É falso que exame RT-PCR gera 97% de falsos positivos para Covid-19
*Reprodução de Aos Fatos.
Em vídeo que circula nas redes sociais, um médico distorce e falseia informações ao alegar que exames RT-PCR geram 97% de diagnósticos falsos positivos para Covid-19 e que estudos na Itália e nos Estados Unidos indicaram que o total de mortes pela doença tem sido superestimado. O vídeo com as alegações enganosas circula em aplicativos de mensagem, como o Telegram e o WhatsApp. A gravação também circula no YouTube e no Facebook, onde reunia ao menos 3.000 compartilhamentos, nesta quarta-feira (3), e foi marcada com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (saiba como funciona).
O que foi checado:
1. Não é verdade que um estudo apontou que testes RT-PCR geram 97% de falsos positivos. O médico distorce, no vídeo, uma carta publicada em um periódico científico que aborda a medição da carga viral nas amostras de exames, não a confiança do resultado em si. Hoje, pesquisadores estimam que em torno de 5% dos diagnósticos resultam em falsos positivos;
2. Um centro de pesquisas de Oxford não concluiu que só 12% das mortes por Covid-19 na Itália foram de fato causadas pelo vírus. Essa afirmação é uma versão distorcida da declaração dada por um outro médico, da Itália, no ano passado. Ele explicou depois que os demais óbitos também foram considerados como decorrentes do Coronavírus, ainda que os pacientes tivessem apresentado outras enfermidades;
3. O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) de fato apontou em levantamento, de agosto do ano passado, que 6% das mortes registradas por Covid-19 nos Estados Unidos até aquele momento haviam ocorrido exclusivamente em razão do vírus. O órgão do governo americano, entretanto, também considerou que os demais óbitos foram desencadeados por condições associadas à infecção pelo Sars-CoV-2.
O texto citado pelo médico no vídeo não é um estudo, mas uma carta enviada ao periódico por um grupo de cientistas, entre eles Didier Raoult, autor de um estudo que apontava a eficácia da cloroquina contra Covid-19, e que depois reconheceu erros na análise. À revista, eles afirmaram que uma análise de cultura celular em laboratório, a partir de exames RT-PCR positivos, indicou que apenas 3% dos testes ficaram positivos após análises de mais de 35 ciclos – o que não tem nada a ver com 97% dos diagnósticos serem falsos.
O ciclo é uma variável considerada dentro dos exames RT-PCR chamada Ct (do inglês, Cycle Threshold). Ela pode categorizar de maneira mais ampla a concentração do material genético do vírus na amostra do paciente. Isso é medido pela quantidade de vezes que a amostra é analisada em laboratório até que o vírus seja detectado: quanto menos ciclos até a detecção do Sars-CoV-2, maior pode ser a carga viral do paciente. Se mais ciclos forem empregados até o diagnóstico positivo, menor seria a quantidade de vírus no organismo.
Portanto, os cientistas afirmam na carta que, ao submeterem todas as amostras positivas a mais de 35 ciclos, somente 3% seguiam dando positivo para o Sars-CoV-2. Não é mencionado em nenhum momento que isso seria um indicativo de que os demais 97% representam resultados falsos positivos nem que o Ct é capaz de medir isso exatamente.
“A diferença [entre as amostras analisadas] é que alguns tinham uma alta carga viral e, portanto, ainda eram contagiosos, e os outros tinham uma baixa carga viral, ou seja, menos contagiosos”, afirmou ao Aos Fatos Laura de Freitas, farmacêutica, doutora em biociências e biotecnologia e pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo). “A [relação entre] número de ciclos e resultados positivos não se refere aos casos em si, mas à capacidade de contágio. Também não há comprovação nesse sentido, e o que foi apresentado [na carta] não impacta em nada a contagem de casos positivos”, completou.
Um artigo de pesquisadores americanos publicado em setembro de 2020 como preprint, ainda não revisado por pares, indicou que o índice de falsos positivos em exames de RT-PCR para Covid-19 pode girar em torno de 2,3 e 6,9%. Esse intervalo compreende os 5% de diagnósticos falsos apontados por José Eduardo Levi, virologista do grupo Dasa, uma das principais redes de medicina diagnóstica do Brasil, ao Aos Fatos, por e-mail.
Acesse aqui a publicação original na íntegra.
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Dose da CoronaVac não custa 17 vezes mais do que a vacina de Oxford
*Reprodução da Agência Lupa.
