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ÀS EMPRESAS
À SOCIEDADE
COMUNICAÇÃO
É falsa informação de que flutamida é a cura para Covid-19
sexta-feira, 19 março 2021
por Assessoria de Imprensa
O Cremers recebeu denúncias, pelas redes sociais e por meio do formulário para checagem de informações e fake news, sobre vídeo publicado por um médico, do município de São Gabriel, onde informa que a flutamida seria o medicamento para a cura da Covid-19, doença que já causou a morte de cerca de 290 mil brasileiros. A informação é falsa.
Em vídeo que circula no Facebook, um médico escreve na legenda que “a Covid-19, como conhecemos, acabou! Flutamida a partir do 7⁰-8⁰ dia, com acompanhamento médico, nos casos que não evoluem para a remissão após a primeira fase!”.
O Cremers informa que não há evidências científicas que comprovem que o uso do medicamento seja eficiente no tratamento contra a Covid-19. Mesmo nos casos de pesquisa científica e clínica, há um rigoroso procedimento a ser seguido e que depende de autorização de diversas entidades, dentre as quais o Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM n.º 1982/2012). Bem como outros fármacos sem comprovada eficácia, o uso do medicamento para outras indicações que não o previsto em bula pode trazer riscos à saúde da população.
A flutamida é um fármaco cuja composição é utilizada para o tratamento do câncer avançado de próstata. Em 2004, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu alerta sobre o uso do medicamento de forma inadequada com destinação ao público do sexo feminino, para uso contra alopecia, hirsutismo e acne, causando o óbito de pacientes.
Medicações para uso off label
O Cremers divulgou, em julho de 2020, nota técnica que orienta sobre a viabilidade, durante a pandemia, de os médicos receitarem medicamentos para uso off label. Os princípios do Código de Ética Médica, de respeito à autonomia, de beneficência e de não-maleficência devem nortear as decisões clínicas. No entanto, o medicamento em questão já apresentou sintomas adversos que causaram o óbito de pacientes quando não usado para sua indicação medicamentosa.
“A prescrição de medicamentos é de inteira escolha e responsabilidade do profissional médico, desde que respeitados os preceitos da autonomia, da beneficência e da não-maleficência”, reitera o presidente do Cremers, Carlos Isaia Filho.
Tratamento experimental
O profissional aponta um estudo da sua própria autoria, sem publicação e revisão científica, como resultado do experimento. Segundo o vídeo, 300 pacientes receberam a medicação e outros 300 um placebo, sendo que 150 dos que receberam o placebo morreram e apenas 12 entre os pacientes tratados com flutamida vieram a óbito.
“A disseminação desse tipo de conteúdo têm preocupado a classe médica. Esse foi um tratamento experimental, não científico, que precisa ser averiguado pelos especialistas antes de informado á população sobre seu real benefício”, esclarece o vice-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade.
O Cremers protocolou as denúncias recebidas e dará as devidas providências sobre o caso junto ao Ministério Público Estadual.
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Sem Comentários
Checamos: estudo que aponta que lockdown favoreceu nova cepa em Manaus ainda não foi revisado cientificamente
terça-feira, 16 março 2021
por Assessoria de Imprensa
Circula, nas redes sociais, notícia sobre estudo que aponta suposta ineficácia na aplicação do lockdown em Manaus, no Amazonas, onde surgiu uma nova variante da Covid-19. A informação foi enviada ao Cremers para checagem, por meio de formulário on-line, e cita publicação do jornal on-line Brasil Sem Medo, de 4 de março, com o título “Lockdown favoreceu nova cepa de Covid-19 no AM, diz estudo”. A publicação no site do jornal pode ser lida apenas por assinantes, mas a informação está sendo divulgada por outros canais noticiosos e em grupos de WhatsApp.
