Nesta quarta-feira (19), a Comissão Especial do Câncer Infantil e Adolescente no RS, presidida pelo deputado Dr. Thiago Duarte, realizou sua segunda audiência pública para prestar contas das atividades realizadas pelo grupo em seus quatro meses de existência. A conselheira Niura Tondolo Noro representou o Cremers na mesa de debates, acompanhada pela conselheira Christina Kussler.
Dr. Thiago fez a apresentação das atividades realizadas ao longo dos quatro meses de funcionamento da Comissão Especial, como visitas técnicas aos sete centros de referência no tratamento do câncer infantil no RS e a hospitais e instituições em outros estados. Ainda falou sobre alguns dos encaminhamentos que devem fazer parte do relatório final. “O objetivo é diminuir a morbidade, diminuir a mortalidade e aumentar a sobrevida dos pacientes”, explicou.
A relatora da Comissão, deputada Franciane Bayer, relatou os conhecimentos adquiridos a partir das visitas técnicas e que um deles foi que, ao contrário do que se imaginava, o melhor tratamento para os pacientes de câncer infantil e adolescente é nos centros especializados e não necessariamente perto de suas casas. Para isso, ela ressaltou a importância das casas de apoio para pacientes e familiares.
Zilá Breitenbach, deputada que integra a Comissão Especial e também presidente a Comissão de Saúde e Meio Ambiente, ressaltou que o RS possui redes hospitalares e profissionais de saúde bastante qualificados, mas que é preciso agilizar o processo de atendimento aos pacientes com câncer. Ainda defendeu que as equipes de saúde passem por capacitação constantemente.
A conselheira Niura Tondolo Noro frisou a importância da elaboração de um material em vídeo para os médicos sobre a doença e suas particularidades, principalmente a importância do diagnóstico precoce. Segundo ela, um vídeo seria facilmente distribuído e alcançaria os colegas com mais agilidade. Também colocou à disposição o conhecimento do Conselho para ajudar nessa empreitada.
A comissão deve apreciar o relatório final no começo de março.
Encaminhamentos
Os encaminhamentos que devem compor o relatório final são:
Presença de oncologista pediátrico nos hospitais habilitados a receber e tratar pacientes de câncer infantil;
Hospitais habilitados a tratar de câncer infantil devem ter expertise e experiência para atender pacientes oncológicos pediátricos (pelo menos 30 casos novos ao ano);
Hospitais que recebem pacientes de oncologia pediátrica devem ter um ambulatório de parecer/diagnóstico de “porta aberta”, facilitando o princípio basilar do SUS, que é a acessibilidade. A regulação dos pacientes ocorre depois;
No RS e, em especial, em Porto Alegre se deve ampliar a rede de casas de apoio exclusivas para atender famílias e pacientes com câncer infantil;
As equipes de atenção básica e de estratégia de saúde da família devem ser capacitadas para suspeitar do diagnóstico do câncer infantil;
Os encaminhamentos entre os centros de referência precisam acontecer de forma desburocratizada;
Diminuir índices de mortalidade e morbidade no Rio Grande do Sul, aumentando a sobrevida.
Com informações da Agência de Notícias ALRS