TelessaúdeRS-Ufrgs cadastra interessados em participar de Telemonitoramento da Covid-19
O TelessaúdeRS-Ufrgs, núcleo de pesquisa vinculado ao programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), abriu cadastramento para interessados em participar do projeto de Telemonitoramento da Covid-19 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Serão selecionados graduandos em áreas da Saúde e profissionais graduados – vinculados ou não a programas de pós-graduação ou residência – para atendimento on-line de casos da doença.
O objetivo do Telemonitoramento é ajudar a conter a disseminação da Covid-19, diminuindo os atendimentos presenciais desnecessários de pacientes contaminados, ao mesmo tempo em que avalia e orienta sobre a necessidade de comparecimento presencial.
Enquanto vigorar o estado de bandeira preta em Porto Alegre, o trabalho será exclusivamente remoto. Para participar, é necessário computador com acesso à internet e fone de ouvido com microfone ou headset. As ligações são efetuadas por meio de programa de VoiP, vinculado à Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Fora da bandeira preta, o trabalho também será realizado no Laboratório de Informática da Faculdade de Medicina da Ufrgs.
As atividades são desenvolvidas de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Os estudantes receberão comprovante de participação em projeto de extensão, vinculado ao TelessaúdeRS-Ufrgs, conforme a carga horária cumprida.
- Publicado Em Coronavírus, Notícias
É falso vídeo gravado no HMV que sugere que a pandemia de Covid-19 é uma farsa
Circula nas redes sociais um vídeo gravado nas dependências do Hospital Moinhos de Vento (HMV), de Porto Alegre, com alegações de que não há superlotação ou gravidade na situação enfrentada na instituição durante as últimas semanas de enfrentamento à Covid-19. As imagens mostram uma situação diferente da que é relatada nos noticiários, principalmente após a decisão do governo do Estado de classificar todo o território do Rio Grande do Sul como Bandeira Preta, apontando o alto risco de transmissão da doença e a superlotação de unidades e hospitais. A informação do vídeo é falsa e chegou ao conhecimento do Cremers como denúncia enviada por e-mail por Fernanda Caregnato.
Na mensagem, Fernanda descreve que recebeu “um vídeo de um senhor chamado Antônio (…). No vídeo, ele aparece filmando as dependências do Hospital Moinhos de Vento, afirmando que tudo está calmo com relação ao número de pessoas que transitam por ali, e que não há razão de tanto alarde com relação à situação de superlotação dos hospitais. Afirma ainda que a notícia de que haveria a possibilidade de o hospital locar uma câmara fria para alocação dos corpos era mentira”.
O HMV manifestou-se sobre o vídeo. Em esclarecimento, publicado no dia 3 de março, a instituição afirma que “o vídeo gravado nas dependências da instituição e que sugere que a situação vivida é tranquila não reflete a realidade. Além de captado sem autorização, traz informações imprecisas. O hospital registra, hoje, os mais altos índices de internações e agravamento de casos”. A checagem do fato também foi realizada pelas agências Lupa (confira aqui) e Aos Fatos (clique aqui para ler).
Leia o esclarecimento do hospital na íntegra:
O Hospital Moinhos de Vento esclarece que o vídeo gravado nas dependências da instituição e que sugere que a situação vivida é tranquila não reflete a realidade. Além de captado sem autorização, traz informações imprecisas. O hospital registra, hoje, os mais altos índices de internações e agravamento de casos.
Conforme já divulgado em nota nesta semana, a instituição está com mais de 100% de ocupação dos leitos de terapia intensiva e também opera acima da capacidade destinada a pacientes infectados pelo coronavírus nas áreas de internação.
A ideia de normalidade sugerida pelo vídeo é, na verdade, resultado das medidas adotadas pelo Comitê de Enfrentamento da Covid-19, visando a manter os padrões de qualidade assistencial e médica da instituição. O hospital abriu leitos de terapia intensiva de retaguarda e fechou a tenda de atendimento a pacientes com suspeita de infecção pelo coronavírus, citada na gravação, direcionando para o atendimento da Emergência, que só recebe casos classificados como vermelho e laranja. Também, limitou a transferência de pacientes que necessitam de leitos no Centro de Terapia Intensiva. Os esforços são voltados a proporcionar o suporte necessário para ocasionar os melhores desfechos possíveis. Familiares de pacientes com Covid-19 não circulam pelo hospital e são orientados a permanecer em casa, uma vez que as visitas são vedadas nesses casos.
O Hospital Moinhos de Vento reforça que esse tipo de conteúdo é irresponsável e fere princípios legais, pois expõe pacientes da instituição sem autorização de uso da imagem. Também alerta a população para que desconfie e não compartilhe informações não oficiais e duvidosas. Além disso, os profissionais de saúde da instituição se sentiram desrespeitados num momento em que muitos estão privados do convívio familiar e com todas as atenções e esforços voltados ao atendimento dos pacientes com um único objetivo: salvar vidas.
Hospital Moinhos de Vento
Fake news? Aqui, não!
O Cremers lançou, em fevereiro, um canal exclusivo para auxiliar no combate às fake news. Na página, que pode ser acessada em cremers.org.br/fake-news, podem ser encaminhadas dúvidas e questionamentos por meio de formulário on-line, que pode ser acessado aqui.
As informações serão reunidas e esclarecidas pelo Cremers. O usuário deve incluir informações básicas como nome, e-mail, município, estado, profissão e a informação que gostaria de checar. Os profissionais do Conselho buscarão respaldo técnico sobre o assunto para formalizar esclarecimentos.
- Publicado Em Coronavírus, Fake News
Comunicado aos médicos
Em 10 de março de 2020, o Rio Grande do Sul registrava o primeiro caso de contaminação por Sars-CoV-2.
Passado um ano de enfrentamento à pandemia de Covid-19, os médicos ainda têm muito trabalho, dedicação e superação pela frente. Afinal, enfrentamos o pior momento da pandemia e do esgotamento do sistema de saúde.
Nesta data, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) reconhece solenemente os profissionais médicos que atuam na linha de frente de combate à Covid-19, que trabalham, muitas vezes, acima de sua capacidade operacional, correndo riscos extremos e enfrentando condições inadequadas de carga horária, equipamentos e instalações.
O Cremers reitera que está à disposição e ao lado dos médicos, no sentido de buscar as melhores condições possíveis de trabalho e de valorização profissional, neste momento e futuramente.
Porto Alegre, 10 de março de 2021.
Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers)
- Publicado Em Coronavírus, Destaques, Notícias
Cremers recebe apoio da Assembleia Legislativa para projeto de emissão on-line de receitas controladas
O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), Eduardo Neubarth Trindade, reuniu-se com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul (ALRS), Gabriel Souza, na manhã desta terça-feira (9), para apresentar o projeto de emissão de receitas controladas.
O projeto, desenvolvido pelo Cremers em parceria com o Conselho Regional de Farmácia (CRF-RS), busca disponibilizar receitas controladas (notificações A e B) por meio eletrônico, e conta com aprovação e suporte do governo do Estado e da Secretaria Estadual da Saúde (SES).
SAIBA MAIS SOBRE O PROJETO AQUI.
Na audiência, Trindade explicou que a emissão de receitas controladas, que são aquelas mais utilizadas por médicos psiquiatras e oncologistas para prescrever medicamentos controlados para tratamento de pacientes, é inovadora e vai beneficiar pacientes, médicos e farmacêuticos. “É um ganho para todos, para a sociedade gaúcha e para o Estado, sem qualquer ônus. Além disso, as informações que o Estado detém hoje, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, de forma física, serão disponibilizadas com mais segurança de forma eletrônica”, completou.
O presidente da ALRS reforçou a necessidade da ferramenta, no sentido de implantar um sistema mais seguro para as partes envolvidas, inclusive, reprimindo fraudes e permitindo maior controle na emissão e na dispensação de medicações por parte do Estado.
Trindade relatou que o Cremers foi pioneiro no Brasil ao viabilizar, no início da pandemia, em abril deste ano, plataforma para emissão de receituários e atestados a distância, atendendo à demanda dos médicos e da população, que tinha restrição de deslocamento a consultórios, clínicas e hospitais. Por meio da ferramenta, já foram emitidos mais de 645 mil receitas, mais de 65 mil atestados e mais de 12 mil exames.
Além do apoio ao projeto de emissão de receitas controladas, Gabriel Souza anunciou a necessidade de firmar um Termo de Cooperação com o Cremers para subsidiar a Presidência da Casa e os parlamentares com informações técnicas na área da Saúde e, com isso, produzir melhores resultados e decisões melhor fundamentadas para a população.
Com fotos de Joel Vargas/ALRS e Ascom/Cremers
- Publicado Em Coronavírus, Destaques, Notícias
Atenção, médicos!
Atendendo ao Decreto Estadual 55.782, de 5 de março de 2021, que trata de medidas sanitárias segmentadas referentes à Bandeira Final Preta, incluindo as atividades exercidas pelos Conselhos Profissionais, o Cremers funcionará com pessoal reduzido a partir desta terça-feira (9).
O Conselho conta com a compreensão dos médicos registrados e alerta que o atendimento presencial segue suspenso.
Para atendimento de casos urgentes, faça agendamento pelo e-mail agendamento@cremers.org.br. Para outras dúvidas, entre em contato pelo telefone (51) 3300-5400, de segunda à sexta-feira, das 10h às 16h.
- Publicado Em Coronavírus, Destaques, Notícias
É falso que CDC admitiu que máscaras não protegem contra a Covid-19
*Reprodução de Aos Fatos.
Não é verdade que o CDC (Centers for Disease Control, órgão de saúde do governo dos Estados Unidos) admitiu que o uso de máscaras faciais é insignificante contra a Covid-19 (veja aqui). O estudo compartilhado por peças de desinformação nas redes sociais foi publicado pelo órgão no dia 5 de março e afirma exatamente o contrário: a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais, associada à restrição do consumo em bares e restaurantes, ajudou a desacelerar a propagação da doença entre os americanos.
Posts com o conteúdo enganoso acumulavam ao menos 1.600 compartilhamentos nesta segunda-feira (8) e foram marcados com o selo FALSO na plataforma de verificação do Facebook (saiba como funciona).
É falso que um estudo do CDC publicado no Morbidity and Mortality Weekly Report (Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade do órgão) no dia 5 de março disse que máscaras faciais são insignificantes contra a disseminação da Covid-19. A pesquisa, que vem sendo citada por peças de desinformação, concluiu exatamente o inverso e só reforçou a importância das máscaras.
Em uma reunião da equipe de resposta à Covid-19 da Casa Branca, na última sexta-feira (5), a diretora do CDC, Rochelle Walensky, disse que o relatório é um lembrete crítico de que, com os níveis atuais de casos de Covid-19 nos EUA e disseminação contínua de variantes mais transmissíveis do vírus, seguir estritamente as medidas de prevenção continua sendo essencial para pôr fim a esta pandemia. “Também serve como um alerta sobre a suspensão prematura dessas medidas de prevenção”, disse Rochelle.
No texto, os autores dizem que a obrigatoriedade do uso de máscaras foi associada a diminuições estatisticamente significativas tanto dos casos diários de Covid-19 quanto nas taxas de crescimento da mortalidade. O impacto da medida foi detectado em até 20 dias após a determinação do uso da proteção facial por parte de estados norte-americanos. Associada às restrições de consumo em bares e restaurantes, a medida teve impacto ainda maior.
