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ÀS EMPRESAS
À SOCIEDADE
COMUNICAÇÃO
Cremers manifesta preocupação com gravidade da pandemia no RS
sexta-feira, 19 fevereiro 2021
por Assessoria de Imprensa
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) manifesta extrema preocupação com o grave recrudescimento da pandemia de Covid-19 no estado.
A caótica situação enfrentada neste período, com a superlotação de Emergências e o aumento de casos de internação, motivado principalmente pelo abandono das medidas de proteção por parte da população, exige que os gestores garantam aos médicos e aos demais profissionais da Saúde que atuam na linha de frente as melhores condições possíveis de trabalho e de segurança.
A implantação de medidas de proteção a esses profissionais é fundamental, uma vez que são agentes extremamente necessários para a continuidade do atendimento à população.
Neste momento, a manutenção das medidas de prevenção à Covid-19 é indispensável. Por isso, o Cremers alerta que, mesmo com o início da vacinação de parte da população, os cuidados básicos não podem ser esquecidos – uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento seguro.
O Cremers segue à disposição de médicos e de gestores da Saúde no sentido de contribuir com o melhor enfrentamento da pandemia de Covid-19.
Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2021.
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Cremers promove transmissão ao vivo sobre vacinas testadas no Rio Grande do Sul
quarta-feira, 10 fevereiro 2021
por Assessoria de Imprensa
Nesta quinta-feira (11), às 19h, o Cremers promove live sobre as vacinas contra Covid-19 testadas no Rio Grande do Sul. Serão apresentados três estudos – Oxford/AstraZeneca, Coronavac/Sinovac e Johnson/Janssen – desenvolvidos, respectivamente, pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), pelo Hospital São Lucas (HSL) e pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC).
Os palestrantes serão os médicos infectologistas Eduardo Sprinz, Fabiano Ramos e Breno Riegel Santos e o pediatra Juarez Cunha, que falará sobre a estratégia nacional de imunização. O debate terá abertura da segunda-secretária do Cremers, Maria Fernanda Detanico, e moderação do médico do Serviço de Infectologia do Hospital Moinhos de Vento, Paulo Ernesto Gewehr Filho.
O objetivo da transmissão é possibilitar que médicos e demais interessados tenham conhecimento dos estudos que comprovam a segurança de cada imunizante aplicado na população brasileira. Os coordenadores dos testes no RS vão explicar como cada vacina funciona e esclarecer sobre mitos e boatos.
A live será transmitida na página do Cremers no Facebook, em facebook.com/cremersoficial.
Palestrantes:
Eduardo Sprinz, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e responsável pelos testes clínicos da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca.
Fabiano Ramos, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital São Lucas (HSL), à frente da pesquisa clínica da vacina Coronavac, produzida pela Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan.
Breno Riegel Santos, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), que coordena a pesquisa da vacina desenvolvida pelo laboratório belga Janssen-Cilag, unidade farmacêutica da Johnson & Johnson.
Juarez Cunha, pediatra, Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), médico da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, membro dos Comitês de Cuidados Primários e Infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) e da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Moderador:
Paulo Ernesto Gewehr Filho, médico infectologista (Ufrgs/HCPA), especialista em Infectologia Hospitalar e Controle de Infecção (HCPA), MBA em Gestão da Saúde e Gestão de Projetos (FGV), médico do Serviço de Infectologia do Hospital Moinhos de Vento e supervisor médico do Hospital Moinhos de Vento.
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Cremers participa de reunião do COE-RS
sábado, 06 fevereiro 2021
por Assessoria de Imprensa
O conselheiro do Cremers, Fabiano Nagel, representou a autarquia, na manhã desta sexta-feira (5), na reunião do Centro de Operações de Emergências (COE) do Rio Grande do Sul, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O encontro foi coordenado pela secretária da Saúde, Arita Bergmann, e contou com a presença de representantes dos conselhos regionais de Enfermagem (Coren-RS) e Farmácia (CRF-RS) e do Ministério Público Estadual (MP-RS), entre outras entidades.
