O Cremers, juntamente à Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS), divulga aos médicos, que exercem a profissão em hospitais, clínicas e unidades de saúde da capital do Rio Grande do Sul, orientações para isolamento de pacientes com suspeita de infecção pelo novo Coronavírus (Covid-19). Atualmente, a Vigilância Epidemiológica do Rio Grande do Sul atesta que não há casos confirmados no Rio Grande do Sul, bem como no Brasil, conforme o Ministério da Saúde.
Os indivíduos que apresentarem sintomas, se enquadrem na definição de caso suspeito da doença respiratória, e que possuem condições de acompanhamento domiciliar deverão receber atestado médico, determinando afastamento de 14 dias a contar do início dos sintomas, para evitar maior contaminação do público.
Os casos confirmados como suspeitos devem receber o CID-10 B34.9, desde que autorizados pelo paciente. Essas medidas visam restringir ao máximo a circulação do paciente nos serviços de saúde e prevenir a disseminação da doença.
A decisão é baseada em nota conjunta assinada pela Secretaria Municipal de Saúde e o Conselho Regional de Medicina como uma das medidas de prevenção ao Covid-19. O objetivo é restringir a circulação dos pacientes acometidos pela doença nos serviços de saúde e prevenir assim a disseminação do vírus.
Para a determinação, foram considerados o Boletim Epidemiológico 01 do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde; o Alerta Epidemiológico emitido em 27 de janeiro pela Equipe de Vigilância Epidemiológica de Porto Alegre; a Portaria 188, que declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus; o fluxo de atendimento elaborado pela SMS, entre as áreas de Vigilância Epidemiológica, Coordenação Municipal de Urgências, Atenção Hospitalar e Atenção Primária; e que todas as medidas tomadas têm relevância para contingência de casos de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) e são de relevância de saúde pública.
LEIA AQUI A NOTA CONJUNTA NA ÍNTEGRA (link)
Sintomas da doença
Os principais sintomas do Covid-19 são febre, tosse e dificuldade para respirar. Orienta-se ainda investigação para casos de pacientes que tenham apresentado sintomas e tenham viajado para a China em um período mínimo de 14 dias ou que tenham entrado em contato com pessoas que lá estiveram.
Transmissão
As formas de transmissão do vírus ainda estão em investigação, mas a disseminação por contato com pessoas infectadas está ocorrendo desde os primeiros casos apontados em Wuhan, na China.
A contaminação pode ocorrer por meio de gotículas de saliva; espirros; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas.
Diagnóstico
Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico é feito através da coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus e as duas serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), sendo que uma das amostras será enviada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e outra amostra será enviada para análise metagenômica.
Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.
Tratamento
O tratamento da doença é feito com acompanhamento médico em todas as circunstâncias. Por enquanto, há medidas para alívio dos sintomas como o uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos) e o uso de umidificador nos cômodos em que o paciente ficará em repouso, bem como banhos quentes para auxiliar em dores de garganta e tosse.