Médicos de Porto Alegre são vacinados no Cremers no sábado
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), atendendo à solicitação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre, disponibilizou estrutura física e de pessoal para a vacinação contra a Covid-19 de médicos, no sábado (6).
Foram imunizados profissionais moradores de Porto Alegre, registrados no Cremers e, preferencialmente, com 60 anos ou mais, na ativa e que não fazem parte de Corpo Clínico hospitalar.
Para a imunização dos profissionais, a SMS disponibilizou 1,5 mil doses da AstraZeneca/Oxford. Para participar do processo, os registrados se cadastraram previamente, por meio de formulário, sendo que foram recebidas 1.711 manifestações de interesse.
A vacinação seguiu os critérios de imunização estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O Cremers estruturou, em um de seus auditórios, na sede em Porto Alegre, três guichês de vacinação. Todas as medidas de segurança sanitária foram respeitadas. De acordo com a SMS, que verificou in loco todo o processo de imunização, foram vacinados 502 médicos.
Outros 57 profissionais compareceram ao Cremers, mas não foram imunizados, pois não fizeram o cadastro prévio. A lista com os dados dos 50 residentes em Porto Alegre foi encaminhada para conhecimento da SMS.
As doses excedentes da vacina, assim como todo o material descartado, foram devolvidas à SMS na segunda-feira (8).
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Cremers promove transmissão ao vivo sobre vacinas testadas no Rio Grande do Sul
Nesta quinta-feira (11), às 19h, o Cremers promove live sobre as vacinas contra Covid-19 testadas no Rio Grande do Sul. Serão apresentados três estudos – Oxford/AstraZeneca, Coronavac/Sinovac e Johnson/Janssen – desenvolvidos, respectivamente, pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), pelo Hospital São Lucas (HSL) e pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC).
Os palestrantes serão os médicos infectologistas Eduardo Sprinz, Fabiano Ramos e Breno Riegel Santos e o pediatra Juarez Cunha, que falará sobre a estratégia nacional de imunização. O debate terá abertura da segunda-secretária do Cremers, Maria Fernanda Detanico, e moderação do médico do Serviço de Infectologia do Hospital Moinhos de Vento, Paulo Ernesto Gewehr Filho.
O objetivo da transmissão é possibilitar que médicos e demais interessados tenham conhecimento dos estudos que comprovam a segurança de cada imunizante aplicado na população brasileira. Os coordenadores dos testes no RS vão explicar como cada vacina funciona e esclarecer sobre mitos e boatos.
A live será transmitida na página do Cremers no Facebook, em facebook.com/cremersoficial.
Palestrantes:
Eduardo Sprinz, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e responsável pelos testes clínicos da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca.
Fabiano Ramos, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital São Lucas (HSL), à frente da pesquisa clínica da vacina Coronavac, produzida pela Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan.
Breno Riegel Santos, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), que coordena a pesquisa da vacina desenvolvida pelo laboratório belga Janssen-Cilag, unidade farmacêutica da Johnson & Johnson.
Juarez Cunha, pediatra, Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), médico da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, membro dos Comitês de Cuidados Primários e Infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) e da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Moderador:
Paulo Ernesto Gewehr Filho, médico infectologista (Ufrgs/HCPA), especialista em Infectologia Hospitalar e Controle de Infecção (HCPA), MBA em Gestão da Saúde e Gestão de Projetos (FGV), médico do Serviço de Infectologia do Hospital Moinhos de Vento e supervisor médico do Hospital Moinhos de Vento.
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Nota de Pesar
O Cremers lamenta profundamente o falecimento de Iván Antonio Izquierdo, médico e cientista argentino, naturalizado brasileiro e radicado no Rio Grande do Sul. Foi pioneiro no estudo da Neurobiologia da memória e do aprendizado e uma referência reconhecida no mundo inteiro.
Considerado um dos maiores pesquisadores do mundo na área de Fisiologia da Memória, deixa como legado conhecimento e inspiração para a formação de novos cientistas.
O Cremers estende suas condolências aos familiares, amigos e colegas de Iván Izquierdo.
É falso calendário de imunização de idosos compartilhado na internet
Circula, nas redes sociais, um calendário falso de imunização de idosos em Postos de Saúde com datas a partir de 1º de março. A mensagem é compartilhada junto com notícia verdadeira publicada no site do Jornal do Comércio, que informa sobre vacinação que ocorre a partir desta quarta-feira (10) (confira aqui).
A informação do calendário foi desmentida por órgãos oficiais e também veículos de comunicação de diversos estados brasileiros. No Rio Grande do Sul, a informação foi verificada junto à Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS), que publicou em seus perfis oficiais na internet que não há qualquer definição de data para vacinação, a não ser a que começa em 10 de fevereiro.