O estudo citado trata-se de pesquisa realizada com consulta aos indicadores disponibilizados pelo Ministério da Saúde e a correlação com o número de óbitos na capital manauara. No entanto, o estudo ainda não passou por revisão científica para publicação em revistas reconhecidas, ou seja, é um preprint, o que indica que ainda necessita de avaliação completa e confiável de especialistas. O preprint é de autoria de Bruno Campello de Souza, Flávio Cadegiani, Ricardo Ariel Zimerman e Rute Alves Pereira e Costa e está disponível sob o título “Stay-At-Home Orders are Associated with Emergence of Novel Sars-Cov-2 Variants”, no site ResearchGate. Pela natureza do estudo preprint e a ausência de avaliação da metodologia científica aplicada, o estudo pode não apresentar a realidade dos fatos expostos no artigo. Em outras palavras, o que está relatado pode não ser correspondente à realidade.
A pesquisa também foi mencionada, em 3 de março, pelo deputado federal Osmar Terra, em seu perfil no Twitter. “Pesquisa muito interessante feita no surto pandêmico de Manaus, mostrando que, além do contágio ser maior dentro casa, quanto maior for o grau de isolamento social (SII), maior será a probabilidade de mutações acontecerem e de novas cepas se desenvolverem!”.

Mas o que é lockdown?
A transmissão da Covid-19 ocorre de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo, o que reflete na adoção de medidas sanitárias que evitem a aglomeração de pessoas, como distanciamento e isolamento social. O distanciamento seguro é adotado em lugares onde há circulação de pessoas, situação em que se torna necessária distância mínima de dois metros para evitar a contaminação por aerossóis. Já o isolamento é considerado como um lockdown, ou seja, a completa e restrita circulação de pessoas (confinamento) a fim de que a transmissão do vírus seja freada de maneira mais rigorosa.
O que diz a OMS?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o isolamento como uma das intervenções não-farmacêuticas para frear a transmissão do vírus, levando-se em consideração a realidade de cada país. Conforme notícia de março de 2020, publicada na Agência Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) afirmou em pronunciamento que o isolamento era a medida mais eficaz para não sobrecarregar o sistema de saúde. Já em abril do mesmo ano, em coletiva de imprensa, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, declarou que “cada um dos países tem que responder com base na sua situação”. Assim, ambas organizações defendem que é necessário levar em consideração o contexto do cenário da pandemia e socioeconômico de cada país para que a medida seja adotada.
E no Rio Grande do Sul?
No estado, ainda não tivemos uma situação de lockdown. Restrições mais rígidas foram declaradas após a classificação de Bandeira Preta em todo o território gaúcho no fim de fevereiro e início de março de 2021.
Em alerta publicado em 25 de fevereiro, o Cremers alertou os médicos e a população que, apesar da extrema dedicação das equipes que atuam na linha de frente do combate à pandemia, é possível que essa situação caótica perdure mais do que o estado possa suportar. A redução da circulação de pessoas e os cuidados preventivos são as únicas formas conhecidas e comprovadas de diminuição efetiva da contaminação.
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É falso vídeo gravado no HMV que sugere que a pandemia de Covid-19 é uma farsa
quinta-feira, 11 março 2021
por Assessoria de Imprensa
Circula nas redes sociais um vídeo gravado nas dependências do Hospital Moinhos de Vento (HMV), de Porto Alegre, com alegações de que não há superlotação ou gravidade na situação enfrentada na instituição durante as últimas semanas de enfrentamento à Covid-19. As imagens mostram uma situação diferente da que é relatada nos noticiários, principalmente após a decisão do governo do Estado de classificar todo o território do Rio Grande do Sul como Bandeira Preta, apontando o alto risco de transmissão da doença e a superlotação de unidades e hospitais. A informação do vídeo é falsa e chegou ao conhecimento do Cremers como denúncia enviada por e-mail por Fernanda Caregnato.
Na mensagem, Fernanda descreve que recebeu “um vídeo de um senhor chamado Antônio (…). No vídeo, ele aparece filmando as dependências do Hospital Moinhos de Vento, afirmando que tudo está calmo com relação ao número de pessoas que transitam por ali, e que não há razão de tanto alarde com relação à situação de superlotação dos hospitais. Afirma ainda que a notícia de que haveria a possibilidade de o hospital locar uma câmara fria para alocação dos corpos era mentira”.
