*Reprodução de Aos Fatos.
É de 2018, não atual, um vídeo em que é noticiada a morte de uma idosa de Goiânia (GO) que havia tomado a vacina contra a gripe H1N1, diferentemente do que sugerem postagens nas redes sociais (veja aqui). A causa do óbito também não foi o imunizante, mas um infarto agudo do miocárdio, segundo laudo divulgado na época.
Postagens que trazem o vídeo fora de contexto reuniam 123.900 compartilhamentos até a tarde desta sexta-feira (5) no Facebook e foram marcadas com o selo DISTORCIDO na ferramenta de verificação da plataforma (saiba como funciona).
Circula como se fosse atual nas redes sociais um trecho de reportagem da Rede Record exibida em 19 de abril de 2018 sobre a morte de uma idosa em Goiânia (GO) logo após uma injeção da vacina contra a gripe H1N1.
A reportagem completa mostra que Maria Batista da Silva, 71, começou a passar mal quando retornava do posto de saúde Ville de France, teve um mal súbito e morreu enquanto ainda recebia os primeiros socorros. Na época, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia divulgou que o laudo de óbito não apontou relação com a vacina, mas um infarto agudo do miocárdio. A reportagem da Record informa ainda que a idosa tinha problemas cardíacos e já havia tomado a mesma vacina outras vezes, sem complicações posteriores.
Ao jornal O Popular, Paulo Henrique da Silva, filho da idosa, comentou que não relacionava a causa do óbito com a vacina contra a gripe já que nunca tinha sofrido problemas antes.
Instituições como a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o Ministério da Saúde não elencam ataques cardíacos entre os possíveis efeitos adversos da vacina contra a gripe. As principais manifestações são dor, vermelhidão e endurecimento da pele, que acometem de 15% a 20% dos vacinados. Febre, mal-estar e dor muscular podem ocorrer entre 1% e 2% dos imunizados.