Os temas discutidos foram a vacinação no Rio Grande do Sul, o retorno às atividades escolares e o perfil genotípico das infecções por Covid-19.
O Rio Grande do Sul está entre os três estados com mais testes de identificação genotípica realizados no Brasil.
Confira aqui os dados sobre genotipagem da Covid-19 no RS e no Brasil
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Cremers busca vacinação ampla contra Covid-19 para médicos do Rio Grande do Sul
sexta-feira, 29 janeiro 2021
por Assessoria de Imprensa
Preocupado com a necessidade de ampla vacinação de profissionais da Medicina contra a Covid-19, o Conselho Regional de Medicina do Estado Rio Grande do Sul (Cremers) consultou, na manhã desta sexta-feira (29), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) sobre o cronograma de imunização. Em reunião com a secretária Arita Bergmann, o vice-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, buscou informações sobre como otimizar a aplicação das vacinas aos profissionais que não são priorizados e atuam em consultórios, clínicas e hospitais privados.
“Queremos que a vacinação atinja também os profissionais da ponta, aqueles sem vínculo a hospitais ou unidades de Saúde que atendem à Covid-19. Eles também precisam estar imunizados para atender adequadamente à população. O Cremers quer auxiliar o governo estadual na divulgação desse calendário, uma vez que o voluntarismo de outras instituições pode atrapalhar o processo e torná-lo confuso”, ressaltou Trindade.
A recomendação do governo do Estado para a estratificação dos grupos prioritários dos trabalhadores da Saúde segue cronograma do Conselho das Secretarias de Saúde do Estado (Cosems). Desde o primeiro dia de vacinação (18 de janeiro), a SES divulga o ordenamento de prioridades que ocorre de acordo com a quantidade de doses recebidas e sua logística de distribuição. A ordem de prioridade foi publicada em 24 de janeiro e pode ser conferida AQUI.
“Nenhum município ficará com menos de 58% dos profissionais vacinados. Sugerimos ao Cremers que nos encaminhe uma listagem dos médicos não vinculados por município, e que atuam de forma privada, que precisarão ser vacinados para apresentar ao Cosems. A partir disso, as secretarias municipais organizarão a vacinação, respeitando o cronograma e os critérios já estabelecidos”, afirmou a secretária Arita Bergmann.
O Rio Grande do Sul já recebeu 511,2 mil doses de duas remessas de unidades da vacina Coronavac, no dia 18 de janeiro, e da Oxford/AstraZeneca no último domingo (24). Ambas vacinas têm aplicação de duas doses no ciclo de imunização contra a Covid-19.
Segundo o painel de monitoramento do governo estadual, já foram aplicadas 122,8 mil das primeiras doses das vacinas, sendo 90.224 aplicadas somente em profissionais da Saúde.
Critérios técnicos
Entre as características e os critérios técnicos que estabeleceram a estratificação da população para a aplicação das vacinas, o governo informou que foi considerada a concentração do vírus em suspensão no ambiente; a escassez de profissionais de Saúde com formação específica; os serviços fechados em caso de surtos entre profissionais; e os pacientes vulneráveis, que em muitos cenários não podem receber a vacina, sendo que os profissionais se tornam os vetores principais.
Já sobre as justificativas técnicas, as áreas exclusivas para atendimento Covid-19 com concentração maior do vírus; a ventilação mecânica e outros aparelhos que favoreçam a suspensão do vírus no ambiente; as áreas fechadas em instituições que possam apresentar surto e acarretar o fechamento de unidade devido à contaminação dos profissionais; e os pacientes críticos ou com imunossupressão que necessitem de contato com profissionais de Saúde – local onde estão em maior risco de contágio.
