde com datas a partir de 1º de março. A mensagem é compartilhada junto com notícia verdadeira publicada no site do Jornal do Comércio, que informa sobre vacinação que ocorre a partir desta quarta-feira (10) (confira aqui).
A informação do calendário foi desmentida por órgãos oficiais e também veículos de comunicação de diversos estados brasileiros. No Rio Grande do Sul, a informação foi verificada junto à Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS), que publicou em seus perfis oficiais na internet que não há qualquer definição de data para vacinação, a não ser a que começa em 10 de fevereiro.
Confira a mensagem falsa que está sendo compartilhada:

Vacinação de profissionais de Saúde em Porto Alegre
De 10 a 13 de fevereiro, a SMS vacina os profissionais da Saúde contra a Covid-19 no Centro de Saúde IAPI (Rua Três de Abril, 90, Passo D’Areia). Serão disponibilizadas cerca de 13 mil doses, das 8h às 17h.
De acordo com a SMS, para receber a vacina é preciso portar documento de identificação e comprovação de residência. O atendimento será realizado por ordem de chegada.
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Saiba mais clicando aqui.
- Publicado Em Coronavírus, Destaques, Fake News, Notícias
Sábado é de vacinação para os médicos de Porto Alegre registrados no Cremers
sábado, 06 fevereiro 2021
por Assessoria de Imprensa
Os médicos moradores de Porto Alegre e registrados no Cremers têm a oportunidade de receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 neste sábado (6). A iniciativa é resultado de parceria entre a autarquia federal e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital, que disponibilizou 1,5 mil doses da AstraZeneca/Oxford para imunização dos profissionais.
A mobilização para vacinação dos médicos começou no início da noite de quarta-feira (3), quando o Cremers abriu o pré-cadastramento dos médicos interessados em receber a vacina. Até o meio-dia de sexta-feira (5), foram recebidas 1.711 manifestações de interesse de médicos residentes em Porto Alegre e, de preferência, que não fazem parte de Corpo Clínico hospitalar. Médicos com mais de 60 anos tiveram prioridade, conforme os critérios de imunização estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O Cremers estruturou, em um de seus auditórios, na sede em Porto Alegre, três guichês de vacinação. Todas as medidas de segurança sanitária foram respeitadas. Até o início da tarde de sábado (6), foram imunizados cerca de 500 médicos. A organização, que contou com o trabalho de funcionários e conselheiros da autarquia, permitiu que todos fossem atendidos com agilidade.
O médico psiquiatra Gustavo Soares fez questão de registrar o momento, mostrando a carteira de vacinação. “Está tudo muito organizado, desde o início do processo”, relatou. A anestesiologista e professora de Farmacologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Maria Beatriz Ferreira, foi uma das primeiras a receber a vacina e ficou satisfeita com a rapidez e a agilidade do atendimento.
A segunda dose da vacina AstraZeneca/Oxford deve ser aplicada em 12 semanas. No entanto, a organização do posto avançado na sede do Cremers depende da disponibilização de vacinas por parte da SMS.
Mutirão
Outras entidades também foram mobilizadas para a vacinação de profissionais da Saúde em Porto Alegre. Ao todo, a SMS disponibilizou 12 mil doses das vacinas CoronaVac e AstraZeneca/Oxford, que foram distribuídas em cinco pontos: Cremers, Simers, Amrigs, Conselho Regional de Odontologia (CRO-RS) e Associação Brasileira de Odontologia (ABO-RS).
Ampla vacinação
Conforme acordado com a SES, em reunião no dia 29 de janeiro, o Cremers está organizando uma relação de médicos que ainda não foram vacinados. A lista será encaminhada às secretarias da Saúde dos municípios gaúchos para que os gestores municipais organizem a imunização dos profissionais do interior, seguindo os critérios de prioridades determinados pela SES.
O objetivo é contribuir para que todos os médicos tenham acesso à vacinação, promovendo a ampla imunização dos profissionais que não pertencem a Corpo Clínico hospitalar, ou seja, que atuam em consultórios e clínicas.
