Desafios no ensino de Medicina no RS foram o tema do segundo ZH Talks
O futuro da educação médica no estado foi o tema do segundo encontro Zero Hora Talks, promovido pelo Cremers em parceria com o jornal Zero Hora. Com mediação da jornalista Rosane de Oliveira, o debate contou com a presença do presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade; do presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), Sandro Schreiber; e do presidente da Attitus Educação, Eduardo Capellari.
O evento apresentou um panorama da educação médica no estado – um assunto que interessa não só à comunidade médica, mas à sociedade como um todo. Foram abordadas a proliferação de faculdades de Medicina, a qualidade da formação oferecida por essas instituições e a possibilidade de uma prova de proficiência para recém-formados, além das consequências da formação de profissionais em excesso e a falta de vagas na residência médica.
Trindade ressaltou a importância de a sociedade se engajar na discussão sobre a educação médica. “Não precisamos de mais médicos, mas de qualificar cada vez mais a nossa assistência e formar melhores profissionais que atendam às necessidades sociais de áreas específicas”, afirmou. Ele também destacou a discrepância entre o número de médicos atuantes no estado — comparável ao de países desenvolvidos — e a realidade percebida pela população no seu dia a dia.
De acordo com Schreiber, responder à pergunta sobre a quantidade ideal de médicos no Brasil é extremamente complexo, dado o contexto continental do país, o direito universal à saúde e a coexistência de dois sistemas de saúde. “Não há nenhum país no mundo que tenha um sistema de saúde universal como o nosso, com uma população de mais de 200 milhões de pessoas, além da dualidade do sistema público e privado”, explicou.
Outra questão levantada foi a necessidade de interiorizar os médicos, já que faltam profissionais em cidades menores do estado. “Apesar de termos mais médicos formados nos últimos anos, ainda existe uma grande concentração nas capitais”, declarou Capellari. Ele completou questionando as condições de trabalho nas cidades menores, e se a maneira como os cursos são autorizados está adequada para enfrentar os desafios de distribuir profissionais onde são necessários.
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Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Viviane Schwäger
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NOTA AOS MÉDICOS E À SOCIEDADE GAÚCHA
Em Rio Grande, mais um caso de médicos que estão sem receber da empresa terceirizada contratada pelo município para operar as unidades de saúde. Na região do Carvão, pressão dos prefeitos para que o MEC aprove mais um curso de Medicina. Qual a ligação entre esses dois fatos? Os gestores municipais estão tentando transferir a responsabilidade pela crise na saúde – e parte das consequências dela – para os menos culpados: os médicos.
O Cremers vem a público, uma vez mais, manifestar repúdio às atitudes demagógicas de quem acha que é possível resolver uma crise criando outra. Acreditar que o problema do atendimento à população pode ser solucionado formando mais médicos é o mesmo que imaginar que a falta de dinheiro possa ser resolvida com a impressão de mais moeda. Em ambos os casos, tudo o que se obtém é a desvalorização e o descrédito.
A crise no sistema público de saúde se resolve com mais gestão, não com mais médicos. O Rio Grande do Sul, por exemplo, é o segundo estado na proporção de médicos x população e, mesmo assim, tem-se testemunhado diariamente dezenas de casos de municípios em que esses profissionais estão trabalhando sem receber. Como é possível acreditar que, se não se consegue pagar os médicos que já estão trabalhando, será possível arcar com os custos daqueles que deixarão as novas faculdades com um diploma na mão?
O Cremers acredita e trabalha para que sejam formados médicos cada vez melhores. Cabe à sociedade fazer o mesmo, votando e fiscalizando seus eleitos para que se tenham melhores gestores. Essa, sim, é a única saída para a crise em que se encontra.
Eduardo Neubarth Trindade
Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul
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Cremers propõe fiscalizações conjuntas com Câmara de Porto Alegre
Em audiência na tarde desta terça-feira (18) com a presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadora Comandante Nádia, o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, propôs a realização de fiscalizações conjuntas com o parlamento do município nas unidades de saúde de Porto Alegre.
“Tal qual os vereadores, a função primordial do Conselho é a de fiscalização. No nosso caso, do trabalho do médico. Só que isso é feito de uma forma a não expor os profissionais e nem prejudicar ou colocar em risco os pacientes. Por isso, estamos nos propondo a acompanhar os nossos representantes no parlamento nessas vistorias”, explicou.