Grupos prioritários

A vacinação, iniciada em 17 de janeiro, é realizada nos grupos prioritários. Em relação aos profissionais da Medicina, por ordem, serão imunizados os responsáveis pela vacinação de idosos em Instituições de Longa Permanência (ILPI) ou indígenas; os profissionais que trabalham em áreas fechadas de Unidades e Centros de Terapia Intensiva (UTIs e CTIs); os médicos que atuam em rede de urgência e emergência (Unidades de Pronto Atendimento e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência); e os que circulam em unidades de internação clínicas reservadas para atendimento de pacientes com Covid-19, bem como ambulatórios exclusivos para atendimento Covid-19.
Ainda entre os primeiros 10 grupos prioritários estão coletadores de swab nasofaríngeo e orofaríngeo; de ambulatórios e unidades de Saúde de Atenção Primária/Básica; de serviços ou ambulatórios que prestam atendimento a pacientes acometidos por imunossupressão; demais áreas de hospitais não exclusivas ao atendimento e tratamento da Covid-19; e demais ambulatórios e pronto-atendimentos.
Os médicos que atuam em consultórios, laboratórios e farmácias de instituições privadas, bem como os profissionais que não se enquadram nos grupos citados, estão entre as últimas categorias a serem vacinadas antes da população.
Casos no RS
Desde o início da pandemia, foram registrados 536,7 mil casos da doença no estado. A letalidade aparente é de 2%, o que já causou 10.512 óbitos, em sua maioria de idosos e pessoas com comorbidades, e 7% dos casos (36 mil) necessitaram de hospitalização por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Confira mais dados aqui.
Segundo a SES, antes da pandemia, a rede tinha 933 leitos de UTI Adulto SUS. Foram criados mais 1.045, alcançando um total de 2.018 leitos habilitados. Além disso, o Rio Grande do Sul conta com mais de 5 mil leitos clínicos para pacientes com menor gravidade. Recentemente, por meio da colaboração de hospitais públicos e privados e prefeituras, foram recebidos pacientes de Rondônia, que ocupam leitos clínicos.
Acompanharam a audiência com a secretária da Saúde o tesoureiro do Cremers, João Batista Zanolla Andreola; o conselheiro André Cecchini; e o procurador Juliano Lauer. Estiveram presentes também a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Goulart Molina Bastos, e o chefe da Vigilância Epidemiológica do Cevs, Tani Ranieri.
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Cremers participa de reunião convocada pelo prefeito eleito para elaborar estratégias contra a Covid-19 em Porto Alegre
quinta-feira, 03 dezembro 2020
por Assessoria de Imprensa
O presidente do Cremers, Carlos Isaia Filho, participou, nesta quinta-feira (3), de reunião com o prefeito eleito de Porto Alegre, Sebastião Melo, no Palácio do Comércio, para tratar sobre as estratégias da nova gestão para a Capital. Junto aos demais dirigentes e representantes das principais entidades da Saúde, empresariais e sociais do Rio Grande do Sul, Isaia Filho aceitou o convite dirigido ao Cremers para integrar o grupo de discussão que vai elaborar as diretrizes para enfrentamento da crise socioeconômica e sanitária causada pela pandemia de Covid-19.
“Queremos que nos ajudem a criar um comitê que tenha pluralidade dos setores fundamentais para a sociedade. Nós não podemos brincar com a Covid-19 e não vamos fechar a cidade, mas vocês têm que nos dizer quais protocolos precisamos seguir. Não faremos nenhuma portaria ou decreto sem conversar com vocês”, afirmou Sebastião Melo.
O vice-prefeito eleito Ricardo Gomes reforçou que a gestão precisa “ter o instrumento pronto para no dia primeiro (de janeiro) já ser assinado”.
O presidente do Cremers colocou a instituição à disposição dos novos governantes para ajudá-los na tomada de decisão contra o novo Coronavírus.
Também participaram da reunião representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS); da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs); do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers); do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa); da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA); do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas); da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL); da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Seccional Rio Grande do Sul (Abrasel); e da Procuradoria- Geral do Município (PGM).
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NOTA DE ALERTA À POPULAÇÃO
sábado, 28 novembro 2020
por Assessoria de Imprensa
Pela primeira vez desde o início do modelo de distanciamento controlado, o governo do Estado anunciou, na sexta-feira (27), o mapa preliminar com todas as 21 regiões do Rio Grande do Sul classificadas em bandeira vermelha.
