A doação é uma iniciativa que precisa ser incentivada para reduzir a lista de receptores a espera de órgãos ou tecidos. Segundo levantamento realizado pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), em 2019, foram feitos 477 transplantes de rim, enquanto que a lista de espera alcançou o pico de 1088 pessoas, em novembro do mesmo ano.
Com o objetivo de propor ações para aumentar o número de doações, o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, recebeu, nesta quarta-feira (15), a coordenadora da Central de Transplantes, Sandra Lúcia Coccaro de Souza. Ela relatou que o órgão trabalha para criar rede descentralizada de captação de rins no estado.
Para Eduardo Trindade, a dificuldade é a falta de esclarecimento em relação às doações e às notificações. “O diagnóstico de morte encefálica é um dos mais seguros, como exige a legislação. Com a qualificação das informações, é possível melhorar a atuação de todos envolvidos: população, agentes de saúde e classe médica”, explicou.
Sandra Coccaro afirmou que parte do aumento das notificações depende de a pessoa deixar claro para a família o desejo de doar seus órgãos. A outra parte das notificações depende dos hospitais.
Entre as iniciativas acertadas para aumentar o número de notificações em 2020 está a promoção de curso de formação para médicos, organizado pelo Cremers com apoio da Central de Transplantes, com foco no diagnóstico de morte encefálica.