Desafios no ensino de Medicina no RS são tema de evento promovido pelo Cremers
Promovido pelo Cremers em parceria com o jornal Zero Hora, o encontro Zero Hora Talks reuniu, nesta terça-feira (12), especialistas para discutir o futuro da educação médica no estado. Com mediação da jornalista Rosane de Oliveira, o debate contou com a presença do presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade; do presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), Sandro Schreiber; e do presidente da Attitus Educação, Eduardo Capellari.
O evento apresentou um panorama da educação médica no estado – um assunto que interessa não só à comunidade médica, mas à sociedade como um todo. Foram abordados temas como o aumento desenfreado de faculdades de Medicina, a qualidade da formação oferecida por essas instituições, a possibilidade de uma prova de proficiência para recém-formados, a necessidade de formação de mais profissionais e a falta de vagas na residência médica, entre outros assuntos.
Trindade ressaltou a importância de a sociedade se engajar na discussão sobre a educação médica. “Não precisamos de mais médicos, mas sim de qualificar cada vez mais a nossa assistência e formar melhores profissionais que atendam às necessidades sociais de áreas específicas”, afirmou. Ele também destacou a dicotomia entre o número de médicos atuantes no estado — comparável ao de países desenvolvidos — e a realidade percebida pela população no seu dia a dia.
De acordo com Schreiber, responder à pergunta sobre a quantidade ideal de médicos no Brasil é extremamente complexo, dado o contexto continental do país, o direito universal à saúde e a coexistência de dois sistemas de saúde. “Não há nenhum país no mundo que tenha um sistema de saúde universal, como o nosso, com uma população de mais de 200 milhões de pessoas, além da dualidade do sistema público e privado”, explicou.
Outra questão levantada foi a necessidade de interiorizar os médicos, já que faltam profissionais em cidades menores do estado. “Apesar de termos mais médicos formados nos últimos anos, ainda existe uma grande concentração nas capitais”, declarou Capellari. Ele completou questionando as condições de trabalho nas cidades menores, e se a maneira como os cursos são autorizados está adequada para enfrentar os desafios de distribuir profissionais onde são necessários.
Clique aqui para conferir o evento na íntegra.
Sobre o evento
Este foi o segundo encontro do Zero Hora Talks organizado pelo Cremers, em parceria com a Zero Hora, abordando temas relacionados à área da saúde. O próximo evento da série, “Pacto para o Futuro da Saúde no RS entre 2024 e 2035”, está programado para o dia 3 de dezembro, às 14h, no auditório do Cremers (Rua Bernardo Pires, 415).
Para assistir ao primeiro painel, “Reconstrução e melhoria das estruturas e equipamentos de saúde do RS”, acesse este link.
Texto: Clarice Passos
Edição: Viviane Schwäger
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Mais de 2,5 milhões de gaúchos afetados pela suspensão das receitas digitais
A circular da Anvisa, que proíbe as farmácias gaúchas de aceitar receitas azuis e amarelas, emitidas pela plataforma on-line do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), pode afetar mais de 2,5 milhões de beneficiários dos planos privados de saúde e usuários potenciais dos receituários digitais, de acordo com levantamento realizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A medida passou a vigorar oficialmente na quinta-feira (07), mas algumas farmácias passaram a recusar as receitas emitidas pelo sistema já na terça-feira (05).
Com o término da vigência da RDC 864/2024, que autorizava a emissão de receitas eletrônicas para medicamentos controlados enquanto durasse o Decreto de Calamidade Pública estadual, a Anvisa passou a exigir o uso do antigo sistema de talonário em papel e identificação por meio de carimbo. A decisão baseia-se no fato de que o prazo estabelecido para uso temporário do sistema, desenvolvido pelo Cremers para ajudar pacientes e médicos, esgotou-se.
“Nosso sistema é totalmente seguro, rastreável, auditável, eficaz e conta com o apoio do Conselho Regional de Farmácia do RS”, afirma o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade. “Já a alternativa oferecida pela Anvisa é um verdadeiro retrocesso, porque retoma o uso do papel e do carimbo, que são facilmente fraudáveis”, completa.
Os números dão uma ideia da demanda pelas receitas on-line do sistema desenvolvido pelo Cremers. Desde a sua criação, em abril de 2020, foram emitidas 7.119.301 receitas de controle especial, por exemplo. Desde maio deste ano, foram emitidas 119.498 receitas amarelas e 140.253 receitas azuis.
Ação contra a Anvisa
O Cremers ajuizou ação civil pública com pedido de liminar para recorrer da decisão, solicitando o fim da vigência da RDC 864/2024, ao menos até que a Agência apresente alternativa compatível com a segurança e a celeridade da plataforma do Conselho.
A ação tem por objetivo fazer com que a Anvisa conceda autorização definitiva para a dispensação definitiva de medicamentos controlados por meio da plataforma do Cremers.