O HMV manifestou-se sobre o vídeo. Em esclarecimento, publicado no dia 3 de março, a instituição afirma que “o vídeo gravado nas dependências da instituição e que sugere que a situação vivida é tranquila não reflete a realidade. Além de captado sem autorização, traz informações imprecisas. O hospital registra, hoje, os mais altos índices de internações e agravamento de casos”. A checagem do fato também foi realizada pelas agências Lupa (confira aqui) e Aos Fatos (clique aqui para ler).
Leia o esclarecimento do hospital na íntegra:
O Hospital Moinhos de Vento esclarece que o vídeo gravado nas dependências da instituição e que sugere que a situação vivida é tranquila não reflete a realidade. Além de captado sem autorização, traz informações imprecisas. O hospital registra, hoje, os mais altos índices de internações e agravamento de casos.
Conforme já divulgado em nota nesta semana, a instituição está com mais de 100% de ocupação dos leitos de terapia intensiva e também opera acima da capacidade destinada a pacientes infectados pelo coronavírus nas áreas de internação.
A ideia de normalidade sugerida pelo vídeo é, na verdade, resultado das medidas adotadas pelo Comitê de Enfrentamento da Covid-19, visando a manter os padrões de qualidade assistencial e médica da instituição. O hospital abriu leitos de terapia intensiva de retaguarda e fechou a tenda de atendimento a pacientes com suspeita de infecção pelo coronavírus, citada na gravação, direcionando para o atendimento da Emergência, que só recebe casos classificados como vermelho e laranja. Também, limitou a transferência de pacientes que necessitam de leitos no Centro de Terapia Intensiva. Os esforços são voltados a proporcionar o suporte necessário para ocasionar os melhores desfechos possíveis. Familiares de pacientes com Covid-19 não circulam pelo hospital e são orientados a permanecer em casa, uma vez que as visitas são vedadas nesses casos.
O Hospital Moinhos de Vento reforça que esse tipo de conteúdo é irresponsável e fere princípios legais, pois expõe pacientes da instituição sem autorização de uso da imagem. Também alerta a população para que desconfie e não compartilhe informações não oficiais e duvidosas. Além disso, os profissionais de saúde da instituição se sentiram desrespeitados num momento em que muitos estão privados do convívio familiar e com todas as atenções e esforços voltados ao atendimento dos pacientes com um único objetivo: salvar vidas.
Hospital Moinhos de Vento
Fake news? Aqui, não!
O Cremers lançou, em fevereiro, um canal exclusivo para auxiliar no combate às fake news. Na página, que pode ser acessada em cremers.org.br/fake-news, podem ser encaminhadas dúvidas e questionamentos por meio de formulário on-line, que pode ser acessado aqui.
As informações serão reunidas e esclarecidas pelo Cremers. O usuário deve incluir informações básicas como nome, e-mail, município, estado, profissão e a informação que gostaria de checar. Os profissionais do Conselho buscarão respaldo técnico sobre o assunto para formalizar esclarecimentos.
- Publicado Em Coronavírus, Fake News
É falso que CDC admitiu que máscaras não protegem contra a Covid-19
segunda-feira, 08 março 2021
por Assessoria de Imprensa
*Reprodução de Aos Fatos.
Não é verdade que o CDC (Centers for Disease Control, órgão de saúde do governo dos Estados Unidos) admitiu que o uso de máscaras faciais é insignificante contra a Covid-19 (veja aqui). O estudo compartilhado por peças de desinformação nas redes sociais foi publicado pelo órgão no dia 5 de março e afirma exatamente o contrário: a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais, associada à restrição do consumo em bares e restaurantes, ajudou a desacelerar a propagação da doença entre os americanos.
Posts com o conteúdo enganoso acumulavam ao menos 1.600 compartilhamentos nesta segunda-feira (8) e foram marcados com o selo FALSO na plataforma de verificação do Facebook (saiba como funciona).
É falso que um estudo do CDC publicado no Morbidity and Mortality Weekly Report (Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade do órgão) no dia 5 de março disse que máscaras faciais são insignificantes contra a disseminação da Covid-19. A pesquisa, que vem sendo citada por peças de desinformação, concluiu exatamente o inverso e só reforçou a importância das máscaras.