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Cremers busca ampla vacinação contra Covid-19 para médicos do Rio Grande do Sul
sábado, 06 fevereiro 2021
por Assessoria de Imprensa
Médicos devem responder se foram vacinados entrando no Espaço do Médico até segunda (8)
Conforme acordado com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em reunião no dia 29 de janeiro, o Cremers está organizando uma relação de médicos que ainda não foram vacinados. A lista será encaminhada às secretarias municipais da Saúde do Rio Grande do Sul para que os gestores municipais organizem a imunização dos profissionais do interior, seguindo os critérios de prioridades determinados pela SES.
O objetivo é contribuir para que todos os médicos tenham acesso à vacinação, promovendo a ampla imunização dos profissionais que não pertencem a Corpo Clínico hospitalar, ou seja, que atuam em consultórios e clínicas.
“Queremos que a vacinação atinja também os profissionais da ponta, aqueles sem vínculo a hospitais ou unidades de Saúde que atendem à Covid-19. Eles também precisam estar imunizados para atender adequadamente à população”, justificou o vice-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade.
Até segunda-feira (8), os médicos registrados no Cremers que entrarem no site do órgão (cremers.org.br), no Espaço do Médico, poderão responder a um breve questionário indicando se já foi imunizado e se pertence ou não a Corpo Clínico hospitalar. Esse questionário será utilizado para a organização da listagem a ser enviada à SES.
A recomendação do governo do Estado para a estratificação dos grupos prioritários dos trabalhadores da Saúde segue cronograma do Conselho das Secretarias de Saúde do Estado (Cosems). Desde o primeiro dia de vacinação (18 de janeiro), a SES divulga o ordenamento de prioridades que ocorre de acordo com a quantidade de doses recebidas e sua logística de distribuição.
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Cremers vacinará médicos neste sábado
quarta-feira, 03 fevereiro 2021
por Assessoria de Imprensa
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre está estruturando a vacinação contra a Covid-19 de profissionais da área da Saúde residentes na capital. Para os médicos, será organizado um posto avançado de vacinação na sede do Cremers (Rua Bernardo Pires, 415, Santana). O número de doses é limitado e há necessidade de cadastramento prévio (manifestação de interesse). A imunização será no sábado (6), das 9h às 17h.
A vacinação será exclusivamente para médicos residentes em Porto Alegre e, de preferência, que não façam parte de Corpo Clínico hospitalar. Médicos com mais de 60 anos terão prioridade, conforme os critérios de imunização estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Para realizar o pré-cadastramento, é necessário enviar um e-mail para cadastrovacina@cremers.org.br até as 12h de sexta-feira (5). Os médicos interessados receberão automaticamente um e-mail de resposta com formulário a ser preenchido com CPF, CRM, nome completo, data de nascimento e endereço residencial. No dia da vacinação, é indispensável a apresentação da carteira profissional.
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Áudio do WhatsApp sobre vacinas faz acusações fantasiosas sobre presença de HIV, morte de cachorros e ineficácia de testes PCR*
terça-feira, 19 janeiro 2021
por Assessoria de Imprensa
*Reprodução da Agência Lupa.
Circula por grupos de WhatsApp um áudio com uma série de denúncias sobre algumas vacinas contra o novo coronavírus. Ao longo de 11 minutos, o autor fala sobre a morte de cachorros usados para testes na Inglaterra e diz que vacinas da Austrália “têm HIV”. Na mensagem, o homem que diz ter experiência na área de diagnóstico médico também afirma que o SARS-Cov-2 “é um vírus fajuto que ninguém conseguiu isolar” e que não tem sintomas definidos. O áudio termina com o autor afirmando que os testes PCR, para diagnóstico da Covid-19, não funcionam. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado.
