A convite da Academia Passo-Fundense de Medicina (APFM), o coordenador das Delegacias Seccionais do Cremers, Jaber Saleh, representou o Conselho no encontro realizado na noite de segunda-feira (05) para apresentar a atuação da autarquia na calamidade climática que atingiu o estado.
O evento, realizado no auditório da Academia, reuniu representantes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Aliança Empresarial, que falaram sobre ações solidárias e contribuitivas das entidades nas enchentes de maio.
“O Cremers colocou em prática diversas ações voltadas aos médicos, aos colaboradores e às comunidades para mitigar os impactos da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul”, afirmou Saleh.
Ele salientou a atuação do Conselho desde o início de maio, quando a autarquia se tornou um dos principais postos de arrecadação e distribuição de donativos e medicamentos. “Foram mais de 200 toneladas de doações recebidas. Cerca de 500 voluntários e colaboradores auxiliaram na arrecadação, no descarregamento, na separação e na organização das doações a mais de 250 abrigos e entidades beneficiados. Também foram entregues medicamentos em 21
municípios isolados pelas enchentes”, frisou.
Em relação à atuação na área médica, Saleh relatou que, no início de maio, foi criado grupo de trabalho para orientar, de forma técnica e ética, médicos e sociedade sobre o enfrentamento de doenças originadas pelas enchentes. “Também foram desenvolvidas ações em apoio aos médicos atingidos, como a isenção para o pagamento de taxas para emissão de segunda via de documentos extraviados nas enchentes”, abordou.
Entre as inovações implementadas pelo Cremers no período de calamidade, destacou a ferramenta digital de emissão de receituários azul e amarelo, com apoio do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS), para possibilitar a continuidade do uso de medicamentos controlados por pacientes psiquiátricos e oncológicos. “Desde 8 de maio, quando o serviço foi disponibilizado, foram emitidas mais de 40 mil receitas, permitindo a manutenção do tratamento por pessoas afetadas pelas enchentes”, contou.
Texto: Jennifer Morsch
Edição: Sílvia Lago