Nos últimos dias, houve aumento do número de pacientes confirmados, de hospitalizações e de internados em UTI por conta da doença. Dessa forma, ocorreu a redução de leitos livres, o que configura situação extremamente crítica e possível estrangulamento da capacidade de atendimento pelo sistema de saúde.
Assim, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) alerta a população sobre a necessidade de manutenção de todos os protocolos sanitários de prevenção à Covid-19 – evitar os contatos físicos e a aglomeração de pessoas; usar máscara; e manter a higienização das mãos e de objetos.
O Cremers reafirma a preocupação com a necessidade de distanciamento social e a implementação de medidas de proteção individual como forma de mitigar a transmissão da Covid-19 e de preservar a capacidade de atendimento à população.
Porto Alegre, 27 de novembro de 2020.
Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers)
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Artigo – A retomada da saúde
quarta-feira, 30 setembro 2020
por Assessoria de Imprensa
A pandemia do novo Coronavírus ainda é uma realidade no Brasil. É correto que todo o sistema de saúde tenha sido dedicado ao combate e ao tratamento da Covid-19, para que, lutando uma batalha de cada vez, os recursos pudessem ser otimizados. No entanto, a reabertura dos serviços de saúde ao atendimento de outras doenças é inevitável. Para isso, é importante que os gestores foquem em alguns pontos para realizar esse processo da forma mais segura e eficiente possível. Agora, a palavra de ordem é planejar.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, mais de 70 mil casos de câncer deixaram de ser diagnosticados desde o início da pandemia. Muitos pacientes deixaram de procurar seus médicos e serviços de saúde por medo da contaminação. Quando esses pacientes receberem seus diagnósticos, já terão um quadro mais agravado, de tratamento mais difícil, e o desafio será ainda maior.
Somado a isso, o fato de que entre 70% e 80% das cirurgias eletivas foram remarcadas nesse período aponta para um represamento de procedimentos. Esses procedimentos concorrerão com outros quando precisarem ser realizados, sobrecarregando os centros cirúrgicos e as equipes. Foi importante reduzir o afluxo de pessoas aos hospitais por procedimentos que podiam esperar, mas até quando? Certamente, veremos muitos quadros deteriorados, e algumas cirurgias demorarão ainda mais: urgências e emergências passarão na frente, assim como casos mais graves.
Além disso, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos de saúde perderam 283 mil clientes até junho deste ano. Todos esses pacientes passarão a contar apenas com o Sistema Único de Saúde (SUS). Outro reflexo crucial da crise econômica gerada pela pandemia é a queda na arrecadação dos impostos que sustentam os hospitais públicos e filantrópicos, dificultando a prestação de atendimento.
Esses pontos devem estar de forma central no escopo dos gestores que planejam a reabertura. Teremos que enfrentar um aumento de demanda em um sistema que já vive em colapso há anos.
Eduardo Neubarth Trindade
Doutor em Medicina, professor universitário e vice-presidente do Cremers
Cremers e CRF-RS avançam na possibilidade de emissão eletrônica de receitas controladas
sexta-feira, 28 agosto 2020
por Assessoria de Imprensa
Em videoconferência com representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizada na tarde desta sexta-feira (28), o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) e o Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS) avançaram na possibilidade de prescrição eletrônica de medicamentos controlados, como já acontece com os receituários comuns e de controle especial (receitas brancas).
Atualmente, a emissão on-line de receituários azuis e amarelos (para psicotrópicos, anorexígenos, entorpecentes e outros medicamentos altamente controlados) é vedada pela Anvisa. No entanto, a liberação facilitaria a continuidade do tratamento de muitas doenças, especialmente de pacientes oncológicos graves ou com dor crônica, além de evitar a circulação de pessoas em consultórios, unidades de saúde e outros serviços e a exposição ao Coronavírus.