“Na Inglaterra, fizeram estudos com animais, cachorros, uns meses atrás. E vacinaram 20 cachorros. Os outros 20 não vacinaram. Os 20 que não vacinaram passaram bem, continuaram, não morreram. E todos os 20 que vacinaram morreram. É a mesma vacina que eles estão usando, é a mesma.”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
Não existe, até o momento, nenhuma publicação científica que mostre estudos de vacinas contra a Covid-19 em cachorros na Inglaterra. De acordo com especialistas ouvidos pela Lupa, não é uma praxe, entre a comunidade científica, testar imunizantes em cachorros. Carlos R. Zárate-Bladés, pesquisador do Laboratório de Imunorregulação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) explica que, em geral, testes são feitos primeiro em roedores. “Normalmente camundongos. Algumas vezes, passa-se a usar roedores maiores, como coelhos, por exemplo. Depois, se possível, testa-se em macacos. Mas cachorros não são uma praxe”, afirmou, por telefone.
O uso de animais em desenvolvimento de medicamentos ou vacinas ocorre na fase de testes pré-clínicos. Se os resultados dessa fase são promissores e seguros, aí sim começam os testes em seres humanos. “Se realmente tivessem matado os cães, o estudo não prosseguiria. Nenhuma agência reguladora iria permitir que algo que foi maléfico em um modelo animal prosseguisse para seres humanos. É para isso que se usam modelos animais: se dá um problema, supõe-se que pode dar o mesmo problema em seres humanos”, explicou Aguinaldo R. Pinto, professor titular do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC.
“Na Austrália, o governo cancelou a vacinação em massa, um programa de 300 milhões de dólares que eles tinham começado antes de agora terem encontrado HIV em todas as vacinas, coisa que eu já vinha falando há muito tempo.”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
Não é verdade que o governo australiano tenha cancelado campanha de vacinação em massa de sua população. Na verdade, o país planeja começar a imunização a partir de meados de fevereiro. Em 7 de janeiro, o governo publicou a estratégia nacional de vacinação, que começará em profissionais da saúde e idosos. No momento, a Austrália tem acordos com quatro biofarmacêuticas: AstraZeneca / Universidade de Oxford, Novavax, Pfizer/BioNTech e Covax Facility. A primeira vacina a ser aplicada será a da Pfizer, cuja aprovação está prevista para final de janeiro.
De acordo com o Departamento de Saúde, o país investiu 363 milhões de dólares para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas em todo mundo. Também investiu 3,3 bilhões de dólares em candidatas promissoras, entre elas as quatro com as quais já tem acordo.
Também não é verdade que foi encontrado o vírus HIV em todas as vacinas da Austrália. Diferentemente do que afirma o áudio, uma candidata australiana da vacina teve os estudos interrompidos em dezembro porque, após a primeira fase de testes, gerou anticorpos para o HIV em alguns participantes. De acordo com a Universidade de Quensland e a farmacêutica CSL, foram realizados mais testes para averiguar a possível presença do vírus nesses participantes. Essa hipótese foi descartada pelos pesquisadores.
“Agora tem essa versão aí com HIV e com outros produtos para causar infertilidade. Toda a comunidade científica internacional já sabe disso.”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
Como explicado acima, não é verdade que existem vacinas com HIV. Na Austrália, a Universidade de Queensland e a farmacêutica CSL interromperam as pesquisas da vacina UQ-CSL v451 porque alguns voluntários apresentaram anticorpos para o HIV, que foram detectados em testes. Isso não quer dizer, entretanto, que a vacina — que não passou da fase 1 de testes — contenha HIV em sua formulação. Análises feitas pelos pesquisadores comprovaram que não houve infecção pelo vírus. Essa vacina, especificamente, foi descartada.
Também não procede a informação de que as vacinas tenham produtos em sua fórmula que causam infertilidade. Até o momento, não existem evidências científicas que comprovem que os imunizantes em desenvolvimento podem afetar o sistema reprodutor feminino ou masculino.
