
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) avalia como positivos os efeitos do Decreto do Ministério da Educação (MEC), sancionado na segunda-feira (19), que exige a presencialidade para os alunos que frequentam os cursos de Medicina no Brasil.
Não é de hoje que o Cremers defende a prevalência da qualidade sobre a quantidade no ensino médico brasileiro. O Conselho tem enfrentado, ao mesmo tempo, a incompreensão de alguns, o mercantilismo de outros e uma certa complacência do próprio MEC, na inobservância dos critérios mínimos exigidos para a abertura de novas faculdades de Medicina.
Conforta saber que, pelo menos, o aspecto mais essencial ao exercício da Medicina, especialmente para quem está aprendendo, será preservado: o contato direto professor/aluno; estudante/paciente. Até porque, a Medicina talvez seja a única ciência exata em que o componente mais importante é o fator humano, que pode ser complementado, mas não pode ser substituído por uma tela.
Dr. Eduardo Neubarth Trindade
Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul