Cremers recebe Fundação Ecarta para tratar da regulamentação do uso da membrana amniótica no tratamento de queimados
O presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, e o coordenador das Delegacias Seccionais, Jaber Nashat de Souza Saleh, receberam, nesta quinta-feira (27), o presidente da Fundação Cultural e Assistencial Ecarta, Marcos Júlio Fuhr.
Acompanhado pela coordenadora do projeto educacional Cultura Doadora, Glaci Salusse Borges, e da integrante do coletivo, Antonieta Mariante, o presidente da Fundação presenteou o Cremers com o livro-reportagem ‘Corrida Contra o Tempo – O que compromete a doação de órgãos e a eficiência do sistema de transplantes no Brasil’. A obra, lançada pela Fundação Ecarta, aborda os principais problemas da doação e do transplante de órgãos.
Durante o encontro, foram discutidos mecanismos para potencializar a doação de órgãos, além de ações conjuntas para contribuir para o aprimoramento de profissionais e serviços públicos envolvidos no processo entre a doação e o transplante.
Na oportunidade, o Cremers recebeu convite para o ato de lançamento da Frente para o Uso da Membrana Amniótica no SUS, que ocorrerá em julho.
Em 2021, o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou a utilização clínica da membrana amniótica. No entanto, o processo de regulamentação do uso está na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec).
“Uma de nossas prioridades é atuar para garantir o tratamento no Sistema Único de Saúde pela sua comprovada eficácia. Contamos com apoio do Cremers para reforçar essa luta. Será um marco para grandes avanços do tratamento no sistema público”, disse Fuhr. Ele destacou as ações desenvolvidas pela entidade há 12 anos, por meio do projeto Cultura Doadora, para sensibilizar a doação de órgãos e tecidos, bem como a qualificação da infraestrutura de atendimento à saúde no Rio Grande do Sul.
O presidente do Cremers afirmou que irá agendar reunião com o CFM para discutir a questão e cobrar posicionamento da Conitec sobre a tramitação do processo de regulamentação. “Contem com o apoio do Cremers. Vamos somar forças para que a membrana amniótica seja uma opção de tratamento e permita salvar milhares de vidas de vítimas de queimaduras e outras enfermidades que demandam os bancos de pele”, destacou Trindade.
Texto: Jennifer Morsch
Edição: Sílvia Lago

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Informação, inteligência e saúde pública
*Dr. Eduardo Neubarth Trindade
O caos na rede de saúde pública não é novidade para ninguém. Apesar dos protestos de gestores alegando surpresa diante da gravidade das mais diversas situações, a crise é tão longa e abrangente que quase se tornou parte da paisagem. Invisível. Mas dói em quem depende do sistema – e, aqui, médicos e pacientes sofrem juntos.
Longas filas de espera por consultas e exames, superlotação de hospitais, falta de leitos, grande demanda por equipamentos e medicamentos, desigualdade na distribuição de médicos, limitação de investimentos em áreas estratégicas, desigualdade no acesso, na oferta e na qualidade dos serviços. As irregularidades que levaram a esse quadro têm uma origem comum: a gestão.
De algumas décadas para cá, a gestão parece ser entendida como um malabarismo, um equilibrar de pratos que estão girando, periclitantes. Tenta-se esticar o cobertor curto de recursos públicos, sabendo-se que ele jamais cobrirá todas as pontas. No afã de apagar incêndios que não param de surgir, ninguém toma conta do aspecto fundamental que poderia evitar – ou amenizar – a catástrofe: planejamento.
Os gestores estão começando pelo fim, tentando dar vazão à superlotação instalada, à fragilidade da rede pública, à falta de assistência que isso acarreta. Se começassem pelo início, analisando a conjuntura do atendimento, estabelecendo fluxos a partir de dados concretos e alocando os recursos onde eles fazem mais falta – ou seja, planejando –, poderíamos vislumbrar uma saída para a crise.
Um aspecto do planejamento que precisa ser levado em conta é a assimetria de informações –Essa teoria econômica afirma que, quando uma das partes tem mais ou melhores dados sobre um produto ou serviço do que outra, é criada uma discrepância que pode resultar em desequilíbrio. Extrapolada para outros setores da sociedade, como a saúde, a ideia serve tanto para lançar luz sobre problemas quanto para apontar soluções.
Parte do problema do atendimento médico na rede pública pode ser a grande assimetria informacional entre o contingente de pessoas que o procuram e os recursos necessários para assisti-las.
Existe escassez de recursos versus demanda de pacientes. O contingente de pacientes que procuram o sistema de saúde não vai conseguir atendimento, e sem informação qualificada sobre a alocação de recursos, vai acabar prejudicando aqueles que realmente precisam de atendimento médico especializado. E quem detém o conhecimento do fluxo é quem pode tomar decisões devidamente orientadas por essas variáveis, de modo a otimizar a eficiência da alocação do recurso escasso.
É preciso identificar as variáveis determinantes para decidir quais pacientes devem ser selecionados para chegar à ponta final e em que momento isso deve acontecer. O médico, que no seu trabalho também não tem as informações completas de onde estão os recursos, acaba por não ter opção resolutiva para encaminhar seu paciente.
A solução, portanto, pode ser o investimento em mecanismos que possibilitem aprimorar a tomada de decisão entre os que procuram atendimento e quem deve ser priorizado. A probabilidade indica que, aumentando a quantidade de dados analisados no início do processo, pode-se otimizar a chegada ao resultado, isto é, otimização de recursos e eficiência no atendimento.
O processo passaria pela formação de equipe para montar protocolo de intensa coleta e análise de dados, usando ferramentas estatísticas e, talvez, inteligência artificial. A equipe poderia desenhar panorama da situação atual e, a partir dele, montar proposição de mecanismo que, aplicado, deveria ser acompanhado e aprimorado até a otimização máxima de eficiência.
Começando por essa linha, é possível constatar se existe um ponto em que há maior demanda do que oferta e, a partir daí, seguir dois caminhos: se o problema for, de fato, maior demanda do que oferta, a solução é contratar mais médicos e investir em infraestrutura; se o problema for a discrepância entre disponibilidade de recursos e sua alocação, a resposta está nas informações levantadas, usando-as para distribuir adequadamente profissionais, equipamentos e estrutura.
O labirinto construído por burocracia, interesses questionáveis, falta efetiva de verbas e má alocação de recursos tem, em seu centro, um paciente desassistido. Essa construção é tão útil quanto um hospital de ponta sem equipe que o opere: bonito por fora em suas promessas lustrosas, mas vazio e não resolutivo por dentro. Um belo vaso oco.
O investimento eficiente em saúde passa, indissociavelmente, pelo investimento em informação. E onde se investe com inteligência, deixa-se de gastar mais adiante, e gasta-se de forma eficiente no que é necessário.
*Doutor em Medicina e presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers)
Uso de esteroides anabolizantes para fins estéticos é tema de debate no Cremers
O fórum “Esteroides anabolizantes para fins estéticos: um problema de saúde pública” vai abordar o uso indevido desses produtos no dia 8 de julho, às 19h, no auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul. As inscrições para o evento estão abertas e podem ser feitas pelo site www.cremers.org.br.
O encontro terá como palestrante o doutor em Endocrinologia Clínica e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Clayton Macedo, e reunirá especialistas na área. Ao final do fórum, será lançada Carta de Porto Alegre, alertando sobre o grave e crescente problema de saúde pública desencadeado pelo uso indevido destes produtos.
‘’Os danos são bem maiores do que os ganhos. Alterações psicológicas e psiquiatras, como irritabilidade, agressividade, depressão, bipolaridade e esquizofrenia são frequentes, além da dependência e síndrome de abstinência. O mau uso também compromete diversos órgãos, afetando o fígado, podendo causar enfarte e derrame, além de alterações na parte sexual’’, esclarece Macedo. Ele aponta que em torno de 3,3% da população usa essas substâncias. Em academias chega a 30%, e entre fisiculturistas, mais de 90%.
O presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, ressalta que o uso indiscriminado por homens e mulheres com finalidade estética para ganho de massa muscular tem gerado sinal de alerta na Medicina e para a saúde pública. ‘’É crucial a união de esforços para alertar sobre os riscos. Ações educativas e preventivas são essenciais para evitar diversos problemas de saúde e preservar a segurança da população’’, afirma Trindade.
Em 2023, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição de esteroides anabolizantes para fins estéticos e de performance através da Resolução CFM 2333/23. A decisão foi tomada após sociedades médicas divulgarem uma carta conjunta demonstrando evidências científicas e os problemas de saúde relacionados ao uso indiscriminado destas substâncias. Apesar da medida, especialistas alertam para o aumento significativo de casos de complicações relacionadas ao uso de esteroides anabolizantes.
Promovido pelo Cremers, o Fórum conta com apoio da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM/RS), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Serviço de Endocrinologia do HCPA, Faculdade de Medicina da UFRGS e Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
Texto: Jennifer Morsch
Edição: Viviane Schwäger

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Cremers Facilita atende médicos de Uruguaiana
Para buscar maior aproximação com médicos de todo estado e facilitar o acesso aos serviços oferecidos pela autarquia, o Cremers levou a estrutura do Conselho a Uruguaiana, na Fronteira Oeste.
Em mais uma edição do Cremers Facilita, realizada na segunda-feira (24), na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), os novos médicos tiveram a oportunidade de fazer a primeira inscrição e obter o registro profissional sem a necessidade de deslocamento até a capital, estando, assim, aptos ao trabalho.
No total de atendimentos, seis foram a formandos da Unipampa e 11 a médicos da cidade, que solicitaram e retiraram documentos que estavam na sede do Conselho, em Porto Alegre, como a cédula de identidade médica, receberam suporte técnico à certificação digital e atualizaram dados biométricos, entre outros serviços.
O conselheiro do Cremers, Cláudio Oltramari Conte, acompanhou os atendimentos. Destacou a importância da aproximação do Conselho com os médicos do interior e do acolhimento aos novos profissionais, viabilizando o acesso aos serviços, levando informações e prestando suporte aos profissionais registrados.
“O Cremers atravessou o estado para receber os seis novos formandos da Universidade Federal do Pampa, em Uruguaiana, mostrando que cada médico é importante e reforçando o compromisso de estar mais próximo de toda categoria,” afirmou o conselheiro.
Texto: Jennifer Morsch
Edição: Sílvia Lago

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NOTA AOS MÉDICOS E À POPULAÇÃO
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) foi surpreendido com a divulgação da proibição do uso de produtos à base de fenol no Brasil. A decisão da Anvisa não ataca o maior perigo à população, que é o acesso de pessoas sem qualificação à substância.
Ao invés de coibir a utilização do fenol por pessoas não habilitadas, a Anvisa proíbe a comercialização do produto; como se fosse possível reduzir o número de acidentes de trânsito com a proibição da venda de automóveis.
Médicos cumprem uma longa formação especializada para usar o fenol em procedimentos estéticos e cirúrgicos com segurança. Portanto, não é justo que, pela ação leviana de aproveitadores, tenham sua atividade profissional prejudicada.
O Cremers tomará as medidas cabíveis para que esse equívoco seja sanado.
Porto Alegre, 25 de junho de 2024.
Eduardo Neubarth Trindade
Presidente
Gustavo Gonçalves Costa Pinto Corrêa
Conselheiro integrante da Codame/EIM

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Cremers e bancada federal gaúcha discutem grandes pautas da Medicina para qualificação da assistência em saúde no estado
Diretoria e conselheiros do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) receberam, na manhã desta segunda-feira (24), deputados federais gaúchos para apresentar diagnóstico da saúde no estado e as principais demandas da categoria médica para a qualificação da assistência em saúde à população.
Foram avaliados os efeitos da calamidade climática na assistência à saúde e medidas para dar celeridade às questões tratadas, entre elas, a implantação de salário básico para médicos do setor público, como já ocorre no setor privado; a participação do Conselho de Medicina na fiscalização dos critérios de funcionamento de escolas de Medicina; e manutenção da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
Estiveram presentes o coordenador da bancada gaúcha no Congresso Nacional, deputado Dionilso Marcon, e os parlamentares Lucas Redecker, Maria do Rosário e Reginete Bispo, além dos representantes dos deputados Franciane Bayer, Denise Pessôa e Marcel Van Hattem.
O presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, apresentou dados da pesquisa realizada com diretores técnicos responsáveis por instituições de saúde no estado. O levantamento faz uma radiografia da estrutura e da capacidade de atendimento e aponta os prejuízos causados em decorrência da calamidade.
A pesquisa mostra que a maior parte (75%) das instituições atingidas pela calamidade climática está concentrada nas macrorregiões Metropolitana, dos Vales e da Serra; e 70% delas caracterizam-se como de atendimento de nível primário e secundário.
“As informações servirão de base para que o Cremers identifique as maiores necessidades e encaminhe soluções para questões prioritárias aos médicos e à Medicina nesse momento desafiador”, afirmou Trindade.
O presidente do Cremers esclareceu que a CNRM é responsável por regulamentar e verificar a qualidade dos programas de residência médica no Brasil. Os programas formam os médicos especialistas em mais de 50 especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
O Decreto 11.999/2024 altera a composição e as regras de funcionamento da CNRM, tirando a participação social e a paridade da Comissão. “Queremos que o Decreto seja debatido com a participação dos médicos para garantir a representatividade e a eficiência do órgão.”, afirmou Trindade.
A participação dos Conselhos de Medicina na fiscalização dos critérios de funcionamento das escolas de Medicina, defendida pelo Cremers, seria uma forma de garantir a qualidade dos cursos ofertados. As 20 faculdades de Medicina do RS estão distribuídas em 14 municípios. Destes, 79% não oferecem leitos SUS; 43% não têm Estratégia de Saúde da Família; e 43% também não têm hospital escola – critérios básico para garantir qualidade para o ensino de estudantes de Medicina.
“Contamos com apoio da bancada gaúcha para dar encaminhamento às demandas históricas da classe médica. Nosso maior objetivo é defender a boa Medicina por meio da formação de excelência, da garantia de condições éticas e estruturas de trabalho, da melhor distribuição de profissionais e da remuneração adequada para que a população receba o melhor atendimento em saúde”, ressaltou o presidente.
Os parlamentares ressaltaram a importância da contribuição do Cremers em apontar caminhos para qualificar a área da saúde e embasar a construção de políticas públicas. A bancada se colocou à disposição para encaminhar as pautas tratadas no Congresso Nacional e junto ao Executivo.
Texto: Jennifer Morsch
Edição: Sílvia Lago

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Cremers Facilita leva serviços a médicos de Uruguaiana
Os médicos da Fronteira Oeste poderão usufruir dos serviços do Cremers em Uruguaiana na próxima segunda-feira (24). É mais uma edição do programa Cremers Facilita, que leva a estrutura do Conselho aos médicos em diversas regiões do estado.
Os novos médicos formados pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) no semestre 1/2024 poderão fazer a inscrição primária e obter seu registro profissional. Para isso, devem apresentar o comprovante de deferimento da análise de documentos, disponibilizado no Espaço do Médico no site do Cremers, além de duas fotos 3 x 4 e diploma original, caso já tenha sido entregue pela Universidade.
Outros serviços também estarão disponíveis aos médicos da região: coleta e atualização de dados biométricos, solicitação de documentos médicos (carteira profissional, cédula de identidade médica e certificado digital), suporte técnico à certificação digital, suporte técnico à emissão de prescrições eletrônicas, entrega de documentos que estão na sede aguardando retirada (mediante solicitação do profissional).
O Cremers Facilita em Uruguaiana funcionará das 8h às 17h, no dia 24 de junho, no Auditório do Prédio 700 da Unipampa.
SERVIÇO
Data: Segunda, 24/06/2024
Horário: Das 8h às 17h
Local: Auditório do Prédio 700 da Universidade Unipampa – Uruguaiana
Texto: Viviane Schwäger
Edição: Sílvia Lago

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Resolução sobre complicações no parto é alterada pela Justiça
O Cremers foi forçado a suprimir dois artigos de sua Resolução 02/2015. A determinação partiu da Justiça Federal, resultante de ação civil pública movida por entidades representantes da Enfermagem no estado.
O documento dispõe sobre as providências que devem ser tomadas em caso de complicações durante partos realizados por não médicos, sejam domiciliares, hospitalares ou em outras instituições. Com a sentença, os Artigos 4 e 5, que normatizavam a comunicação de eventuais complicações ao Cremers e as responsabilidades em caso de óbito, foram suprimidas.