Confira a mensagem falsa que está sendo compartilhada:

Vacinação de profissionais de Saúde em Porto Alegre
De 10 a 13 de fevereiro, a SMS vacina os profissionais da Saúde contra a Covid-19 no Centro de Saúde IAPI (Rua Três de Abril, 90, Passo D’Areia). Serão disponibilizadas cerca de 13 mil doses, das 8h às 17h.
De acordo com a SMS, para receber a vacina é preciso portar documento de identificação e comprovação de residência. O atendimento será realizado por ordem de chegada.
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Saiba mais clicando aqui.
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É falso que estudo da USP comprovou eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19
*Reprodução da Agência Lupa.
Circula pelas redes sociais que um estudo da Universidade de São Paulo (USP) comprovou a eficácia do uso da hidroxicloroquina e da azitromicina no tratamento da Covid-19. O material foi checado pela Agência Lupa.
A informação analisada é falsa. O estudo da USP mencionado no texto tinha como objetivo avaliar se a adição de colchicina ao tratamento padrão para Covid-19 conseguiria tratar pacientes infectados com o novo Coronavírus. A pesquisa começou em abril de 2020 e, naquela época, o Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto — local onde o ensaio clínico foi realizado — tinha como protocolo de tratamento institucional o uso de hidroxicloroquina, azitromicina e heparina. Contudo, a pesquisa buscava observar como a adição da colchicina iria beneficiar os pacientes que participaram do teste.
O ensaio clínico randomizado contou com 72 pacientes que foram divididos em dois grupos, uma parte tomou colchicina e a outra tomou placebo. Por conta do protocolo em vigor, todos tomaram hidroxicloroquina, azitromicina e heparina ao longo do período do teste. Por essa razão, os resultados sinalizados no estudo apontam como a inclusão da colchicina pode influenciar o tratamento da Covid-19. Em nenhum momento o estudo afirma que a hidroxicloroquina e a azitromicina são eficazes no combate à doença, como afirma o título analisado pela Lupa. Desde agosto de 2020, esses medicamentos não são utilizados como protocolos no hospital da USP.
O resultado da pesquisa foi que a colchicina reduziu o tempo de necessidade de oxigênio suplementar e o tempo de hospitalização do grupo que tomou esse medicamento. No grupo, a morte foi um evento incomum e, por essa razão, não foi possível garantir que o medicamento reduz a mortalidade de Covid-19. Entre aqueles que tomaram a colchicina, o efeito adverso mais presente foi diarreia.
“De modo geral, a colchicina é considerada segura. Mas é importante ressaltar que, no caso da COVID-19, os benefícios foram observados apenas em pacientes hospitalizados e com algum nível de comprometimento pulmonar. Não recomendamos o uso indiscriminado do fármaco, nem para prevenção e nem para tratar sintomas leves da doença”, disse Paulo Louzada Junior, professor da FMRP-USP e coautor do artigo, em texto publicado pela Agência Fapesp.
Apesar do resultado positivo, esse medicamento ainda não tem eficácia comprovada no tratamento do novo Coronavírus. Os autores do ensaio clínico apontam a necessidade de um estudo com mais pessoas para confirmar os benefícios e ver como essa droga se comporta em casos mais graves da doença.
A colchicina é um anti-inflamatório usado no tratamento de doenças como gota. Assim como a dexametasona, outra droga considerada promissora, o medicamento não age diretamente contra o vírus, e sim contra a chamada “tempestade de citocina”, resposta exacerbada do sistema imune que pode causar sintomas graves. Esse quadro é relativamente comum entre pacientes com quadros graves de Covid-19.
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Sábado é de vacinação para os médicos de Porto Alegre registrados no Cremers
Os médicos moradores de Porto Alegre e registrados no Cremers têm a oportunidade de receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 neste sábado (6). A iniciativa é resultado de parceria entre a autarquia federal e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital, que disponibilizou 1,5 mil doses da AstraZeneca/Oxford para imunização dos profissionais.
A mobilização para vacinação dos médicos começou no início da noite de quarta-feira (3), quando o Cremers abriu o pré-cadastramento dos médicos interessados em receber a vacina. Até o meio-dia de sexta-feira (5), foram recebidas 1.711 manifestações de interesse de médicos residentes em Porto Alegre e, de preferência, que não fazem parte de Corpo Clínico hospitalar. Médicos com mais de 60 anos tiveram prioridade, conforme os critérios de imunização estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O Cremers estruturou, em um de seus auditórios, na sede em Porto Alegre, três guichês de vacinação. Todas as medidas de segurança sanitária foram respeitadas. Até o início da tarde de sábado (6), foram imunizados cerca de 500 médicos. A organização, que contou com o trabalho de funcionários e conselheiros da autarquia, permitiu que todos fossem atendidos com agilidade.
