O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) acompanha com preocupação o aumento no número de casos de Monkeypox no Rio Grande do Sul. De acordo com boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS) na última quarta-feira (17), já são 54 casos confirmados e 230 em investigação no Estado. As infecções estão distribuídas em 19 municípios gaúchos, sendo que Porto Alegre concentra o maior número de casos.
A Monkeypox é uma doença de importância para a saúde pública global, sendo endêmica nos países da África Ocidental e Central. No Brasil, o Ministério da Saúde declarou transmissão comunitária da doença (quando não há como definir uma cadeia de transmissão do vírus). Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.
A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele ou mucosa de pessoas infectadas, secreções respiratórias ou objetos contaminados. “Pacientes com suspeita ou confirmação de monkeypox devem ser orientados quanto ao isolamento domiciliar e a evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal, como toalhas, lençóis, roupas, copos e talheres”, esclarece o presidente do Cremers, Carlos Sparta.
A erupção cutânea (lesões, bolhas, crostas) em diferentes formas é um dos principais sintomas da doença e pode afetar todo o corpo, incluindo rosto, palmas e plantas e órgãos genitais. “É muito importante que os médicos saibam identificar as lesões e considerem a possibilidade da doença”, afirma Sparta. Outros sintomas são febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dores musculares e falta de energia.
Na última semana, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) publicou alerta epidemiológico, reforçando as medidas a serem adotadas pelos serviços de saúde. Os profissionais de saúde devem notificar imediatamente os casos suspeitos às respectivas secretarias municipais de Saúde e à Secretaria Estadual da Saúde (SES), coletar amostras para confirmação diagnóstica em laboratório, realizar o rastreamento e monitoramento dos contatos do caso suspeito, além de isolar o paciente. O isolamento deverá ser imediato e até o desaparecimento completo das lesões (cerca de 2 a 3 semanas, ou até 21 dias).
Confira aqui a nota técnica publicada pela Anvisa, com orientações para prevenção e controle da Monkeypox nos serviços de saúde.