Começou nesta segunda-feira (8) em todo o país, a campanha de vacinação contra a poliomielite e atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes.
O Rio Grande do Sul tem registrado, nos últimos anos, baixos índices de cobertura das principais vacinas de rotina. Por isso, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) reforça a importância dos pais levarem os seus filhos para se vacinar: “É importante também que os médicos revisem a carteira das crianças e alertem os pais em caso de alguma dose em atraso”, afirma o presidente do Cremers, Carlos Sparta.
No caso da poliomielite, a campanha busca alcançar crianças menores de 5 anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses do imunizante (que é aplicado aos 2, 4 e 6 meses de idade, via injeção intramuscular) ou que ainda não tomaram as doses de reforço. Esse reforço, previsto pelo Calendário Nacional de Vacinação, é aplicado via oral aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Já a atualização da caderneta é voltada para crianças e adolescentes menores de 15 anos.
De 2015 a 2021, o Rio Grande do Sul não atingiu a meta de vacinação de 95% em nenhuma das seis principais vacinas aplicadas até o primeiro ano de vida (BCG, Meningocócica C, Penta, Pneumocócica, Pólio e Tríplice Viral). Isso abre possibilidade para que algumas doenças consideradas erradicadas voltem a circular ou aquelas que vinham com baixos índices, aumentem. “A vacinação é uma maneira rápida e simples de evitar diversas doenças graves, como poliomielite, sarampo e caxumba”, finaliza o presidente.
Saiba mais sobre algumas das principais vacinas infantis:
-BCG: protege contra a tuberculose. Deve ser administrada dose única ao nascer
-Meningocócica C: protege contra doenças causadas pelo Meningococo C, incluindo meningite e meningococcemia (infecção generalizada). Devem ser administradas duas doses (aos 3 e 5 meses) e um reforço aos 12 meses.
-Penta: protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b. Devem ser administradas três doses (aos 2, 4 e 6 meses).
-Pneumocócica: protege contra doenças invasivas e otite média aguda causadas por 10 tipos de bactéria Streptococcus pneumoniae. Devem ser administradas duas doses (aos 2 e aos 4 meses) e um reforço aos 12 meses.
-Pólio: protege contra a paralisia infantil. Devem ser administradas três doses (aos 2, 4 e 6 meses).
-Tríplice viral: protege contra o sarampo, rubéola e caxumba. Devem ser administradas uma dose aos 12 meses e um reforço aos 15 meses (com tetraviral).