A proposta foi bem recebida pela presidente do legislativo municipal. “Acho uma ideia excelente e torna essas fiscalizações não apenas mais eficientes, mas também mais efetivas, já que são os médicos quem melhor podem avaliar a qualidade do serviço de saúde que está sendo prestado”, afirmou a vereadora Comandante Nádia, que já alinhou com a presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereadora Tanise Sabino, a realização de uma reunião para o planejamento destas fiscalizações.
Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Viviane Schwäger
Ex-ministro do governo Temer faz palestra a conselheiros do Cremers
O ex-ministro do governo Temer e ex-deputado federal Carlos Marun foi o palestrante da noite de segunda-feira, 17, na sessão plenária extraordinária do Cremers. Ele falou sobre a atual conjuntura, as pautas específicas que envolvem a Medicina e outros assuntos relacionados ao contexto político nacional. “Uma das grandes dificuldades que as lideranças das entidades gaúchas estão enfrentando, atualmente, é a perda da representatividade nas principais instâncias de poder em Brasília. Nós não temos mais um ministro gaúcho, nem representantes no Supremo ou no STJ, nem no comando da Câmara ou do Senado há alguns anos”, explicou Marun.
O ex-parlamentar também falou sobre o impacto do Programa Mais Médicos e outros temas diretamente ligados ao exercício da Medicina, e sobre como esses assuntos podem ser encaminhados politicamente no contexto da Capital Federal. “O ideal seria formar uma força-tarefa suprapartidária, a exemplo do que fazem outros setores de interesse, propondo o congelamento da criação de novos cursos de Medicina e estabelecendo um controle junto ao MEC do fluxo destas propostas”, sugeriu.
Marun lembrou que o próprio presidente da Câmara Federal, o deputado Hugo Motta, é médico, o que pode ajudar na condução destes assuntos. Mas alertou: “Faculdade de Medicina é um negócio. E esse negócio ainda vai piorar. A boa notícia é que, como todo negócio, está sujeito a um processo de seleção natural. As ruins vão naturalmente desaparecer”, previu.
Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Viviane Schwäger
Lentidão nas consultas e cirurgias eletivas é a maior queixa dos pacientes
Um dos assuntos que concentraram a atenção na primeira edição do ZH Talks foi o resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto Pesquisa de Opinião (IPO). O estudo indica que 40% dos entrevistados se mostravam insatisfeitos com a lentidão nos atendimentos, especialmente com o tempo de espera para consultas com especialistas e cirurgias eletivas.
Os debates concentraram-se na busca de soluções para agilizar os atendimentos e otimizar o uso de recursos, com a intenção de reduzir filas e melhorar o acesso dos cidadãos ao sistema de saúde. “No Rio Grande do Sul, enfrentamos o problema da terceirização das equipes de saúde, que se reflete na precarização da atividade médica, obrigando os profissionais, muitas vezes, a trabalhar sem receber salários”, lamentou o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade.
O painel ZH Talks fez parte do projeto Saúde 2035 do Cremers, que estuda soluções para a assistência e para a Medicina nos próximos dez anos.
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Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Viviane Schwäger
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Dependência do SUS é um dos grandes gargalos da saúde no Estado
Durante o primeiro painel ZH Talks, realizado no final do mês de outubro, foram apresentados dados que refletem as dificuldades enfrentadas pelo setor de saúde. A principal delas é a excessiva dependência do Sistema Único de Saúde.
No caso do Rio Grande do Sul, o levantamento apresentado durante o evento revelou que cerca de 43,7% dos gaúchos dependem exclusivamente do SUS. “Um percentual de quase metade da população depender do financiamento público da saúde é um desafio e tanto para o estado e para as prefeituras, assim como para os hospitais e os profissionais de saúde – em especial, os médicos”, afirmou o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade.
O painel ZH Talks fez parte do projeto Saúde 2035 do Cremers, que estuda soluções para a assistência e para a Medicina nos próximos dez anos.
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Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Viviane Schwäger
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Novos médicos receberão carteira profissional em cerimônia no Cremers
O Cremers voltará a entregar as carteiras profissionais aos novos médicos formados no Rio Grande do Sul em solenidade realizada na sede da autarquia, em Porto Alegre. A cerimônia, realizada regularmente até 2020, foi descontinuada em decorrência da pandemia. Nos últimos anos, a entrega do documento era feita de forma administrativa.