Em uma reunião da equipe de resposta à Covid-19 da Casa Branca, na última sexta-feira (5), a diretora do CDC, Rochelle Walensky, disse que o relatório é um lembrete crítico de que, com os níveis atuais de casos de Covid-19 nos EUA e disseminação contínua de variantes mais transmissíveis do vírus, seguir estritamente as medidas de prevenção continua sendo essencial para pôr fim a esta pandemia. “Também serve como um alerta sobre a suspensão prematura dessas medidas de prevenção”, disse Rochelle.
No texto, os autores dizem que a obrigatoriedade do uso de máscaras foi associada a diminuições estatisticamente significativas tanto dos casos diários de Covid-19 quanto nas taxas de crescimento da mortalidade. O impacto da medida foi detectado em até 20 dias após a determinação do uso da proteção facial por parte de estados norte-americanos. Associada às restrições de consumo em bares e restaurantes, a medida teve impacto ainda maior.
- Publicado Em Fake News
É falso que taxa de mortalidade aumentou em Israel após aplicação da vacina da Pfizer
sexta-feira, 05 março 2021
por Assessoria de Imprensa
*Reprodução da Agência Lupa.
Circula pelas redes sociais que a taxa de mortalidade por Covid-19 aumentou em Israel depois que o país começou a vacinar a população com as doses do imunizante da Pfizer. O post reproduz o título de um conteúdo publicado no site ContraFatos e sugere que essa denúncia foi feita por pesquisadores. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“Pesquisadores: Taxas De Mortalidade Disparam Em Israel Após Vacinação Contra COVID Da Pfizer”
Título de conteúdo publicado no Facebook que, até as 18h do dia 5 de março de 2021, tinha sido compartilhado por 93 pessoas
A informação analisada é falsa. Israel começou a campanha de vacinação no final de dezembro com o imunizante da Pfizer/BioNTech, e desde o final de janeiro, a curva de novos casos e de mortes diárias por Covid-19 vem caindo. O último pico de óbitos registrados em um único dia no país foi em 21 de janeiro, quando 101 pessoas faleceram, conforme os dados disponíveis na plataforma Worldometers. Diferentemente do que sugere a publicação, de lá para cá os números diminuíram e em 4 de março caíram para 19.
A publicação Our World in Data, plataforma que reúne dados analíticos e estatísticos sobre o novo coronavírus em todo o mundo, criou uma página especial para medir como a vacinação está impactando a evolução de casos da doença em Israel. Em 4 de março, a plataforma indicou que mais de 40% da população já tinha recebido a segunda dose da vacina. Também mostrou que, até 6 de fevereiro, 80% das pessoas acima de 60 anos do país receberam a primeira ou segunda dose. Como resultado, o número de hospitalizações de idosos com quadro grave de Covid-19 caiu, bem como o número de mortes vem decrescendo.
- Publicado Em Fake News
É antigo comunicado alertando para pico de casos de Covid-19 no Brasil
sexta-feira, 05 março 2021
por Assessoria de Imprensa
*Reprodução da Agência Lupa
Circula pelo WhatsApp um comunicado da Unimed Cataguases afirmando que o “pico do vírus” acontecerá entre os dias 6 e 20 de abril. Por essa razão, a entidade estaria recomendando para que as pessoas evitassem sair de casa para não serem contaminadas pela Covid-19. Por WhatsApp, leitores da Agência Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação:
“O pico do vírus será de 06 a 20 de abril, se o pico dos casos for realmente nestes dias, a maioria das pessoas se contaminarão entre hoje e a próxima quarta-feira. Para que o pico seja mais brando, precisamos aumenta o isolamento social. Envie aos amigos, vizinhos e familiares. Unimed Cataguases”
Imagem que circula pelo WhatsApp
A imagem analisada é antiga. A assessoria de imprensa da Unimed afirmou que a publicação foi veiculada em 2020, na fase inicial da pandemia da Covid-19, para alertar a população sobre a necessidade do isolamento social. “É importante considerar que o contexto da época dessa divulgação era outro e que o comunicado da cooperativa apoiava as recomendações das autoridades públicas locais”, disse.