Entenda o caso
Em maio de 2024, com a calamidade climática, o Cremers, em parceria com o CRF- RS, ampliou a plataforma de emissão de receitas, incluindo os medicamentos controlados, beneficiando pacientes oncológicos e psiquiátricos que estavam isolados pelas enchentes ou tinham dificuldade de deslocamento.
Após várias reuniões, a Anvisa concedeu autorização temporária (com a mesma duração do Decreto de Calamidade do Governo do Estado), para a utilização das receitas.
Em uma resolução posterior, a Anvisa limitou o prazo ao dia 6 de novembro de 2024, sob a alegação de que estava desenvolvendo o seu próprio sistema virtual. Até o momento, esse sistema não entrou em vigor.
Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Sílvia Lago
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Anvisa impede uso de receitas digitais nas farmácias do RS
Uma circular da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe as farmácias do Rio Grande do Sul de aceitar receitas azuis e amarelas emitidas pela plataforma on-line do Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremers), está prejudicando pacientes e consumidores de medicamentos controlados, aqueles utilizados para tratamentos psiquiátricos e oncológicos, por exemplo. A medida passa a vigorar oficialmente nesta quinta-feira (07), mas algumas farmácias do RS começaram a recusar as receitas emitidas pelo sistema já na terça-feira (05).
Com o término da vigência da RDC 864/2024, que autorizava a emissão de receitas eletrônicas para medicamentos controlados durante a calamidade climática que atingiu o estado, a Anvisa passa a exigir o uso do antigo sistema de talonário em papel e identificação por meio de carimbo.
A decisão baseia-se no fato de que o prazo estabelecido para o uso temporário do sistema, desenvolvido pelo Cremers para ajudar pacientes e médicos, esgotou-se. “No momento, existe uma lacuna criada pela própria Anvisa, que está prejudicando os pacientes. Mas nós reafirmamos que o nosso sistema é totalmente seguro, rastreável, eficaz e conta com o apoio do próprio Conselho Regional de Farmácia do RS”, explicou o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade. “A alternativa oferecida pela Anvisa é um verdadeiro retrocesso, porque retoma o uso do papel e do carimbo, que são facilmente fraudáveis”, completou.
Ação contra a Anvisa
O Cremers ajuizou ação civil pública com pedido de liminar para recorrer da decisão, solicitando o fim da vigência da RDC 864/2024 ao menos até que a Agência apresente alternativa compatível com a segurança e a celeridade da plataforma do Conselho.
A ação tem por objetivo fazer com que a Anvisa conceda autorização definitiva para a dispensação definitiva de medicamentos controlados por meio da plataforma do Cremers.
Retrocesso
A volta da prescrição de medicamentos controlados em talonário físico (papel) interrompe uma prática já consolidada no Rio Grande do Sul tanto por médicos quanto por pacientes.
As receitas digitais foram criadas pelo Cremers de forma pioneira entre os Conselhos Regionais de Medicina do Brasil em abril de 2020, durante a pandemia de covid-19, para permitir que as pessoas não precisassem se deslocar e não interrompessem seus tratamentos.
Em maio deste ano, durante as enchentes, a sede da Vigilância Sanitária na capital foi tomada pela água, impedindo que médicos obtivessem os talonários de receitas azuis e amarelas para medicamentos de uso controlado. Além disso, muitas pessoas estavam isoladas pelas águas ou com dificuldade de deslocamento.
O Cremers, em parceria com o CRF-RS, ampliou a plataforma de emissão de receitas, incluindo os medicamentos controlados, beneficiando pacientes oncológicos e psiquiátricos. Após várias reuniões, a Anvisa concedeu autorização provisória (com a mesma duração do Decreto de Calamidade do Governo do Estado, até 31 de dezembro de 2024), para a utilização das receitas.
Em uma resolução posterior, a Anvisa limitou o prazo ao dia 6 de novembro de 2024, sob a alegação de que estava desenvolvendo o seu próprio sistema virtual. Até o momento, esse sistema não entrou em vigor.
Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Sílvia Lago
NOTA AOS MÉDICOS E À POPULAÇÃO DO RS
A Anvisa determinou às farmácias do Rio Grande do Sul que não recebam receitas azuis e amarelas emitidas pela plataforma on-line do Cremers a partir de 08 de novembro. Uma decisão despótica, retrógrada e embasada em critérios altamente duvidosos que, como sempre, prejudica quem está mais fragilizado: o paciente.
A medida é um duro golpe à saúde dos gaúchos, ainda impactados pela catástrofe climática que atingiu o RS e, em muitos casos, dependentes da telemedicina. Em vez de apostar na tecnologia que facilita e agiliza o acesso a medicamentos vitais, a Agência quer a volta do bloco de papel carimbado.
