O presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, defendeu a imediata revogação do Decreto 11.999, de 17 de abril de 2024, que alterou a composição da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Para isso, ele sugeriu reunir a bancada federal gaúcha para apresentar os argumentos da classe médica.
“Temos que pressionar o Poder Executivo e os parlamentares que nos representam, tanto de forma coletiva como individual. O Decreto 11.999 fere a classe médica e coloca em risco a formação profissional em uma área que é essencial para as pessoas – a saúde. É nosso dever proteger a população”, afirmou Trindade.
O posicionamento do presidente do Cremers foi exposto em debate promovido pelo Simers, na terça-feira (30), com a presença de entidades representativas da área.
O encontro teve a participação da presidente da Comissão Estadual de Residência Médica (Cerem-RS), Tânia Resener, que falou sobre o funcionamento da CNRM e as possíveis consequências do Decreto 11.999.
Ela explicou que a nova regra cria maioria governamental para as decisões que envolvem a formação de especialistas no país. Também exclui o papel do secretário executivo e mantém a Câmara Recursal, eliminando o poder decisório do plenário, que também conta com maioria governamental.
O presidente do Cremers ainda destacou que a autarquia federal já encaminhou aos 31 deputados federais ofício convidando para reunião conjunta no dia 20 de maio para apresentação de pautas de interesse dos médicos, incluindo a necessidade de revogação do Decreto da CNRM. Também participaram do evento o vice-presidente do Simers, Fernando Uberti; o diretor científico da Associação Médica do RS (Amrigs), Guilherme Napp; a conselheira federal do CFM pelo RS, Tatiana Della Giustina; e o presidente da Associação dos Médicos Residentes do RS (Amerers), Vitor Feuser.
Texto: Sílvia Lago