Como já explicado pela Lupa, em novembro de 2020 um estudo da Universidade de Miami abordou os efeitos da Covid-19 na fertilidade masculina — e não da vacina. Os pesquisadores da instituição demonstraram que o SARS-CoV-2 pode infectar o tecido testicular em alguns homens com a doença. Uma pesquisa para averiguar o efeito da vacina está em curso. Segundo um dos coordenadores do estudo, o médico Ranjith Ramasamy, com base no mecanismo pelo qual o mRNA atua, é improvável que as vacinas da Covid-19 tenham impacto na fertilidade masculina.
Também não há evidências de que as vacinas podem causar infertilidade em mulheres. Em dezembro, uma peça de desinformação afirmou equivocadamente que a proteína Spike, presente no coronavírus e usada como base em alguns tipos de vacina contra a Covid-19, era igual à sincitina-1 — essa proteína é produzida pelo corpo humano e é importante para a adesão da placenta. No entanto, estudos sobre a spike, como o publicado pela revista Nature em agosto do ano passado, sequer mencionam a possibilidade de essa substância ocasionar alguma reação cruzada com alguma outra proteína humana.
“Essa da Pfizer, os diretores são chineses. Os acionistas da Pfizer são chineses. Os da Moderna também, da GlaxoSmithKline também”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
A biofarmacêutica Pfizer é uma multinacional norte-americana de capital aberto. Atualmente, os 10 principais sócios da companhia são grupos de investimentos dos Estados Unidos, entre eles Vanguard Group, SSgA Funds Management e BlackRock Fund Advisors. Da mesma forma, os principais acionistas da Moderna Therapeutics, fundada e sediada nos Estados Unidos, também são grupos de investimentos americanos.
Já a farmacêutica GlaxoSmithKline é de origem britânica, mas tem, entre os principais acionistas, empresas americanas de investimentos, como a Dodge & Cox. A Lupa já verificou conteúdo semelhante em dezembro.
“Então não adianta, não existe vacina por uma coisa tão fajuta como esse vírus que ninguém conseguiu isolar. (…) Viram in vitro, mas ninguém pegou um paciente que morreu, fizeram a autópsia e ‘tá aqui o vírus’. Porque não vai achar. Como eles fazem uma vacina para a população tomar se eles não sabem nem o que estão fazendo, que é só baseado em sintomas, são só sintomas. Não tem um grupo de sintomas (…).
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
O áudio analisado pela Lupa é falso. O agente etiológico do coronavírus, ou seja, o agente causador da doença, foi identificado e caracterizado ainda em janeiro de 2020, menos de um mês depois de serem notificados os primeiros casos em Wuhan, na China. Em 11 de janeiro, pesquisadores chineses já tinham a sequência genética do vírus. Em 11 de fevereiro, o vírus recebeu o nome de SARS-Cov-2. No Brasil, o sequenciamento do genoma do coronavírus foi feito já em fevereiro de 2020, pouco tempo depois do primeiro relato no país.
“Esse sequenciamento é feito também para identificar as infecções. O interesse é ver as linhagens do vírus que estão circulando, por onde estão se espalhando. Isso quer dizer que o sequenciamento não é feito só uma vez, mas repetidas vezes e em vários países”, explicou, por telefone, a médica epidemiologista e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Ana Luiza Curi Hallal.
Também não é verdade que a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, não tenha um grupo de sintomas específicos. Existe, sim, um grupo de sintomas característicos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), febre, tosse seca e cansaço são os mais comuns. Outros sinais são dor de garganta, diarreia, dor de cabeça e perda de olfato e paladar. Dificuldade para respirar, pressão no peito e perda da fala e de movimentos são sintomas graves da doença.
No Brasil, o Ministério da Saúde indicou um manual de orientações técnicas para atendimento e diagnóstico da Covid-19 em todos os estados. “Tanto que existe uma definição oficial para casos suspeitos. Ao confirmar, por critério de exame laboratorial ou exame de imagem específico, por exemplo, aí então o caso entra na base de dados”, disse a epidemiologista Ana Luiza Curi Hallal.