Circula nas redes sociais que o valor de uma dose da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac custa R$ 58,20, ou seja, 17 vezes mais que uma dose do imunizante da Oxford/AstraZeneca, que sai por um valor em torno de R$ 3,40.
“Uma dose da Vachina $ 58,20. Uma dose da Oxford $ 3,40. Alguém já viu a imprensa questionar esse preço?”
Trecho de post publicado no Facebook que, até as 13h de 1º de fevereiro de 2021, tinha mais de 715 compartilhamentos
A informação analisada pela Agência Lupa é exagerada. O post que circula nas redes sociais distorce os valores das vacinas, usando valores em real para uma e em dólar para outra. O Ministério da Saúde deve pagar R$ 58,20 por cada dose da CoronaVac ao Instituto Butantan. Já o preço da vacina da AstraZeneca/Oxford depende do fornecedor, mas em nenhum caso o valor é de R$ 3,40. Pelo acordo inicial da Fiocruz com a farmacêutica britânica, a dose custaria US$ 3,16, o que, na cotação de segunda-feira (1º), equivale a R$ 17,28 — ou seja, a CoronaVac custa três vezes mais, e não 17 vezes mais. O custo da mesma vacina importada da Índia é um pouco mais alto, e equivale a cerca de metade do preço da CoronaVac.
O valor de R$ 58,20 da vacina CoronaVac está previsto no contrato estabelecido entre a Fundação Butantan e o Ministério da Saúde, assinado em 7 de janeiro deste ano. No texto, o governo federal se compromete a comprar 46 milhões de doses da vacina desenvolvida em parceria internacional entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan. Os imunizantes, segundo o texto, devem ser entregues ao Ministério da Saúde até o fim de abril. No total, o valor da compra foi de R$ 2,6 bilhões. Também já está em negociação a compra de mais de 54 milhões de doses.
Em setembro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica Astrazeneca assinaram acordo no qual estabeleceu-se que a dose de cada vacina sairia a US$ 3,16, ou R$ 17,28. O contrato estabelece a entrega de 100,4 milhões de doses de vacinas, com capacidade de produzir mais 110 milhões ao longo do segundo semestre de 2021. A Fiocruz informa que aguarda a chegada do insumo para produção de 7,5 milhões de doses de vacinas. A liberação dos primeiros lotes está prevista entre 8 e 12 de fevereiro.
Já o lote de dois milhões de vacinas importadas da Índia, que chegou ao Brasil no último dia 22 de janeiro, saiu um pouco mais caro: US$ 5,25 cada dose, ou R$ 28,62. Apesar de se tratar da mesma substância, o valor da vacina importada é mais alto porque, neste caso, a vacina foi integralmente produzida pelo Instituto Serum — no caso do lote principal, a Fiocruz ficaria responsável por preparar a vacina para a distribuição a partir dos insumos fornecidos pela AstraZeneca. Esse é o mesmo valor, por exemplo, que foi pago pela África do Sul ao Instituto Serum pela importação de 1,5 milhão de doses. Uma reportagem do The Guardian mostrou que o país, assim como o Brasil, estaria pagando o dobro que a União Europeia pela vacina de Oxford. Segundo a justificativa, o valor mais baixo, de US$ 2,16, seria um desconto aos países que investiram na pesquisa e desenvolvimento do imunizante.
Em 17 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade o uso emergencial das vacinas CoronaVac e da AstraZeneca/Oxford. Até esta segunda-feira (1º), foram aplicadas no país 2,1 milhões de doses, segundo levantamento do Our World in Data, da Universidade de Oxford.
Custo das Vacinas
A diferença no custo das duas vacinas está relacionado com a tecnologia empregada no desenvolvimento. A CoronaVac é feita a partir do vírus inativado, uma das tecnologias mais tradicionais de produção de imunizantes. Apesar de ser mais antiga, essa técnica tem um custo de produção mais alto na comparação com vacinas mais modernas. “É preciso cultivar o vírus e trabalhar com ele ‘vivo’. Isso demanda uma estrutura de laboratórios de segurança máxima”, explicou a microbiologista Natália Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), em reportagem publicada pela Lupa em dezembro.