“A retomada do ato é um reconhecimento à importância do momento para os novos médicos, suas famílias e a comunidade. É o final de um ciclo e o início de uma nobre carreira, que exige dedicação, aperfeiçoamento e ética”, justifica o presidente do Cremers Eduardo Neubarth Trindade.
A expectativa é pela presença de cerca de 100 novos médicos e seus familiares e amigos. A solenidade está marcada para o dia 19 de fevereiro, a partir das 19 horas, no auditório localizado na Rua Bernardo Pires, 415, no Bairro Santana.
Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Sílvia Lago
Ação do Cremers leva gestores a tomar providências em hospital de Torres
A rápida ação do Cremers, que culminou em nota oficial, emitida no sábado (1º), denunciando falta de médicos no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, forçou a administração da instituição a buscar solução para o problema.
Já na segunda-feira (3), uma comitiva da IBSaúde, empresa que tem contrato com o governo do Estado para gerir o hospital, reuniu-se com o prefeito Delci Dimer para tratar da escala dos pediatras.
No dia seguinte (4), foi a vez da IBSaúde reunir-se com vereadores locais, na Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Torres. Os gestores do hospital alegaram os atrasos nos repasses do Estado como justificativa para o não pagamento dos médicos, o que levou à crise no atendimento do Nossa Senhora dos Navegantes, hospital referência na região.
“O Cremers, mais uma vez, agiu no momento exato, buscando garantir a seriedade na prestação do serviço de saúde, a dignidade dos profissionais médicos e a integridade dos pacientes”, afirmou o presidente do Conselho, Eduardo Neubarth Trindade.
Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Sílvia Lago
Cremers discute caminhos para a reconstrução da estrutura de saúde do Rio Grande do Sul
O Cremers promoveu, ao longo de 2024, em parceria com o jornal Zero Hora, o Painel Zero Hora Talks. Reunindo representantes do setor público, entidades empresariais e hospitais filantrópicos, a série de eventos integrou a iniciativa Saúde 2035, que discute os desafios da assistência no estado e propõe soluções práticas e viáveis visando a próxima década.
Na primeira edição, no final de outubro, o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, destacou a importância da colaboração entre o Conselho e os governos municipais e estadual para o desenvolvimento de políticas públicas de longo prazo voltadas para a saúde. Segundo Trindade, o foco deve ser a criação de um sistema de saúde mais eficiente e acessível, capaz de responder melhor às demandas da população. Ele considera especialmente importantes os impactos no cenário pós-enchentes, em que o sistema foi bastante afetado, e pós-pandemia, em que a demanda reprimida causou sérios atrasos em tratamentos.
Durante o painel, foram apresentados dados que refletem as dificuldades enfrentadas no setor: cerca de 43,7% dos gaúchos dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, uma pesquisa mostrou que 40% dos entrevistados relataram insatisfação com a lentidão nos atendimentos, especialmente no tempo de espera para consultas com especialistas e cirurgias.
Os debates concentraram-se na busca de soluções para agilizar os atendimentos e otimizar o uso de recursos, com a intenção de reduzir filas e melhorar o acesso dos cidadãos ao sistema de saúde em todos os níveis.
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Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Viviane Schwäger
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Cremers participa de instalação de Frente Parlamentar que trata de doenças dermatológicas
O conselheiro Gustavo Corrêa representou o Cremers na cerimônia de instalação da Frente Parlamentar de Combate às Doenças Crônicas e Autoimunes da Pele, da Assembleia Legislativa do RS, nesta quarta-feira (12). A ocasião contou com a presença de médicos especialistas, pacientes e representantes do poder público, de universidades e de entidades envolvidas com essas doenças.
O objetivo da Frente Parlamentar é promover políticas que facilitem o acesso de pacientes ao diagnóstico precoce e a medicamentos, além de combater o estigma sofrido por pessoas com condições como psoríase, vitiligo, dermatite atópica e hidradenite supurativa.
“Algumas dessas doenças são incapacitantes, além de gerar impacto psicológico nos pacientes. Até alguns anos, havia poucas opções de tratamento, e com muitos efeitos adversos. Essas políticas podem promover uma grande mudança na vida dos pacientes. É importante que eles vejam essa luz no fim do túnel, o que torna a Frente um marco na dermatologia”, refletiu Corrêa.
Texto: Viviane Schwäger
Edição: Sílvia Lago

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