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Cremers orienta sobre procedimento em caso de extravio e perda de prontuários em decorrência das enchentes
Para orientar profissionais e estabelecimentos de saúde sobre a melhor forma de proceder em casos de extravio ou perda de prontuários médicos devido às enchentes que atingiram diversos municípios do estado, o Cremers emitiu parecer jurídico, no dia 17 de junho.
‘’O documento traz esclarecimentos e diretrizes a serem seguidas para mitigar os danos causados a médicos e pacientes’’, afirma o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade.
Em um primeiro momento, cabe ao médico ou diretor técnico comunicar o fato à autoridade policial e registrar Boletim de Ocorrência (BO), tendo em vista implicações penais, civis e administrativas advindas do desaparecimento de prontuários. O BO deve ser enviado ao Conselho para registro.
Considerando que o prontuário pertence ao paciente, ficando o médico ou a instituição responsável por sua guarda, é recomendado que o paciente seja informado do extravio do documento em razão das enchentes.
Se houver meios de restaurar o prontuário ou se for possível a reconstrução dos registros médicos perdidos, por meio de segunda via, o profissional poderá fazê-lo desde que as informações sejam fiéis ao documento original, devendo comunicar o paciente por e-mail, correspondência ou por aplicativos de mensagens que confirmem o recebimento, informando, ainda, as providências tomadas.
‘’O parecer também recomenda que seja fornecido suporte contínuo aos pacientes afetados, mediante manutenção de linhas abertas de comunicação e fornecimento de atualizações sobre a recuperação de registros médicos, se for o caso’’, destaca o presidente.
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Cremers orienta atendimento em saúde em abrigo para idosos
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) e o Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS) estiveram, na terça-feira (18), no Abrigo 60+, espaço de acolhimento exclusivo para idosos que foram atingidos pelas enchentes, em Porto Alegre.
A ação foi conduzida pelo coordenador do Departamento de Fiscalização (Defis) do Cremers, Luciano Haas, e pela conselheira integrante da Comissão de Assuntos Médicos/Exercício Ilegal da Medicina (Codame/EIM), Karin Anzolch, em conjunto com a presidente do CRF-RS, Giovana Ranquetat, e a farmacêutica coordenadora do Setor de Fiscalização do Conselho de Farmácia, Elisandra Tramontini. O grupo conheceu as instalações e os procedimentos de acolhimento e assistência em saúde realizados no local.
A coordenadora do abrigo, Michelle Bertoglio Clos, ressaltou a mobilização do grupo de voluntários para viabilizar espaço exclusivo para idosos em situação de vulnerabilidade em decorrência das enchentes. ‘’O local foi aberto de forma emergencial em 17 de maio, e deverá permanecer em funcionamento até novembro. O abrigo conta com 40 leitos e uma equipe de voluntários formada por médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e cuidadores para atendimento a idosos, muitos acamados, com limitações físicas e problemas de saúde’’, relatou.
O coordenador do Defis salientou a importância do trabalho voluntário, a disponibilidade e a dedicação para auxiliar as vítimas da calamidade, e colocou o Cremers à disposição para contribuir no que for possível. Como existe muita rotatividade, orientou os responsáveis pelo abrigo a checarem se os médicos voluntários estão legalmente habilitados para o exercício da Medicina, o que pode ser feito pelo site do Conselho.
Como forma de contribuir para a manutenção do abrigo e a segurança dos acolhidos, o Cremers e o CRF-RS elaboraram documento relatando os principais pontos identificados e oficiaram o Ministério Público Estadual e as secretárias de Saúde do Estado e de Porto Alegre para providências. ‘’No momento em que as doações estão diminuindo e o apoio dos voluntários está mais escasso, é necessário o suporte do poder público em áreas mais frágeis que necessitam reforço, entre elas, condições sanitárias, alimentação e controle de medicamentos’’, afirmou Haas. Também foi solicitado apoio do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RS) para que dê suporte no acolhimento aos abrigados.
‘’Seguiremos com ações de orientação às equipes de saúde em abrigos e instituições para garantir o melhor atendimento e a segurança dos acolhidos e dos voluntários’’, afirmou o conselheiro do Cremers.
Texto e foto: Jennifer Morsch
Edição: Sílvia Lago

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