Já a vacina de Oxford usa uma tecnologia de vetor viral. Nesse caso, um segundo vírus, modificado geneticamente para ser inofensivo, é utilizado para carregar informações genéticas do novo Coronavírus para dentro do organismo — no caso do imunizante contra Covid-19, trata-se de um tipo de adenovírus. As células humanas conseguem, assim, produzir partes do SARS-CoV-2 temporariamente e, assim, estimular uma resposta imune do organismo. Essa técnica barateia o processo de produção. “É possível ter uma plataforma pronta com o seu adenovírus e facilmente trocar de sequência genética quando quiser trocar de doença”, explicou a pesquisadora. Vale sempre pontuar que o material genético que entra nas células não interage com o núcleo, e não é capaz de modificar o DNA humano.
Acesse aqui a publicação original.
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Cremers reforça parceria e colaboração com Ministério Público do Estado
O Cremers reuniu-se, nesta sexta-feira (29), com o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Marcelo Lemos Dornelles, em Porto Alegre. Na ocasião, o Conselho se colocou à disposição para cooperar na ação que incentiva a denúncia sobre pessoas que foram vacinadas contra a Covid-19 indevidamente e reforçou a parceria de longa data entre as duas instituições.
“O Cremers se coloca à disposição do Ministério Público para auxiliar na fiscalização de possíveis irregularidades na aplicação da vacina”, reiterou o vice-presidente do Conselho, Eduardo Neubarth Trindade.
“O trabalho das instituições tem o mesmo foco: o bem-estar da comunidade. Espero que possamos estreitar os laços com todos os promotores que assim desejarem”, afirmou a coordenadora do Departamento de Fiscalização do Cremers, Laís Del Pino Leboutte.
O subprocurador apresentou os primeiros resultados da ação que incentivou as denúncias sobre irregularidades. “Desde o início da pandemia, respeitamos a atribuição de cada um, em especial do gestor público, na atuação contra a doença e na orientação da população. Recebemos inúmeras denúncias. Ao todo, já verificamos a veracidade de possíveis 285 casos de ‘fura-filas’, a maioria em cidades pequenas. De agora em diante, vamos trabalhar para conferir qual o tamanho da improbidade cometida”, informou.
Acompanharam a reunião o tesoureiro do Cremers, João Batista Zanolla Andreola; o conselheiro André Cecchini; e o procurador Juliano Lauer.
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Cremers busca vacinação ampla contra Covid-19 para médicos do Rio Grande do Sul
Preocupado com a necessidade de ampla vacinação de profissionais da Medicina contra a Covid-19, o Conselho Regional de Medicina do Estado Rio Grande do Sul (Cremers) consultou, na manhã desta sexta-feira (29), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) sobre o cronograma de imunização. Em reunião com a secretária Arita Bergmann, o vice-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, buscou informações sobre como otimizar a aplicação das vacinas aos profissionais que não são priorizados e atuam em consultórios, clínicas e hospitais privados.
“Queremos que a vacinação atinja também os profissionais da ponta, aqueles sem vínculo a hospitais ou unidades de Saúde que atendem à Covid-19. Eles também precisam estar imunizados para atender adequadamente à população. O Cremers quer auxiliar o governo estadual na divulgação desse calendário, uma vez que o voluntarismo de outras instituições pode atrapalhar o processo e torná-lo confuso”, ressaltou Trindade.
A recomendação do governo do Estado para a estratificação dos grupos prioritários dos trabalhadores da Saúde segue cronograma do Conselho das Secretarias de Saúde do Estado (Cosems). Desde o primeiro dia de vacinação (18 de janeiro), a SES divulga o ordenamento de prioridades que ocorre de acordo com a quantidade de doses recebidas e sua logística de distribuição. A ordem de prioridade foi publicada em 24 de janeiro e pode ser conferida AQUI.
“Nenhum município ficará com menos de 58% dos profissionais vacinados. Sugerimos ao Cremers que nos encaminhe uma listagem dos médicos não vinculados por município, e que atuam de forma privada, que precisarão ser vacinados para apresentar ao Cosems. A partir disso, as secretarias municipais organizarão a vacinação, respeitando o cronograma e os critérios já estabelecidos”, afirmou a secretária Arita Bergmann.
O Rio Grande do Sul já recebeu 511,2 mil doses de duas remessas de unidades da vacina Coronavac, no dia 18 de janeiro, e da Oxford/AstraZeneca no último domingo (24). Ambas vacinas têm aplicação de duas doses no ciclo de imunização contra a Covid-19.
Segundo o painel de monitoramento do governo estadual, já foram aplicadas 122,8 mil das primeiras doses das vacinas, sendo 90.224 aplicadas somente em profissionais da Saúde.
