*Reprodução de Aos Fatos.
Publicações que circulam nas redes sociais afirmam com base em dados da plataforma VigiMed, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que a agência confirma mortes em decorrência das vacinas contra a Covid-19 usadas no Brasil (veja aqui). No entanto, a ferramenta é abastecida por informações enviadas por qualquer pessoa, sem a necessidade de apresentação de provas. Em e-mail ao Aos Fatos, a agência negou que os dados sejam oficiais e que haja qualquer óbito com relação comprovada com as vacinas.
Posts que replicam o conteúdo fora de contexto reuniam 1.900 compartilhamentos no Facebook nesta quarta-feira (3) e foram marcados com o selo DISTORCIDO na ferramenta de verificação da rede social (entenda como funciona).
Textos do site Estudos Nacionais difundidos nas redes sociais usam dados da plataforma VigiMed, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para afirmar que a agência reconhece mortes decorrentes das vacinas contra a Covid-19 no Brasil. A base de dados, no entanto, é aberta a qualquer pessoa sem necessidade de apresentação de provas e não contém informações oficiais.
Por e-mail ao Aos Fatos, a Anvisa negou que haja qualquer óbito com relação comprovada com as vacinas. “As vacinas em uso no país são consideradas seguras. Já é esperado que pessoas venham a óbito por outros motivos de saúde e mesmo por causas naturais, tendo em vista a taxa de mortalidade já conhecida para cada faixa etária da população brasileira”.
No site, a agência explicita em um aviso antes de acessar os dados que “não tem controle da completude do preenchimento dos dados de todos os campos, tendo em vista que somente alguns são obrigatórios”. A agência também deixa claro que “as informações contidas no painel referem-se às suspeitas de eventos adversos” e que “não é possível ter certeza de que estejam relacionados ou que tenham sido causados por este medicamento ou vacina”. Segundo a Anvisa, os dados são usados como subsídio para o seu monitoramento.