- Publicado Em Fake News
COMUNICADO AOS MÉDICOS
Considerando que as instituições hospitalares têm capacidade operacional limitada para prestar atendimento com qualidade e seguindo os critérios científicos da Medicina, e que os médicos, equipe de saúde e hospitais respondem ética, civil e criminalmente pelo atendimento além da capacidade instalada, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) reforça o que determina o Artigo 1º da Resolução CFM 1672/2003:
1. “Antes de decidir a remoção do paciente, faz-se necessário realizar contato com o médico receptor ou diretor técnico no hospital de destino, e ter a concordância do(s) mesmo(s).”
2. “Todo paciente removido deve ser acompanhado por relatório completo, legível e assinado (com número do CRM), que passará a integrar o prontuário no destino. Quando do recebimento, o relatório deve ser também assinado pelo médico receptor.”
O Cremers ainda destaca o Parágrafo único do Artigo 1º da Resolução Cremers 005/2011, que dispõe sobre o conceito de vaga zero e o transporte inter-hospitalar de pacientes:
3. “Após obtidas as condições clínicas que permitam a transferência do paciente, o fato será comunicado à regulação, persistindo a responsabilidade do gestor público pela obtenção de vaga, para continuidade do tratamento e, se necessário, com a compra de leitos, na forma da lei.”
Por fim, o Cremers lembra que, segundo o Código de Ética Médica, “o alvo de toda atenção do médico é a saúde do ser humano em benefício da qual deverá agir com o máximo zelo e o melhor de sua capacidade profissional”.
E se o médico for obrigado a atender acima da capacidade operacional do hospital, deve comunicar ao diretor técnico – que é responsável pelas condições de trabalho –, ao Cremers, ao gestor público e ao Ministério Público.
Porto Alegre, 5 de março de 2021.
Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers)
- Publicado Em Coronavírus, Destaques, Notícias
É falso que taxa de mortalidade aumentou em Israel após aplicação da vacina da Pfizer
*Reprodução da Agência Lupa.
Circula pelas redes sociais que a taxa de mortalidade por Covid-19 aumentou em Israel depois que o país começou a vacinar a população com as doses do imunizante da Pfizer. O post reproduz o título de um conteúdo publicado no site ContraFatos e sugere que essa denúncia foi feita por pesquisadores. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“Pesquisadores: Taxas De Mortalidade Disparam Em Israel Após Vacinação Contra COVID Da Pfizer”
Título de conteúdo publicado no Facebook que, até as 18h do dia 5 de março de 2021, tinha sido compartilhado por 93 pessoas
A informação analisada é falsa. Israel começou a campanha de vacinação no final de dezembro com o imunizante da Pfizer/BioNTech, e desde o final de janeiro, a curva de novos casos e de mortes diárias por Covid-19 vem caindo. O último pico de óbitos registrados em um único dia no país foi em 21 de janeiro, quando 101 pessoas faleceram, conforme os dados disponíveis na plataforma Worldometers. Diferentemente do que sugere a publicação, de lá para cá os números diminuíram e em 4 de março caíram para 19.
A publicação Our World in Data, plataforma que reúne dados analíticos e estatísticos sobre o novo coronavírus em todo o mundo, criou uma página especial para medir como a vacinação está impactando a evolução de casos da doença em Israel. Em 4 de março, a plataforma indicou que mais de 40% da população já tinha recebido a segunda dose da vacina. Também mostrou que, até 6 de fevereiro, 80% das pessoas acima de 60 anos do país receberam a primeira ou segunda dose. Como resultado, o número de hospitalizações de idosos com quadro grave de Covid-19 caiu, bem como o número de mortes vem decrescendo.