Critérios técnicos
Entre as características e os critérios técnicos que estabeleceram a estratificação da população para a aplicação das vacinas, o governo informou que foi considerada a concentração do vírus em suspensão no ambiente; a escassez de profissionais de Saúde com formação específica; os serviços fechados em caso de surtos entre profissionais; e os pacientes vulneráveis, que em muitos cenários não podem receber a vacina, sendo que os profissionais se tornam os vetores principais.
Já sobre as justificativas técnicas, as áreas exclusivas para atendimento Covid-19 com concentração maior do vírus; a ventilação mecânica e outros aparelhos que favoreçam a suspensão do vírus no ambiente; as áreas fechadas em instituições que possam apresentar surto e acarretar o fechamento de unidade devido à contaminação dos profissionais; e os pacientes críticos ou com imunossupressão que necessitem de contato com profissionais de Saúde – local onde estão em maior risco de contágio.
Grupos prioritários
A vacinação, iniciada em 17 de janeiro, é realizada nos grupos prioritários. Em relação aos profissionais da Medicina, por ordem, serão imunizados os responsáveis pela vacinação de idosos em Instituições de Longa Permanência (ILPI) ou indígenas; os profissionais que trabalham em áreas fechadas de Unidades e Centros de Terapia Intensiva (UTIs e CTIs); os médicos que atuam em rede de urgência e emergência (Unidades de Pronto Atendimento e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência); e os que circulam em unidades de internação clínicas reservadas para atendimento de pacientes com Covid-19, bem como ambulatórios exclusivos para atendimento Covid-19.
Ainda entre os primeiros 10 grupos prioritários estão coletadores de swab nasofaríngeo e orofaríngeo; de ambulatórios e unidades de Saúde de Atenção Primária/Básica; de serviços ou ambulatórios que prestam atendimento a pacientes acometidos por imunossupressão; demais áreas de hospitais não exclusivas ao atendimento e tratamento da Covid-19; e demais ambulatórios e pronto-atendimentos.
Os médicos que atuam em consultórios, laboratórios e farmácias de instituições privadas, bem como os profissionais que não se enquadram nos grupos citados, estão entre as últimas categorias a serem vacinadas antes da população.
Casos no RS
Desde o início da pandemia, foram registrados 536,7 mil casos da doença no estado. A letalidade aparente é de 2%, o que já causou 10.512 óbitos, em sua maioria de idosos e pessoas com comorbidades, e 7% dos casos (36 mil) necessitaram de hospitalização por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Confira mais dados aqui.
Segundo a SES, antes da pandemia, a rede tinha 933 leitos de UTI Adulto SUS. Foram criados mais 1.045, alcançando um total de 2.018 leitos habilitados. Além disso, o Rio Grande do Sul conta com mais de 5 mil leitos clínicos para pacientes com menor gravidade. Recentemente, por meio da colaboração de hospitais públicos e privados e prefeituras, foram recebidos pacientes de Rondônia, que ocupam leitos clínicos.
Acompanharam a audiência com a secretária da Saúde o tesoureiro do Cremers, João Batista Zanolla Andreola; o conselheiro André Cecchini; e o procurador Juliano Lauer. Estiveram presentes também a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Goulart Molina Bastos, e o chefe da Vigilância Epidemiológica do Cevs, Tani Ranieri.
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Fiscalização do Cremers vai intensificar e agilizar atuação
O Departamento de Fiscalização (Defis) do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) vai intensificar e agilizar sua atuação em 2021.
Para alcançar esses objetivos, o Defis iniciou processo de contratação de dois médicos fiscais, por meio de concurso em vigência. Os candidatos passam pela fase de entrevistas.
Segundo a coordenadora do Defis, Laís Leboutte, a melhor estruturação do setor dará mais agilidade à atuação e às respostas necessárias à população e aos médicos.
Cremers reforça prioridade para linha de frente no calendário de vacinação contra Covid-19 divulgado pela Secretaria da Saúde
O calendário de vacinação contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul, planejado e executado pela Secretaria de Saúde do Estado, foi divulgado em janeiro de 2020 para a população em geral. Neste primeiro momento, serão priorizadas doses para os profissionais da Medicina que trabalham na linha de frente de hospitais, redes de urgência e emergência e atenção básica, no atendimento de pacientes infectados.
Os demais médicos terão cobertura vacinal conforme as orientações divulgadas pelas secretarias da Saúde municipais e estadual. A sequência do cronograma de vacinação depende da aquisição e da distribuição das vacinas Coronavac (desenvolvida pelo Instituto Butantan e fabricada no laboratório chinês Sinovac) e Oxford (da Universidade de Oxford em parceria com a Fiocruz).