Contudo, a previsão de que o pico da pandemia aconteceria em abril de 2020 não estava correta. Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, no ano passado, julho foi o mês com maior número de casos diários de Covid-19 no Brasil. A OMS indica que o total de infectados no país caiu no final de 2020, mas voltou a aumentar em 2021. O novo coronavírus já contaminou mais de 10,7 milhões de brasileiros, sendo que 261 mil pessoas morreram da doença até a última quarta-feira (4), segundo dados do consórcio de imprensa. Na última quarta-feira (4), o Brasil bateu o 6º dia consecutivo de recorde de média móvel de óbitos.
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É falso que vacinas contra a Covid-19 causaram 501 mortes
quarta-feira, 03 março 2021
por Assessoria de Imprensa
*Reprodução Agência Lupa.
Circula pelo WhatsApp um vídeo em que uma comentarista de rádio diz que as vacinas contra a Covid-19 causaram 501 mortes. São citados ainda outros dados de efeitos adversos que teriam sido causados em pessoas logo depois de serem imunizadas. “Aí você pode pensar ‘É um número pequeno, 300 e pouco, 500 e pouco’. Mas virou uma roleta-russa”, diz. “Entrem no site da Anvisa, olhem ali todo o relatório das vacinas que são empregadas no Brasil.” Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado.
A informação é falsa. Não há comprovação de que 501 pessoas morreram depois de serem vacinadas contra a Covid-19. Os dados referem-se a eventos adversos suspeitos relatados em uma ferramenta de acompanhamento do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Qualquer pessoa pode reportar problemas no Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (Vaers, na sigla em inglês). Não é possível dizer que a causa das mortes e de sintomas foi a vacina, uma vez que outras doenças existentes podem ter provocado efeitos colaterais e os números podem estar errados ou incompletos. Apesar de os dados serem públicos, o próprio site avisa que os números não podem ser usados para concluir que todos os efeitos informados foram causados pelos imunizantes. Além disso, não há estudo científico que tenha mostrado que as vacinas contra a Covid-19 podem causar mortes.
O dado foi citado pela comentarista no dia 25 de fevereiro. A Lupa entrou em contato, por e-mail e por telefone, com a produção do programa na última terça-feira (2), na tentativa de ouvir a comentarista sobre os dados usados em sua fala – que foram classificados como falsos. Até a publicação desta checagem, no entanto, não houve retorno.
O vídeo que circula pelo WhatsApp traz apenas um trecho da intervenção, omitindo a fonte dos números usados por ela. Logo que aborda esse assunto, ela diz que os dados foram extraídos do CDC. “Saiu um dado agora no final de janeiro, começo de fevereiro, que vem exatamente do CDC. O dado vem do Sistema de Notificação dos Eventos Adversos de Vacinas, que contabiliza e monitora exatamente essas alergias e todos os efeitos adversos. E os dados são, assim, um pouco alarmantes”, afirmou. Na sequência, ela menciona que “501 pessoas morreram pós-vacina”, trecho em que começa o vídeo que circula no WhatsApp.
- Publicado Em Coronavírus, Fake News
Não é verdade que Anvisa confirma mortes em decorrência de vacinas contra a Covid-19
quarta-feira, 03 março 2021
por Assessoria de Imprensa
*Reprodução de Aos Fatos.
Publicações que circulam nas redes sociais afirmam com base em dados da plataforma VigiMed, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que a agência confirma mortes em decorrência das vacinas contra a Covid-19 usadas no Brasil (veja aqui). No entanto, a ferramenta é abastecida por informações enviadas por qualquer pessoa, sem a necessidade de apresentação de provas. Em e-mail ao Aos Fatos, a agência negou que os dados sejam oficiais e que haja qualquer óbito com relação comprovada com as vacinas.
Posts que replicam o conteúdo fora de contexto reuniam 1.900 compartilhamentos no Facebook nesta quarta-feira (3) e foram marcados com o selo DISTORCIDO na ferramenta de verificação da rede social (entenda como funciona).
Textos do site Estudos Nacionais difundidos nas redes sociais usam dados da plataforma VigiMed, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para afirmar que a agência reconhece mortes decorrentes das vacinas contra a Covid-19 no Brasil. A base de dados, no entanto, é aberta a qualquer pessoa sem necessidade de apresentação de provas e não contém informações oficiais.