O médico psiquiatra Gustavo Soares fez questão de registrar o momento, mostrando a carteira de vacinação. “Está tudo muito organizado, desde o início do processo”, relatou. A anestesiologista e professora de Farmacologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Maria Beatriz Ferreira, foi uma das primeiras a receber a vacina e ficou satisfeita com a rapidez e a agilidade do atendimento.
A segunda dose da vacina AstraZeneca/Oxford deve ser aplicada em 12 semanas. No entanto, a organização do posto avançado na sede do Cremers depende da disponibilização de vacinas por parte da SMS.
Mutirão
Outras entidades também foram mobilizadas para a vacinação de profissionais da Saúde em Porto Alegre. Ao todo, a SMS disponibilizou 12 mil doses das vacinas CoronaVac e AstraZeneca/Oxford, que foram distribuídas em cinco pontos: Cremers, Simers, Amrigs, Conselho Regional de Odontologia (CRO-RS) e Associação Brasileira de Odontologia (ABO-RS).
Ampla vacinação
Conforme acordado com a SES, em reunião no dia 29 de janeiro, o Cremers está organizando uma relação de médicos que ainda não foram vacinados. A lista será encaminhada às secretarias da Saúde dos municípios gaúchos para que os gestores municipais organizem a imunização dos profissionais do interior, seguindo os critérios de prioridades determinados pela SES.
O objetivo é contribuir para que todos os médicos tenham acesso à vacinação, promovendo a ampla imunização dos profissionais que não pertencem a Corpo Clínico hospitalar, ou seja, que atuam em consultórios e clínicas.
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Cremers busca ampla vacinação contra Covid-19 para médicos do Rio Grande do Sul
Médicos devem responder se foram vacinados entrando no Espaço do Médico até segunda (8)
Conforme acordado com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em reunião no dia 29 de janeiro, o Cremers está organizando uma relação de médicos que ainda não foram vacinados. A lista será encaminhada às secretarias municipais da Saúde do Rio Grande do Sul para que os gestores municipais organizem a imunização dos profissionais do interior, seguindo os critérios de prioridades determinados pela SES.
O objetivo é contribuir para que todos os médicos tenham acesso à vacinação, promovendo a ampla imunização dos profissionais que não pertencem a Corpo Clínico hospitalar, ou seja, que atuam em consultórios e clínicas.
“Queremos que a vacinação atinja também os profissionais da ponta, aqueles sem vínculo a hospitais ou unidades de Saúde que atendem à Covid-19. Eles também precisam estar imunizados para atender adequadamente à população”, justificou o vice-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade.
Até segunda-feira (8), os médicos registrados no Cremers que entrarem no site do órgão (cremers.org.br), no Espaço do Médico, poderão responder a um breve questionário indicando se já foi imunizado e se pertence ou não a Corpo Clínico hospitalar. Esse questionário será utilizado para a organização da listagem a ser enviada à SES.
A recomendação do governo do Estado para a estratificação dos grupos prioritários dos trabalhadores da Saúde segue cronograma do Conselho das Secretarias de Saúde do Estado (Cosems). Desde o primeiro dia de vacinação (18 de janeiro), a SES divulga o ordenamento de prioridades que ocorre de acordo com a quantidade de doses recebidas e sua logística de distribuição.
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Cremers participa de reunião do COE-RS
O conselheiro do Cremers, Fabiano Nagel, representou a autarquia, na manhã desta sexta-feira (5), na reunião do Centro de Operações de Emergências (COE) do Rio Grande do Sul, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O encontro foi coordenado pela secretária da Saúde, Arita Bergmann, e contou com a presença de representantes dos conselhos regionais de Enfermagem (Coren-RS) e Farmácia (CRF-RS) e do Ministério Público Estadual (MP-RS), entre outras entidades.
Os temas discutidos foram a vacinação no Rio Grande do Sul, o retorno às atividades escolares e o perfil genotípico das infecções por Covid-19.
O Rio Grande do Sul está entre os três estados com mais testes de identificação genotípica realizados no Brasil.
Confira aqui os dados sobre genotipagem da Covid-19 no RS e no Brasil
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Vídeo sobre idosa morta após tomar vacina é de 2018 e imunizante não foi a causa do óbito
*Reprodução de Aos Fatos.