Os médicos da linha de frente integram a lista dos três primeiros grupos da priorização da cobertura vacinal, na qual constam ainda idosos que moram em instituições de longa permanência e funcionários desses estabelecimentos e indígenas aldeados. Desde o primeiro dia de vacinação (18 de janeiro) até o momento, mais de 90 mil doses já foram aplicadas no estado, de acordo com painel de monitoramento da SES.
Os profissionais médicos podem buscar mais informações sobre as vacinas e as remessas distribuídas, acessando o site coronavirus.rs.gov.br/tevacinars.
Também é possível denunciar possíveis “fura-filas”, as pessoas que estão fora dos grupos prioritários e que receberam dose do imunizante indevidamente. Para denunciar, ACESSE AQUI e preencha o formulário da Secretaria da Saúde e Ministério Público.
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Hospital Dom João Becker apresenta relatório de imagem
O presidente do Cremers, Carlos Isaia Filho, participou, nesta segunda (25), de reunião com representantes do Hospital Dom João Becker, em Gravataí. Durante o encontro, o superintendente Antônio Weston e o diretor médico Fernando Issa apresentaram o relatório de imagem da instituição.
Na ocasião, também foi estudado um alinhamento institucional entre as entidades. Estiveram presentes o presidente da Amrigs, Gerson Junqueira Júnior; o vice-prefeito de Gravataí, Levi Melo; o secretário de saúde do município, Régis Fonseca; o diretor Jeferson Boeira, representando o Simers, acompanhado pela assessora política Carolina Gargaro.
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Prazo para pagamento da Anuidade 2021 sem acréscimo de taxas e multas termina em 31 de janeiro
As empresas registradas no Cremers poderão pagar a anuidade do exercício de 2021 sem o acréscimo de taxas e multas até 31 de janeiro. O valor integral da anuidade é de R$ 772, conforme resolução emitida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Desde 2020, é possível parcelar a anuidade por meio de cartão de crédito. O calendário de pagamento foi divulgado em dezembro passado (leia mais aqui). O profissional que tiver empresa de prestação de serviços médicos registrada no Cremers deve pagar anuidade como Pessoa Física e como Pessoa Jurídica.
Abaixo, as tabelas da anuidade e serviços para Pessoa Jurídica:
Parcelamento
A anuidade poderá ser parcelada em até cinco vezes, sem desconto, apenas uma vez no exercício. O parcelamento pode ser solicitado ao longo do ano; os efetuados até janeiro de 2021 terão vencimento no último dia dos meses de janeiro a maio, e os solicitados a partir de fevereiro terão vencimento no último dia do mês do pedido e dos meses subsequentes. Para Pessoa Jurídica, havendo inadimplência de alguma das parcelas, será aplicado o disposto no artigo 17 da Resolução 2.280/2020 do CFM.
Pagamento por cartão de crédito
O pagamento das anuidades e demais taxas pode ser realizado por meio de cartão de crédito. Para usufruir da facilidade, o médico ou diretor técnico da empresa deve entrar em servicos.cremers.org.br, acessar o Espaço do Médico ou Diretor Técnico com seu login e senha, entrar em Financeiro/Débitos e ir em Aberto/Pagar/Cartão.
Atualize seu cadastro
É preciso estar com o cadastro atualizado para usufruir de todas as facilidades oferecidas pelo Cremers. Para atualizar o cadastro de Pessoa Jurídica ligue para (51) 3300-5400 (Opção 2) ou acesse o Espaço do Médico ou Diretor Técnico. É possível editar seu perfil também no site do Cremers, no Espaço do Médico/Diretor Técnico/Perfil.
Para sanar qualquer dúvida, entrar em contato pelo telefone 51 3300-5400 (Opção 4) ou através do e-mail: grp.arrecadacao@cremers.org.br.
Áudio do WhatsApp sobre vacinas faz acusações fantasiosas sobre presença de HIV, morte de cachorros e ineficácia de testes PCR*
*Reprodução da Agência Lupa.
Circula por grupos de WhatsApp um áudio com uma série de denúncias sobre algumas vacinas contra o novo coronavírus. Ao longo de 11 minutos, o autor fala sobre a morte de cachorros usados para testes na Inglaterra e diz que vacinas da Austrália “têm HIV”. Na mensagem, o homem que diz ter experiência na área de diagnóstico médico também afirma que o SARS-Cov-2 “é um vírus fajuto que ninguém conseguiu isolar” e que não tem sintomas definidos. O áudio termina com o autor afirmando que os testes PCR, para diagnóstico da Covid-19, não funcionam. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado.