“Não tomando a vacina, tu tem 99,7% de chance de sobreviver. Até mais que isso. Se tu tomar hidroxicloroquina, ivermectina e zinco, esses coquetéis, tu tem 99,9%, para não dizer 100%, depende das tuas circunstancias fisiológicas no momento”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
O áudio analisado pela Lupa é falso. De acordo com instituições internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NHI, na sigla em inglês), não há, até o momento, medicamentos que comprovadamente reduzem o risco de infecção pela Covid-19.
No último domingo (17), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) se manifestou publicamente acerca do colapso do sistema de saúde no Amazonas e também sobre o tratamento precoce da doença. Segundo a instituição, não existem dados conclusivos sobre a eficácia e segurança de fármacos como ivermectina, nitazoxanide, cloroquina ou hidroxicloroquina para tratamento ou profilaxia da Covid-19. “Alertamos que até o presente momento não existe tratamento farmacológico precoce da Covid-19 com eficácia e segurança comprovada”, diz o documento.
Conforme já explicado pela Lupa, diversos estudos publicados já comprovaram que não há eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. Um exemplo é o Recovery Trial, coordenado pela Universidade de Oxford, que suspendeu testes em junho com o remédio ao notar que ele não mostrou benefício no tratamento da doença. Em julho, a iniciativa Solidarity Trial, coordenado pela OMS, encerou testes com a hidroxicloroquina. Um estudo brasileiro, publicado em novembro no periódico New England Journal of Medicine, também comprovou que a hidroxicloroquina é ineficaz no tratamento de casos leves e moderados da Covid-19.
“O próprio HIV foi criado em laboratório, isso já se sabe também e já vão ser liberadas essas informações também (…).”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
O áudio analisado pela Lupa é falso. O vírus HIV, causador da Aids, foi identificado pela primeira vez em humanos nos anos 1920 na região da atual República Democrática do Congo. Em 1999, pesquisadores encontraram uma cepa de SIV (chamada SIVcpz) em um chimpanzé que era quase idêntica ao HIV em humanos, indicando que a origem do vírus é animal. Em 2006, outro estudo publicado na revista Science corroborou com a hipótese.
De acordo com a organização Avert – Informação e Educação global sobre HIV, o contágio em seres humanos se deu a partir de chimpanzés portadores do Vírus da Imunodeficiência Simian (SIV), um vírus intimamente relacionado ao HIV, que foram caçados e comidos por moradores locais.
“O teste do PCR é totalmente falso. Quem tiver alguma dúvida no teste do PCR, ele não foi feito pra isso, ele testa um cromossomo, não testa nada de vírus, desse aí. A pessoa tá com resfriado dá positivo, uma mão dá positivo, a Coca-Cola dá positivo, o abacaxi dá positivo. Tudo dá positivo. O PCR é só para aumentar os números. E para justificar a quarentena, justificar as vacinas e botar medo nas pessoas. Tomara que muita gente tome essa vacina porque o mundo precisa se libertar desses ignorantes que a gente tem aí no Brasil.”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
O áudio analisado pela Lupa é falso. O teste RT-PCR (Reação de Transcriptase Reversa seguida de Reação em Cadeia da Polimerase, em tradução da sigla em inglês), também conhecido como teste molecular, identifica a presença do ácido ribonucleico (RNA) viral do SARS-CoV-2. É um dos dois principais exames para identificar a infecção pelo novo coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde, se feito na janela de tempo correta, a eficácia é acima de 90%. “O teste PCR vê o material genético e, portanto, é o melhor teste para identificar a doença. Tem acurácia acima de 90% e é raro dar um falso positivo”, confirma a médica e professora da UFSC Ana Luiza Curi Hallal.
Recomenda-se que esse teste seja feito no início da doença, especialmente na primeira semana, quando se tem grande quantidade do vírus Sars-CoV-2 no organismo. As amostras são coletadas por meio de swabs (cotonetes) de nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta).
Acesse aqui a publicação original.