A ação do Cremers e do CRF-RS, que contou com a articulação do deputado federal Maurício Dziedricki, vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados, garantiu que a emissão eletrônica de receitas controladas seja viabilizada no Rio Grande do Sul. Para isso, as duas instituições apresentaram as características da plataforma de emissão de receituários e atestados médicos, criada em abril, em razão da pandemia de Covid-19.
A ferramenta permite emitir a receita comum e a de controle especial (para antibióticos, antirretrovirais, anabolizantes e alguns imunossupressores) com segurança para o médico, o paciente e o farmacêutico; com controle, monitoramento e rastreabilidade das medicações prescritas e dispensadas; com preservação do sigilo médico; e total legibilidade da prescrição. Desde a implantação, a ferramenta do Cremers já contabilizou a emissão de 50.268 receitas comuns e 156.034 de controle especial.
Segundo Marcus Aurélio Miranda de Araújo, da Quinta Diretoria da Anvisa, o órgão está iniciando a etapa de testes de um sistema de controle de numeração nacional de receitas controladas. Enquanto esse sistema não está em vigor, é possível que os conselhos profissionais do Rio Grande do Sul iniciem um processo de emissão de receitas, de acordo com as autoridades locais.
Segundo o vice-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, o próximo passo é reunir-se com a Vigilância Sanitária e a Secretaria da Saúde estaduais para estudar a viabilidade da migração da numeração das receitas para a plataforma eletrônica criada pelo Conselho.
Também participaram da videoconferência a presidente do CRF-RS, Silvana Furquim; o assessor de Relações Institucionais do CRF-RS Everton Borges; o conselheiro do Cremers, Pedro Funari; o assessor jurídico do Cremers, Juliano Lauer; o assessor parlamentar da Anvisa, Oswaldo Miguel; e as representantes da Anvisa, Fernanda Maciel Rebelo e Thaís Mesquita do Couto Araújo.
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Cremers e Anvisa discutem emissão de receitas controladas pela internet
quinta-feira, 27 agosto 2020
por Assessoria de Imprensa
Nesta sexta-feira (28), o Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúnem para discutir a possibilidade de emitir receitas para medicamentos controlados via internet. Desde abril, em razão da pandemia do novo Coronavírus, o Cremers disponibilizou uma plataforma para a emissão de receitas médicas onde é possível emitir a receita comum e a de controle especial (para antibióticos, antirretrovirais, anabolizantes e alguns imunossupressores).
Segundo o vice-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, a emissão on-line de receitas azuis e amarelas (para psicotrópicos, anorexígenos, entorpecentes e outros medicamentos altamente controlados), atualmente vedada pela Anvisa, facilitaria a continuidade do tratamento de muitas doenças, especialmente pacientes oncológicos graves ou com dor crônica. “O médico pode garantir que seu paciente acesse a medicação sem a necessidade de ir até o consultório ou um serviço e se expor ao Coronavírus”, esclarece.
O vice-líder do governo, deputado federal Mauricio Dziedricki, foi responsável pela coordenação de agendas das duas instituições.
NÚMEROS
Desde a implantação em abril, a ferramenta do Cremers já contabilizou a emissão de 50.268 receitas comuns e 156.034 de controle especial (brancas).
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Artigo – Emergência não é descontrole
quarta-feira, 26 agosto 2020
por Assessoria de Imprensa
Situações adversas como a que estamos vivendo exigem medidas extremas e não há registro na nossa História recente de situação mais desesperadora do que a atual pandemia do novo coronavírus. No entanto, precisamos manter a racionalidade diante desse quadro, sem lançar mão de medidas descontroladas.
A pandemia de Covid-19 abriu uma janela para o avanço da humanidade em termos de tecnologia, ciência, informação e ética. Mas também abriu uma fresta para teorias mirabolantes, crenças absurdas e ideias estapafúrdias – que, com alguns contorcionismos retóricos, conseguem convencer até o indivíduo mais racional.