“Na Inglaterra, fizeram estudos com animais, cachorros, uns meses atrás. E vacinaram 20 cachorros. Os outros 20 não vacinaram. Os 20 que não vacinaram passaram bem, continuaram, não morreram. E todos os 20 que vacinaram morreram. É a mesma vacina que eles estão usando, é a mesma.”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
Não existe, até o momento, nenhuma publicação científica que mostre estudos de vacinas contra a Covid-19 em cachorros na Inglaterra. De acordo com especialistas ouvidos pela Lupa, não é uma praxe, entre a comunidade científica, testar imunizantes em cachorros. Carlos R. Zárate-Bladés, pesquisador do Laboratório de Imunorregulação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) explica que, em geral, testes são feitos primeiro em roedores. “Normalmente camundongos. Algumas vezes, passa-se a usar roedores maiores, como coelhos, por exemplo. Depois, se possível, testa-se em macacos. Mas cachorros não são uma praxe”, afirmou, por telefone.
O uso de animais em desenvolvimento de medicamentos ou vacinas ocorre na fase de testes pré-clínicos. Se os resultados dessa fase são promissores e seguros, aí sim começam os testes em seres humanos. “Se realmente tivessem matado os cães, o estudo não prosseguiria. Nenhuma agência reguladora iria permitir que algo que foi maléfico em um modelo animal prosseguisse para seres humanos. É para isso que se usam modelos animais: se dá um problema, supõe-se que pode dar o mesmo problema em seres humanos”, explicou Aguinaldo R. Pinto, professor titular do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC.
“Na Austrália, o governo cancelou a vacinação em massa, um programa de 300 milhões de dólares que eles tinham começado antes de agora terem encontrado HIV em todas as vacinas, coisa que eu já vinha falando há muito tempo.”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
Não é verdade que o governo australiano tenha cancelado campanha de vacinação em massa de sua população. Na verdade, o país planeja começar a imunização a partir de meados de fevereiro. Em 7 de janeiro, o governo publicou a estratégia nacional de vacinação, que começará em profissionais da saúde e idosos. No momento, a Austrália tem acordos com quatro biofarmacêuticas: AstraZeneca / Universidade de Oxford, Novavax, Pfizer/BioNTech e Covax Facility. A primeira vacina a ser aplicada será a da Pfizer, cuja aprovação está prevista para final de janeiro.
De acordo com o Departamento de Saúde, o país investiu 363 milhões de dólares para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas em todo mundo. Também investiu 3,3 bilhões de dólares em candidatas promissoras, entre elas as quatro com as quais já tem acordo.
Também não é verdade que foi encontrado o vírus HIV em todas as vacinas da Austrália. Diferentemente do que afirma o áudio, uma candidata australiana da vacina teve os estudos interrompidos em dezembro porque, após a primeira fase de testes, gerou anticorpos para o HIV em alguns participantes. De acordo com a Universidade de Quensland e a farmacêutica CSL, foram realizados mais testes para averiguar a possível presença do vírus nesses participantes. Essa hipótese foi descartada pelos pesquisadores.
“Agora tem essa versão aí com HIV e com outros produtos para causar infertilidade. Toda a comunidade científica internacional já sabe disso.”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
Como explicado acima, não é verdade que existem vacinas com HIV. Na Austrália, a Universidade de Queensland e a farmacêutica CSL interromperam as pesquisas da vacina UQ-CSL v451 porque alguns voluntários apresentaram anticorpos para o HIV, que foram detectados em testes. Isso não quer dizer, entretanto, que a vacina — que não passou da fase 1 de testes — contenha HIV em sua formulação. Análises feitas pelos pesquisadores comprovaram que não houve infecção pelo vírus. Essa vacina, especificamente, foi descartada.
Também não procede a informação de que as vacinas tenham produtos em sua fórmula que causam infertilidade. Até o momento, não existem evidências científicas que comprovem que os imunizantes em desenvolvimento podem afetar o sistema reprodutor feminino ou masculino.