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Manifestação sobre carta aberta à população do Fórum dos Conselhos Regionais
terça-feira, 19 janeiro 2021
por Assessoria de Imprensa
Parte integrante do Fórum dos Conselhos Regionais e Ordens das Profissões Regulamentadas do Estado do Rio Grande do Sul (Fórum-RS), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) manifesta-se publicamente favorável à carta aberta divulgada, nesta terça-feira (19), pelo fórum de entidades.
Bem como o Fórum-RS, o Cremers posicionou-se a favor da ciência e da vacinação contra a Covid-19 em nota oficial comunicada aos médicos e à população na última sexta-feira (15).
O Conselho reforça, junto às entidades representadas no Fórum-RS, que a vacinação aliada à manutenção das medidas sanitárias de prevenção e contenção da Covid-19 é o caminho para enfrentar a pandemia que já causou a morte de mais de 210 mil brasileiros.
O Cremers reitera que anseia que os gestores públicos se empenhem em proteger a população, utilizando-se dos conhecimentos científicos associados à vacina, bem como de informações claras e acessíveis sobre a segurança e sobre quem receberá a imunização e de que forma.
Porto Alegre, 19 de janeiro de 2021.
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Vacinas não alteram DNA e nem são feitas de bebês abortados; veja alguns dos principais mitos sobre a imunização*
terça-feira, 29 dezembro 2020
por Assessoria de Imprensa
*Reprodução da Agência Lupa.
Neste final de ano, alguns países iniciaram a aplicação de vacinas contra a Covid-19, e o início da vacinação no Brasil pode começar nos primeiros meses de 2021. Apesar do otimismo por parte de muitos que enxergam na vacinação em massa o início do fim da pandemia, algumas pessoas preferem compartilhar peças de desinformação que buscam confundir o público sobre esse assunto. Desde o começo da pandemia, a Lupa publicou mais de 70 matérias com informações sobre o desenvolvimento de vacinas, e que desmentiram boatos e teorias da conspiração sobre sua fabricação. Reunimos a seguir alguns dos principais mitos que circularam nas redes:
Vacinas da Covid-19 podem alterar o DNA das pessoas?
As vacinas não conseguem alterar o DNA ou o material genético das pessoas. Esse, juntamente com a teoria conspiratória de que podem criar seres humanos geneticamente modificados, foi um dos boatos mais disseminados durante a pandemia de Covid-19. Alguns laboratórios estão desenvolvendo imunizantes que usam plataforma de DNA ou de RNA, mas isso não significa que essa técnica interfira no código genético humano.
A microbiologista Natália Pasternak, referência no Brasil em vacinas, assegura que vacinas genéticas são seguras porque o RNA sequer consegue entrar no núcleo da célula onde está o nosso material genético, ou seja, onde está o nosso DNA. “O RNA será lido no citoplasma da célula, depois transformado em uma proteína do vírus e essa proteína, então, será apresentada para o sistema imune. O RNA, após a produção da proteína, é rapidamente degradado”, explica. Essa foi, inclusive, uma das dificuldades de se produzir esse tipo de vacina, porque é preciso fazer com que o RNA dure tempo suficiente dentro da célula para fazer o seu trabalho. “RNA é uma molécula que será rapidamente degradada, não consegue entrar no núcleo. Não tem a menor possibilidade de alterar o nosso DNA”.
Vacinas usam células de bebês abortados?
Alguns tipos de vacina, como as que usam vírus inativado ou atenuado em sua formulação, assim como as desenvolvidas a partir de vetores virais, utilizam culturas de células para cultivar os vírus que posteriormente serão “mortos”, ou seja, inativados. Essa é uma prática comum, explica o professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina, Aguinaldo R. Pinto. Isso porque os vírus são um parasita intracelular, o que quer dizer que eles não “existem” sozinhos, ou seja, precisam crescer dentro de uma célula.
Essas células tanto podem ser de origem animal ou vegetal. Alguns laboratórios também usam culturas celulares desenvolvidas a partir de embriões para testar ou produzir medicamentos, vacinas e outros produtos. Como já explicado pela Lupa, uma delas, conhecida como HEK-293, foi criada em 1972 a partir de células renais de um feto abortado nos Países Baixos. Outra, o PER.C6, foi feita em 1985, no mesmo país, a partir de células da retina. As duas foram criadas pelo cientista holandês Alex van der Eb.