Por e-mail ao Aos Fatos, a Anvisa negou que haja qualquer óbito com relação comprovada com as vacinas. “As vacinas em uso no país são consideradas seguras. Já é esperado que pessoas venham a óbito por outros motivos de saúde e mesmo por causas naturais, tendo em vista a taxa de mortalidade já conhecida para cada faixa etária da população brasileira”.
No site, a agência explicita em um aviso antes de acessar os dados que “não tem controle da completude do preenchimento dos dados de todos os campos, tendo em vista que somente alguns são obrigatórios”. A agência também deixa claro que “as informações contidas no painel referem-se às suspeitas de eventos adversos” e que “não é possível ter certeza de que estejam relacionados ou que tenham sido causados por este medicamento ou vacina”. Segundo a Anvisa, os dados são usados como subsídio para o seu monitoramento.
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Drenagem postural não é eficaz para tratar falta de ar em pacientes com Covid-19
terça-feira, 02 março 2021
por Assessoria de Imprensa
*Reprodução de Aos Fatos.
Não é verdade que a drenagem postural, técnica que serve para eliminar as secreções do pulmão pela ação da gravidade, seja eficaz para tratar pacientes com falta de ar devido à Covid-19, conforme afirmam postagens nas redes (veja aqui). Além da doença não provocar um volume de secreções como de outras infecções, a postura pode agravar o quadro de saúde, pois aumenta o trabalho do diafragma e dificulta a respiração.
Posts com o conteúdo enganoso somavam ao menos 161.130 compartilhamentos nesta terça-feira (2), e foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (saiba como funciona).
Especialistas afirmam que a técnica não é eficaz, pois a infecção não provoca secreções como outras doenças virais ou bacterianas. Além disso, as posturas indicadas podem atrapalhar o funcionamento dos pulmões, piorando o quadro de saúde da pessoa.
A drenagem postural é um tratamento fisioterápico para auxiliar na drenagem de secreções em diferentes áreas dos pulmões e melhorar a respiração. Entretanto, a falta de ar causada pela Covid-19 possui outros fatores, como o desequilíbrio entre a ventilação (entrada e saída de ar nos pulmões) e a perfusão pulmonar (mecanismo que bombeia o sangue dentro do órgão). Esse descasamento dos dois processos pode levar à insuficiência respiratória.
Pronação
Os especialistas consultados ressaltaram ainda que a drenagem postural não deve ser confundida com a posição prona, uma manobra utilizada para combater a hipoxemia nos pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo. Nela, o paciente é deitado de bruços, em ângulo diferente, para aumentar o fluxo de oxigênio.
- Publicado Em Coronavírus, Fake News
É falso que estudo concluiu que ivermectina reduziu em 75% infecções por Covid-19
terça-feira, 02 março 2021
por Assessoria de Imprensa
*Reprodução de Aos Fatos.
Não é verdade que um estudo tenha comprovado que a ivermectina foi capaz de reduzir em 75% as infecções pelo novo coronavírus, conforme alegam postagens nas redes sociais (veja aqui). A pesquisa citada pelos posts é uma metanálise – revisão que compila resultados de outros estudos – que não chegou a esse percentual nem foi revisada por pares e que teve a publicação rejeitada pela revista científica de farmacologia Frontiers.
As postagens com a alegação enganosa reuniam ao menos 11.168 compartilhamentos no Facebook nesta terça-feira (2) e foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação da plataforma (saiba como funciona).
A pesquisa existe e foi produzida pelo FLCCC (Front Line Covid-19 Critical Care Alliance), um grupo de médicos americanos, mas não menciona o percentual trazido pelas postagens e têm problemas metodológicos que comprometem sua credibilidade e que levaram à rejeição por uma importante revista científica.
A metanálise compila resultados de quase 30 pesquisas em preprint – quando ainda não passaram por revisão por pares. De acordo com o site medRxiv, mantido pela Universidade de Yale e que agrega artigos científicos que aguardam revisão por pares, os trabalhos em preprint não devem ser considerados para orientar a prática clínica nem relatados na mídia como informações estabelecidas.
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