Como já explicado pela Lupa, em novembro de 2020 um estudo da Universidade de Miami abordou os efeitos da Covid-19 na fertilidade masculina — e não da vacina. Os pesquisadores da instituição demonstraram que o SARS-CoV-2 pode infectar o tecido testicular em alguns homens com a doença. Uma pesquisa para averiguar o efeito da vacina está em curso. Segundo um dos coordenadores do estudo, o médico Ranjith Ramasamy, com base no mecanismo pelo qual o mRNA atua, é improvável que as vacinas da Covid-19 tenham impacto na fertilidade masculina.
Também não há evidências de que as vacinas podem causar infertilidade em mulheres. Em dezembro, uma peça de desinformação afirmou equivocadamente que a proteína Spike, presente no coronavírus e usada como base em alguns tipos de vacina contra a Covid-19, era igual à sincitina-1 — essa proteína é produzida pelo corpo humano e é importante para a adesão da placenta. No entanto, estudos sobre a spike, como o publicado pela revista Nature em agosto do ano passado, sequer mencionam a possibilidade de essa substância ocasionar alguma reação cruzada com alguma outra proteína humana.
“Essa da Pfizer, os diretores são chineses. Os acionistas da Pfizer são chineses. Os da Moderna também, da GlaxoSmithKline também”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
A biofarmacêutica Pfizer é uma multinacional norte-americana de capital aberto. Atualmente, os 10 principais sócios da companhia são grupos de investimentos dos Estados Unidos, entre eles Vanguard Group, SSgA Funds Management e BlackRock Fund Advisors. Da mesma forma, os principais acionistas da Moderna Therapeutics, fundada e sediada nos Estados Unidos, também são grupos de investimentos americanos.
Já a farmacêutica GlaxoSmithKline é de origem britânica, mas tem, entre os principais acionistas, empresas americanas de investimentos, como a Dodge & Cox. A Lupa já verificou conteúdo semelhante em dezembro.
“Então não adianta, não existe vacina por uma coisa tão fajuta como esse vírus que ninguém conseguiu isolar. (…) Viram in vitro, mas ninguém pegou um paciente que morreu, fizeram a autópsia e ‘tá aqui o vírus’. Porque não vai achar. Como eles fazem uma vacina para a população tomar se eles não sabem nem o que estão fazendo, que é só baseado em sintomas, são só sintomas. Não tem um grupo de sintomas (…).
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
O áudio analisado pela Lupa é falso. O agente etiológico do coronavírus, ou seja, o agente causador da doença, foi identificado e caracterizado ainda em janeiro de 2020, menos de um mês depois de serem notificados os primeiros casos em Wuhan, na China. Em 11 de janeiro, pesquisadores chineses já tinham a sequência genética do vírus. Em 11 de fevereiro, o vírus recebeu o nome de SARS-Cov-2. No Brasil, o sequenciamento do genoma do coronavírus foi feito já em fevereiro de 2020, pouco tempo depois do primeiro relato no país.
“Esse sequenciamento é feito também para identificar as infecções. O interesse é ver as linhagens do vírus que estão circulando, por onde estão se espalhando. Isso quer dizer que o sequenciamento não é feito só uma vez, mas repetidas vezes e em vários países”, explicou, por telefone, a médica epidemiologista e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Ana Luiza Curi Hallal.
Também não é verdade que a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, não tenha um grupo de sintomas específicos. Existe, sim, um grupo de sintomas característicos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), febre, tosse seca e cansaço são os mais comuns. Outros sinais são dor de garganta, diarreia, dor de cabeça e perda de olfato e paladar. Dificuldade para respirar, pressão no peito e perda da fala e de movimentos são sintomas graves da doença.
No Brasil, o Ministério da Saúde indicou um manual de orientações técnicas para atendimento e diagnóstico da Covid-19 em todos os estados. “Tanto que existe uma definição oficial para casos suspeitos. Ao confirmar, por critério de exame laboratorial ou exame de imagem específico, por exemplo, aí então o caso entra na base de dados”, disse a epidemiologista Ana Luiza Curi Hallal.
“Não tomando a vacina, tu tem 99,7% de chance de sobreviver. Até mais que isso. Se tu tomar hidroxicloroquina, ivermectina e zinco, esses coquetéis, tu tem 99,9%, para não dizer 100%, depende das tuas circunstancias fisiológicas no momento”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
O áudio analisado pela Lupa é falso. De acordo com instituições internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NHI, na sigla em inglês), não há, até o momento, medicamentos que comprovadamente reduzem o risco de infecção pela Covid-19.