No momento, três frentes de desinformação preocupam as entidades médicas por causa do seu impacto amplificado sobre a sociedade neste cenário de crise. São elas: 1) a antecipação da formatura de médicos, aliada à autorização para o trabalho de profissionais sem revalidação, 2) a disseminação de fake news e 3) a flexibilização do controle orçamentário.
Somos contrários à antecipação de formaturas de novos médicos. Pode parecer cruel dizer que não precisamos de mais profissionais num momento de pandemia, mas é justamente a ética que nos guia nessa direção. Entendemos a ânsia desses jovens de ajudar – afinal, é para isso que os profissionais médicos são treinados. No entanto, isso não pode ser feito à custa de uma etapa fundamental na formação médica nem ao sabor das emoções, que são fortes e compreensíveis, todavia embotam o melhor julgamento técnico.
Os acadêmicos do quinto e do sexto anos de Medicina já estão na linha de frente, já estão fazendo a sua parte e atendendo pacientes nos hospitais, nos postos de saúde e em outras instituições. Com a diferença de que prestam atendimento sob a supervisão de professores, médicos mais experientes que orientam, corrigem e qualificam a conduta dos estudantes. Antecipar formaturas para jogá-los no olho do furacão sem passar por essa etapa não apenas compromete a formação pelo resto da carreira deles, mas também é uma grande covardia. Não queremos médicos – jovens cidadãos – que fiquem traumatizados por eventuais equívocos que possam cometer em razão de uma formação precária, pondo seus pacientes em risco, e também a si próprios.
Permitir que médicos formados fora do Brasil atuem sem fazer o Revalida é arriscado. Isso, sem dúvida, abriria um precedente para usar qualquer situação grave – ou não – para repetir essa medida. O Revalida garante que o médico tenha conhecimento mínimo adequado para atuar no nosso país.
O que precisamos, agora, é de médicos especialistas em Medicina Intensiva. Esses profissionais passam por uma formação longa e complexa, que não se consegue da noite para o dia em precárias faculdades sul-americanas, sem hospitais-escola, como se vê em países que fazem fronteira com o Brasil. O Revalida não é mera burocracia, mas uma garantia de cuidado com a saúde da população.
A praga das fake news, que assola as redes sociais, é outro motivo de apreensão. Muitas pessoas, apesar de algumas com boas intenções, acabam por disseminar informações sem nenhum fundamento científico, que podem pôr em risco a saúde dos cidadãos, em perfeitos flagrantes de exercício ilegal da medicina. Outras, ainda, utilizam informações equivocadas como palanque, numa estratégia de autopromoção. Divulgam ideias que funcionam somente na teoria (e aqui ainda cabe um talvez) como a panaceia que resolverá tanto a crise da saúde quanto a da economia, sem jamais atentarem para a real eficiência ou efetividade dessas medidas.
Além desses, outro ponto de preocupação é a flexibilização do controle orçamentário. O estado de calamidade exige, de fato, que se diminua a rigidez das despesas públicas para facilitar o uso dos recursos onde são mais necessários. No entanto, sem um fundo específico para isso a medida pode levar as finanças dos Estados – especialmente dos que já estão seus orçamentos já comprometidos – ao completo caos. Eis aí uma brecha enorme e tentadora para a corrupção, que, fatalmente, causará forte impacto nos já escassos e malversados recursos destinados à saúde pública e que serão importantes na retomada da economia.
Em vez dessas ideias equivocadas, chegou a hora de investir recursos financeiros e intelectuais no desenvolvimento da ciência e de melhorar o financiamento e a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como da saúde suplementar. Se no passado tivéssemos feito esses investimentos com seriedade e responsabilidade, seria menos penoso amenizar o sofrimento de pacientes, de médicos e de toda a sociedade – que sofre e sofrerá os reflexos atuais e futuros da pandemia de Covid-19.
Deveríamos ser impactados pelo desconhecimento da doença, não pela falta de capacidade de gerenciamento de situações de crise. A emergência não se pode tornar o caos.
Eduardo Neubarth Trindade
Doutor em Medicina, professor universitário e vice-presidente do Cremers
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