“Era uma cultura de células que foi feita a partir de um único embrião. E desde essa data, essa cultura de células é replicada e perpetuada em laboratório”, explica a microbiologista Natália Pasternak. Isso quer dizer que, embora essa cultura tenha origem num embrião humano, não significa que para cada vacina seja preciso um novo embrião.
“Além disso, as culturas de células são usadas apenas para cultivar o vírus, portanto nada da cultura celular está presente na formulação vacinal. Ela é cultivada apenas para crescer o vírus. Depois de multiplicado, esse vírus será purificado e inativado. E é o vírus inativado que vai na formulação vacinal, não as células”, afirma Natália.
Exemplo desse tipo de vacina é o que está sendo desenvolvido pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, e testada no Brasil. Os pesquisadores divulgaram no dia 8 de dezembro que os resultados da fase 3 de testes clínicos tiveram 70% de eficácia.
Vacinas podem injetar nanorrobôs e roubar dados biométricos?
Não existem imunizantes com nanorrobôs introduzidos entre os que estão em estudo clínico para a Covid-19, nem mesmo entre os que já estão em uso para outras doenças. De acordo com a microbiologista e pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, Natália Pasternak, essa tecnologia sequer existe. Por meio de um áudio no WhatsApp, ela explicou que para que imunizantes pudessem conter em sua formulação qualquer elemento além do que é devidamente especificado, ou seja, a vacina em si ou a estrutura necessária para carregar essa vacina para dentro da célula, muitas pessoas teriam que ser corrompidas.
“Vacinas são testadas por laboratórios de pesquisa, laboratórios farmacêuticos. Depois são verificadas por comitês independentes e agências reguladoras. Trata-se de uma quantidade enorme de órgãos independentes, que não se conversam e que não têm conflitos de interesse com a farmacêutica responsável que produz. Então mesmo supondo que fosse possível, numa teoria da conspiração de outro mundo, corromper todos esses órgãos, a gente ainda teria que criar essa tecnologia, que ainda não existe”, afirmou.
Como já foi explicado pela Lupa, o que existem, na verdade, são vacinas em desenvolvimento baseadas em nanotecnologia, a exemplo da que está sendo estudada pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), da Universidade de São Paulo (USP). Essas vacinas, entretanto, estão relacionadas às proteínas e não com nanorrobôs. Neste caso, proteínas do vírus são montadas em nanopartículas, estruturas muito pequenas, que se parecem com o vírus, e que podem levar a uma resposta imune mais forte.
Vacinas contêm microchip que permite controle externo a partir de antenas 5G?
A tecnologia 5G esteve no centro de teorias da conspiração sobre a Covid-19 este ano. Um levantamento feito pela Lupa em junho mostrou que nos primeiros seis meses de 2020, pelo menos 116 publicações envolvendo os dois assuntos foram desmentidas por plataformas de checagens de 37 países.
Da mesma forma que é improvável que um microrrobô seja introduzido em uma vacina, o mesmo raciocínio vale para o microchip. Embora a técnica de implante de microchips seja conhecida, ela é usada apenas em animais domésticos, como dispositivo de identificação. “É uma tecnologia biológica que existe e é usada. Funciona por radiofrequência e serve como um identificador. Portanto, não é algo tão pequeno que pudesse ser infiltrado numa formulação vacinal sem que alguém percebesse”, observa a microbiologista Natália Pasternak.
Em relação ao controle via 5G, a professora Kalinka Castelo Branco, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, já explicou em uma checagem da Lupa que não é possível controlar seres humanos por meio de microchips usando a tecnologia 5G. “A tecnologia 5G é só uma outra forma [em comparação com o 4G, por exemplo] de transmitir os dados. Não tem relação nenhuma com a vacina ou com os chips”, disse a professora.
Acesse aqui a publicação original.
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