Inacreditavelmente, alega que é melhor fiscalizar papel do que documentos eletrônicos, colocando em xeque uma iniciativa que já beneficiou milhões de gaúchos. As razões para isso, só a Anvisa pode explicar.
Quanto ao Cremers, estamos entrando com uma ação judicial para evitar esse retrocesso que afeta médicos, farmacêuticos, pacientes e o estado como um todo. Não deixaremos esse zumbi se levantar.
Porto Alegre, 07 de novembro de 2024. Dr. Eduardo Neubarth Trindade
Presidente do Cremers
MEC não autoriza curso de Medicina em Porto Alegre
O Ministério da Educação (MEC) proibiu a criação do curso de Medicina da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Porto Alegre. A decisão foi comunicada ao Cremers em reunião realizada na segunda-feira (04) e ainda será apreciada pelo Conselho Nacional de Educação.
O parecer final da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior pelo indeferimento do cadastramento do curso na capital foi justificado pela ausência de relevância social, visto que a região concentra mais de 3,73 médicos por mil habitantes.
A luta contra a abertura indiscriminada de escolas médicas é uma das principais pautas do Cremers. Durante o encontro, em que o Conselho foi representado pelo conselheiro Márcio Castan e pela procuradora Michele Milanesi, foi apontado que os cursos da Ulbra em Porto Alegre, São Jerônimo e Gravataí foram abertos sem autorização do MEC e sem autorização judicial.
Para iniciar as aulas nas cidades gaúchas, a Universidade teria usado, de forma abusiva, uma liminar que permitiu a abertura do curso em Manaus, gerando uma situação de insegurança aos alunos. A Advocacia Geral da União (AGU) informou que tomará providências nos autos da ação judicial, que tramita no Distrito Federal. Também participaram da reunião representantes do Ministério Público Federal (MPF).
Texto: Viviane Schwäger
Cremers participa de reunião com Estado sobre transplantes
O Cremers participou, nesta terça-feira (05), de reunião ordinária do Comitê Estadual de Saúde RS/Conselho Nacional de Justiça com a Comissão Estadual de Transplantes (CET). Os conselheiros João Krauzer e Mohamad Hamaoui representaram o Cremers no encontro.
A pauta foi o panorama dos transplantes de órgãos e tecidos no estado. O coordenador da CET, Rogério Caruso, apresentou números que demonstram o aumento das doações desde a pandemia. Segundo ele, o RS é o maior transplantador de rim e pulmão e referência em transplante pediátrico de rim e fígado no Brasil. Também apresentou o novo software Gerenciamento de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Gedott), pioneiro no país.
O conselheiro Krauzer comentou sobre o difícil processo de manter viável um doador. “É preciso que médicos sejam treinados para trabalhar em diagnóstico de morte encefálica. O Conselho Regional de Medicina se disponibiliza a oferecer treinamento, já tem um curso previsto para o início de dezembro. É um trabalho difícil, que exige conscientização, e o Cremers está preocupado com a disseminação desse conhecimento”, afirmou.
Estiveram presentes representantes do Ministério Público Estadual, da Procuradoria Geral do Estado, da Defensoria Pública do Estado, do Tribunal de Justiça do RS e outras entidades.
Texto: Viviane Schwäger
IPietro busca apoio do Cremers para incentivar hematologia
O presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, juntamente com o conselheiro Jaber Saleh, recebeu representantes do Instituto Pietro (IPietro) para conversar sobre a situação da hematologia no estado. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (31), na sede do Conselho.
Beto Albuquerque, presidente do IPietro, e o vice-presidente de Relações Institucionais José Luís Barbosa, apresentaram um panorama da especialidade no RS. A principal preocupação da entidade é com a escassez de onco-hematologistas, profissionais capacitados para tratar leucemias e fazer transplante de medula. “Há cerca de 120 hematologistas no estado, e apenas 30 com condições de tratar leucemia. Tememos um apagão da especialidade nos próximos anos”, afirmou Albuquerque.
Trindade garantiu que o Cremers apoiará a iniciativa do Instituto em divulgar a especialidade junto aos acadêmicos de Medicina em todas as faculdades gaúchas, atuando como facilitador do contato entre as partes. “Acredito que haja um desconhecimento sobre a hematologia. As vagas em residência não são muitas, e algumas estão ociosas”, avaliou o presidente.
IPIETRO
O Instituto Pietro tem, como missão, aumentar o número de doadores no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e ampliar a possibilidade de cura para pacientes que precisam de transplante.
Texto: Viviane Schwäger
Edição: Sílvia Lago
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Cremers discute caminhos para a reconstrução da estrutura de saúde do Rio Grande do Sul
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), em parceria com o jornal Zero Hora, promoveu o Painel Zero Hora Talks, reunindo representantes do setor público, entidades empresariais e hospitais filantrópicos. O evento foi uma oportunidade para discutir os desafios da saúde no estado e propor soluções práticas e viáveis.
O presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, destacou a importância da colaboração entre o Conselho e os governos municipais e estadual para o desenvolvimento de políticas públicas de longo prazo voltadas para a saúde. Segundo Trindade, o foco está em criar um sistema de saúde mais eficiente e acessível, capaz de responder melhor às demandas da população.
Durante o painel, foram apresentados dados que refletem as dificuldades enfrentadas no setor: cerca de 43,7% dos gaúchos dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, uma pesquisa mostrou que 40% dos entrevistados relataram insatisfação com a lentidão nos atendimentos, especialmente no tempo de espera para consultas com especialistas e cirurgias. Os debates concentraram-se na busca de soluções para agilizar os atendimentos e otimizar o uso de recursos, com a intenção de reduzir filas e melhorar o acesso dos cidadãos ao sistema de saúde.
Texto: Samuel Morais (com supervisão de Sílvia Lago)
Médicos da UCS recebem Mérito Médico 2024
A turma de 1973 da Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS) recebeu o Mérito Médico 2024 pelos 50 anos de formatura. O grupo foi o primeiro a se formar na instituição de ensino.
A homenagem foi entregue pela conselheira Mirela Jimenez durante almoço realizado no sábado (26), em Porto Alegre. Em um divertido exemplo de união e amizade, os médicos usaram uma camiseta comemorativa, e estenderam uma faixa celebrando o aniversário da turma.
“É emocionante ver essa união. A Medicina nos traz muito mais que a profissão, que a técnica. Traz a valorização pela vida”, comentou Jimenez.
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Cremers implanta Câmara Técnica de Medicina Aeroespacial
O Cremers agora conta com uma Câmara Técnica (CT) de Medicina Aeroespacial. O órgão, terceiro a ser implantado no Brasil, foi instituído em reunião conduzida pelo presidente Eduardo Neubarth Trindade nesta quinta-feira (24).
O conselheiro Manoel Trindade, coordenador das Câmaras Técnicas do Cremers, deu posse aos membros do grupo, reafirmando a satisfação do Conselho em criar mais uma instância de auxílio aos médicos e relembrando a importância do adequado treinamento para o atendimento aeromédico.
A CT de Medicina Aeroespacial é composta pelos médicos Rosirene Pantaleão Gessinger, João de Carvalho Castro e Vinícius Guimarães Ayres. Gessinger foi nomeada coordenadora do grupo, e comentou:
“Se há uma palavra que define a aviação, é segurança, e não se pode pensar em segurança sem o médico. Temos de estar preparados para conhecer as particularidades dessa prática”.
Também participaram da reunião os conselheiros Márcia Vaz e Márcio Castan. Representando a Força Aérea, estiveram o major brigadeiro do ar Raul José Ferreira Dias, o coronel Rodrigo Chaves, o tenente-coronel Robson Leite Camargo e o capitão Christian Werlang. Os médicos Luiz Fernando Varela, Manoel Constant Neto e Luiz Alexandre Alegretti Borges também marcaram presença no encontro.
CÂMARAS TÉCNICAS
As Câmaras Técnicas do Cremers atendem à necessidade de posicionamento técnico especializado sobre assuntos específicos da atividade profissional médica. As Câmaras Técnicas, sendo órgão consultivo, têm como principal atribuição avaliar e emitir pareceres no âmbito das respectivas especialidades.
Texto: Viviane Schwäger
Edição: Sílvia Lago
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Cremers busca apoio do MPF para barrar cursos não autorizados pelo MEC
Evitar a abertura de vagas em Medicina sem condições adequadas foi a pauta da reunião entre o Cremers e o Ministério Público Federal (MPF) nesta quarta-feira (23). O presidente Eduardo Neubarth Trindade, a corregedora Márcia Vaz e a procuradora Michele Milanesi levaram à procuradora da República Suzete Bragagnolo as motivações do Cremers na luta para barrar a instalação de cursos de Medicina da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Porto Alegre, Gravataí e São Jerônimo.
Segundo Trindade, além de a Universidade não garantir critérios mínimos para um ensino de qualidade, a região não consegue absorver mais estudantes das cadeiras práticas. “Alunos do estado inteiro vêm à Região Metropolitana para fazer as disciplinas práticas, mas não há hospitais-escola, leitos SUS nem equipes de Estratégia de Saúde da Família em número suficiente para isso. Os próprios estudantes da faculdade de Medicina da Ulbra de Canoas repudiam essa iniciativa e denunciam a má qualidade do curso”, esclareceu.
Depois de repassar o histórico de ações do Cremers sobre o caso, Bragagnolo garantiu que mobilizará o MPF para que as vagas não se concretizem.
Texto: Viviane Schwäger
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