A primeira Reunião Plenária do Cremers de 2020 foi marcada pela presença da nova gestão do Conselho Federal de Medicina (CFM), que esteve em Porto Alegre nesta quinta-feira (17). O encontro reuniu os médicos conselheiros e a nova diretoria do órgão federal, e teve o objetivo de apresentar e debater posicionamentos sobre grandes temas da Medicina.
Conselheiros do Cremers apresentaram estudos sobre determinados assuntos, que dominaram a pauta do Plenário. A situação dos médicos de Fronteira, especialmente dos uruguaios em atuação no Brasil, foi apresentada por Marcelo D’Ávila. A necessidade de implantação da votação eletrônica no sistema CFM/CRMs foi abordada pelo corregedor adjunto André Martis de Lima Cecchini.
A realização de audiências e julgamentos por videoconferência foi o tema exposto pelo ouvidor Carlos Isaia Filho e a incorporação de novas tecnologias, como o plasma rico em plaquetas, pelo conselheiro André Kruel. Já o conselheiro Eduardo Machado apresentou a análise sobre a Telemedicina.
Também foram discutidos assuntos como o exercício ilegal da Medicina e a Resolução CFM 2.265/2019, que prevê a ampliação do acesso ao atendimento a pessoas com incongruência de gênero na rede pública e estabelece critérios para maior segurança na realização de procedimentos com hormonioterapia e cirurgias de adequação sexual.
A interação entre CRMs e a autarquia federal foi reforçada pelo presidente do CFM, Mauro Luiz de Britto Ribeiro. “Não existe ‘eles e nós’ dentro do sistema conselhal. Nós somos um corpo único, formamos um sistema e nós temos que ter a inteligência e a grandeza de discutirmos assuntos em conjunto”, destacou.
O consenso entre os conselheiros sobre a urgência da manutenção da Portaria 328/2018, do Ministério da Educação, que estanca a abertura indiscriminada de escolas médicas, ficou evidente na conclusão do presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade. “O governo federal deve seguir as regras que ele mesmo cria e não ceder a pressões de mercado. Nós temos a atribuição de defender os bons médicos e, acima de tudo, garantir melhor assistência à população”, afirmou.
Modernização e economia
Os conselheiros do Cremers indicaram ao CFM a necessidade de modernização dos processos eleitorais, seja para a autarquia federal como para os CRMs. “Outras entidades já utilizam a votação eletrônica por segurança do sistema. Poderíamos dar mais esse passo afim de oferecer mais conveniência ao médico e reduzir custos”, ressaltou o corregedor adjunto do Cremers, André Cecchini. A votação digital já vem sendo estudada pelo CFM, segundo o presidente Mauro Ribeiro, e será uma realidade já na próxima eleição.
Participaram da Plenária, além dos conselheiros regionais, a comitiva composta pelo presidente do CFM; a secretária-geral Dilza Ribeiro, o 1º vice-presidente Donizetti Giamberardino; o 2º vice-presidente Alexandre Rodrigues; o corregedor José Souza; a vice-corregedora Helena Leão; o tesoureiro José Gallo; o 2º tesoureiro Salomão Rodrigues Filho; e a 2ª secretária Tatiana Della Giustina.