O número de pessoas infectadas pela dengue no Rio Grande do Sul teve aumento expressivo nas primeiras três semanas de 2024. Foram 602 casos confirmados, contra 63 no mesmo período do ano passado. O número é o mais elevado desde o início da série histórica, em 2015.
Apesar do número de óbitos em 2023 ser menor do que em 2022 (54 e 66 respectivamente), há uma elevação na letalidade da doença.
Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a elevação é explicada principalmente por dois fatores: as condições climáticas e o El Niño, pois as chuvas frequentes, seguidas de calor, facilitam a multiplicação do mosquito Aedes aegypti; e o fato de a doença passar a ter alta incidência em todas as estações, deixando de ser restrita ao verão.
Atendendo à solicitação do governo do Estado, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde e do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde, o Cremers reforça a importância do cumprimento dos protocolos assistenciais para dengue preconizados pelo Ministério da Saúde (MS). Também alerta a população que intensifique os cuidados preventivos, eliminando água parada em residências e postos de trabalho, locais em que o mosquito consegue se reproduzir.
É recomendado uso de repelente e, em caso de sintomas como febre associada à náusea, vômito, irritação na pele ou dor (dor nos olhos, geralmente na parte de trás, dores musculares, articulares ou ósseas), procurar atendimento médico.
Fluxograma do Manejo Clínico da dengue — Ministério da Saúde
Manual de diagnóstico e manejo clínico da dengue em adultos e crianças:
Painel de casos de dengue no RS
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre
Texto: Jennifer Morsch
Edição: Sílvia Lago