- Publicado Em Fake News
É antigo comunicado alertando para pico de casos de Covid-19 no Brasil
*Reprodução da Agência Lupa
Circula pelo WhatsApp um comunicado da Unimed Cataguases afirmando que o “pico do vírus” acontecerá entre os dias 6 e 20 de abril. Por essa razão, a entidade estaria recomendando para que as pessoas evitassem sair de casa para não serem contaminadas pela Covid-19. Por WhatsApp, leitores da Agência Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação:
“O pico do vírus será de 06 a 20 de abril, se o pico dos casos for realmente nestes dias, a maioria das pessoas se contaminarão entre hoje e a próxima quarta-feira. Para que o pico seja mais brando, precisamos aumenta o isolamento social. Envie aos amigos, vizinhos e familiares. Unimed Cataguases”
Imagem que circula pelo WhatsApp
A imagem analisada é antiga. A assessoria de imprensa da Unimed afirmou que a publicação foi veiculada em 2020, na fase inicial da pandemia da Covid-19, para alertar a população sobre a necessidade do isolamento social. “É importante considerar que o contexto da época dessa divulgação era outro e que o comunicado da cooperativa apoiava as recomendações das autoridades públicas locais”, disse.
Contudo, a previsão de que o pico da pandemia aconteceria em abril de 2020 não estava correta. Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, no ano passado, julho foi o mês com maior número de casos diários de Covid-19 no Brasil. A OMS indica que o total de infectados no país caiu no final de 2020, mas voltou a aumentar em 2021. O novo coronavírus já contaminou mais de 10,7 milhões de brasileiros, sendo que 261 mil pessoas morreram da doença até a última quarta-feira (4), segundo dados do consórcio de imprensa. Na última quarta-feira (4), o Brasil bateu o 6º dia consecutivo de recorde de média móvel de óbitos.
- Publicado Em Fake News
É falso que vacinas contra a Covid-19 causaram 501 mortes
*Reprodução Agência Lupa.
Circula pelo WhatsApp um vídeo em que uma comentarista de rádio diz que as vacinas contra a Covid-19 causaram 501 mortes. São citados ainda outros dados de efeitos adversos que teriam sido causados em pessoas logo depois de serem imunizadas. “Aí você pode pensar ‘É um número pequeno, 300 e pouco, 500 e pouco’. Mas virou uma roleta-russa”, diz. “Entrem no site da Anvisa, olhem ali todo o relatório das vacinas que são empregadas no Brasil.” Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado.
A informação é falsa. Não há comprovação de que 501 pessoas morreram depois de serem vacinadas contra a Covid-19. Os dados referem-se a eventos adversos suspeitos relatados em uma ferramenta de acompanhamento do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Qualquer pessoa pode reportar problemas no Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (Vaers, na sigla em inglês). Não é possível dizer que a causa das mortes e de sintomas foi a vacina, uma vez que outras doenças existentes podem ter provocado efeitos colaterais e os números podem estar errados ou incompletos. Apesar de os dados serem públicos, o próprio site avisa que os números não podem ser usados para concluir que todos os efeitos informados foram causados pelos imunizantes. Além disso, não há estudo científico que tenha mostrado que as vacinas contra a Covid-19 podem causar mortes.
O dado foi citado pela comentarista no dia 25 de fevereiro. A Lupa entrou em contato, por e-mail e por telefone, com a produção do programa na última terça-feira (2), na tentativa de ouvir a comentarista sobre os dados usados em sua fala – que foram classificados como falsos. Até a publicação desta checagem, no entanto, não houve retorno.
O vídeo que circula pelo WhatsApp traz apenas um trecho da intervenção, omitindo a fonte dos números usados por ela. Logo que aborda esse assunto, ela diz que os dados foram extraídos do CDC. “Saiu um dado agora no final de janeiro, começo de fevereiro, que vem exatamente do CDC. O dado vem do Sistema de Notificação dos Eventos Adversos de Vacinas, que contabiliza e monitora exatamente essas alergias e todos os efeitos adversos. E os dados são, assim, um pouco alarmantes”, afirmou. Na sequência, ela menciona que “501 pessoas morreram pós-vacina”, trecho em que começa o vídeo que circula no WhatsApp.
- Publicado Em Coronavírus, Fake News