É de 2018, não atual, um vídeo em que é noticiada a morte de uma idosa de Goiânia (GO) que havia tomado a vacina contra a gripe H1N1, diferentemente do que sugerem postagens nas redes sociais (veja aqui). A causa do óbito também não foi o imunizante, mas um infarto agudo do miocárdio, segundo laudo divulgado na época.
Postagens que trazem o vídeo fora de contexto reuniam 123.900 compartilhamentos até a tarde desta sexta-feira (5) no Facebook e foram marcadas com o selo DISTORCIDO na ferramenta de verificação da plataforma (saiba como funciona).
Circula como se fosse atual nas redes sociais um trecho de reportagem da Rede Record exibida em 19 de abril de 2018 sobre a morte de uma idosa em Goiânia (GO) logo após uma injeção da vacina contra a gripe H1N1.
A reportagem completa mostra que Maria Batista da Silva, 71, começou a passar mal quando retornava do posto de saúde Ville de France, teve um mal súbito e morreu enquanto ainda recebia os primeiros socorros. Na época, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia divulgou que o laudo de óbito não apontou relação com a vacina, mas um infarto agudo do miocárdio. A reportagem da Record informa ainda que a idosa tinha problemas cardíacos e já havia tomado a mesma vacina outras vezes, sem complicações posteriores.
Ao jornal O Popular, Paulo Henrique da Silva, filho da idosa, comentou que não relacionava a causa do óbito com a vacina contra a gripe já que nunca tinha sofrido problemas antes.
Instituições como a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o Ministério da Saúde não elencam ataques cardíacos entre os possíveis efeitos adversos da vacina contra a gripe. As principais manifestações são dor, vermelhidão e endurecimento da pele, que acometem de 15% a 20% dos vacinados. Febre, mal-estar e dor muscular podem ocorrer entre 1% e 2% dos imunizados.
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Não há estudos que mostram maior letalidade ou imunidade a vacinas de variante do novo coronavírus
*Reprodução Agência Lupa.
Circula pelas redes sociais uma imagem com diversas informações sobre a variante do novo Coronavírus identificada em Manaus, no Amazonas. O texto afirma que o vírus é “70% fatal” e que as vacinas contra a Covid-19 que estão sendo aplicadas nos brasileiros não serão capazes de imunizar a população contra essa nova variante. O conteúdo passou por verificação da Agência Lupa.

“O vírus da Covid que está em Manaus (…) é 70% fatal”
Texto em imagem que, até às 13h do dia 04 de fevereiro de 2021, tinha sido compartilhado por 100 pessoas no Facebook
Os pesquisadores da Fiocruz Amazônia ainda estão desenvolvendo uma pesquisa para averiguar a letalidade da variante do novo coronavírus que surgiu em Manaus. Contudo, até o momento, nenhum dado oficial foi divulgado. Sendo assim, qualquer informação que circula pelas redes sociais sobre esse assunto deve ser analisada com cautela.
(…)
“E a vacina que tomamos não será imuni [a variante do novo coronavírus]”
Texto em imagem que, até às 13h do dia 04 de fevereiro de 2021, tinha sido compartilhado por 200 pessoas no Facebook
Até o momento, não é possível afirmar que as vacinas contra o novo coronavírus aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não são capazes de imunizar a população contra essa nova variante. Os institutos responsáveis pelo desenvolvimento desses imunizantes ainda estão realizando pesquisas sobre o assunto.
A assessoria de imprensa do Instituto Butantan – que produz a CoronaVac – informou que está realizando estudos em relação à variante identificada no Amazonas, ao mesmo tempo em que a Sinovac avalia variantes encontradas na Inglaterra e na África do Sul. A Fiocruz – que está produzindo a vacina da Universidade de Oxford/AstraZeneca – disse que encaminhou amostras da variante para a Universidade de Oxford. Até o momento, o resultado da análise não foi divulgado.
Em janeiro, dados sobre duas vacinas – Novavax e J&J – mostraram que os imunizantes têm menor eficácia contra algumas variantes do novo Coronavírus, como a surgida na África do Sul e no Reino Unido. Porém isso não significa que a pessoa que recebeu a vacina esteja completamente desprotegida e capaz de ser infectada pelo vírus. Mesmo assim, as duas empresas já começaram a trabalhar na formulação de uma nova vacina para barrar a disseminação deste vírus.
Por telefone, o coordenador do Instituto Questão de Ciência e doutor em Microbiologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), Luiz Gustavo de Almeida, lembrou que algumas vacinas que usam a tecnologia do vírus inativado – como é o caso da CoronaVac, por exemplo – ensinam o sistema imunológico a reconhecer outras estruturas do coronavírus além da proteína spike, o que pode possibilitar uma resposta imunológica correta do organismo mesmo se houver mudança nessa característica.
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