Evitar a abertura de vagas em Medicina sem condições adequadas foi a pauta da reunião entre o Cremers e o Ministério Público Federal (MPF) nesta quarta-feira (23). O presidente Eduardo Neubarth Trindade, a corregedora Márcia Vaz e a procuradora Michele Milanesi levaram à procuradora da República Suzete Bragagnolo as motivações do Cremers na luta para barrar a instalação de cursos de Medicina da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Porto Alegre, Gravataí e São Jerônimo.
Segundo Trindade, além de a Universidade não garantir critérios mínimos para um ensino de qualidade, a região não consegue absorver mais estudantes das cadeiras práticas. “Alunos do estado inteiro vêm à Região Metropolitana para fazer as disciplinas práticas, mas não há hospitais-escola, leitos SUS nem equipes de Estratégia de Saúde da Família em número suficiente para isso. Os próprios estudantes da faculdade de Medicina da Ulbra de Canoas repudiam essa iniciativa e denunciam a má qualidade do curso”, esclareceu.
Depois de repassar o histórico de ações do Cremers sobre o caso, Bragagnolo garantiu que mobilizará o MPF para que as vagas não se concretizem.
Texto: Viviane Schwäger