No último domingo (17), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) se manifestou publicamente acerca do colapso do sistema de saúde no Amazonas e também sobre o tratamento precoce da doença. Segundo a instituição, não existem dados conclusivos sobre a eficácia e segurança de fármacos como ivermectina, nitazoxanide, cloroquina ou hidroxicloroquina para tratamento ou profilaxia da Covid-19. “Alertamos que até o presente momento não existe tratamento farmacológico precoce da Covid-19 com eficácia e segurança comprovada”, diz o documento.
Conforme já explicado pela Lupa, diversos estudos publicados já comprovaram que não há eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. Um exemplo é o Recovery Trial, coordenado pela Universidade de Oxford, que suspendeu testes em junho com o remédio ao notar que ele não mostrou benefício no tratamento da doença. Em julho, a iniciativa Solidarity Trial, coordenado pela OMS, encerou testes com a hidroxicloroquina. Um estudo brasileiro, publicado em novembro no periódico New England Journal of Medicine, também comprovou que a hidroxicloroquina é ineficaz no tratamento de casos leves e moderados da Covid-19.
“O próprio HIV foi criado em laboratório, isso já se sabe também e já vão ser liberadas essas informações também (…).”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
O áudio analisado pela Lupa é falso. O vírus HIV, causador da Aids, foi identificado pela primeira vez em humanos nos anos 1920 na região da atual República Democrática do Congo. Em 1999, pesquisadores encontraram uma cepa de SIV (chamada SIVcpz) em um chimpanzé que era quase idêntica ao HIV em humanos, indicando que a origem do vírus é animal. Em 2006, outro estudo publicado na revista Science corroborou com a hipótese.
De acordo com a organização Avert – Informação e Educação global sobre HIV, o contágio em seres humanos se deu a partir de chimpanzés portadores do Vírus da Imunodeficiência Simian (SIV), um vírus intimamente relacionado ao HIV, que foram caçados e comidos por moradores locais.
“O teste do PCR é totalmente falso. Quem tiver alguma dúvida no teste do PCR, ele não foi feito pra isso, ele testa um cromossomo, não testa nada de vírus, desse aí. A pessoa tá com resfriado dá positivo, uma mão dá positivo, a Coca-Cola dá positivo, o abacaxi dá positivo. Tudo dá positivo. O PCR é só para aumentar os números. E para justificar a quarentena, justificar as vacinas e botar medo nas pessoas. Tomara que muita gente tome essa vacina porque o mundo precisa se libertar desses ignorantes que a gente tem aí no Brasil.”
Áudio que circula em grupos de WhatsApp
O áudio analisado pela Lupa é falso. O teste RT-PCR (Reação de Transcriptase Reversa seguida de Reação em Cadeia da Polimerase, em tradução da sigla em inglês), também conhecido como teste molecular, identifica a presença do ácido ribonucleico (RNA) viral do SARS-CoV-2. É um dos dois principais exames para identificar a infecção pelo novo coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde, se feito na janela de tempo correta, a eficácia é acima de 90%. “O teste PCR vê o material genético e, portanto, é o melhor teste para identificar a doença. Tem acurácia acima de 90% e é raro dar um falso positivo”, confirma a médica e professora da UFSC Ana Luiza Curi Hallal.
Recomenda-se que esse teste seja feito no início da doença, especialmente na primeira semana, quando se tem grande quantidade do vírus Sars-CoV-2 no organismo. As amostras são coletadas por meio de swabs (cotonetes) de nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta).
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Manifestação sobre carta aberta à população do Fórum dos Conselhos Regionais
Parte integrante do Fórum dos Conselhos Regionais e Ordens das Profissões Regulamentadas do Estado do Rio Grande do Sul (Fórum-RS), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) manifesta-se publicamente favorável à carta aberta divulgada, nesta terça-feira (19), pelo fórum de entidades.
Bem como o Fórum-RS, o Cremers posicionou-se a favor da ciência e da vacinação contra a Covid-19 em nota oficial comunicada aos médicos e à população na última sexta-feira (15).
O Conselho reforça, junto às entidades representadas no Fórum-RS, que a vacinação aliada à manutenção das medidas sanitárias de prevenção e contenção da Covid-19 é o caminho para enfrentar a pandemia que já causou a morte de mais de 210 mil brasileiros.
O Cremers reitera que anseia que os gestores públicos se empenhem em proteger a população, utilizando-se dos conhecimentos científicos associados à vacina, bem como de informações claras e acessíveis sobre a segurança e sobre quem receberá a imunização e de que forma.
Porto Alegre, 19 de janeiro de 2021.
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