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O evento Fala RS, uma parceria entre o Cremers e o Jornal Correio do Povo apresentada no Dia do Médico (18 de outubro), debateu a qualidade da formação dos médicos gaúchos. Na ocasião, foram revelados os resultados de uma pesquisa do Instituto Methodus que abordou o nível de satisfação da população gaúcha com a qualidade do ensino de Medicina nas faculdades do Rio Grande do Sul. O diretor do Instituto, José Carlos Sauer apresentou a relação entre os investimentos feitos em educação no estado e a relação com a percepção do cidadão a partir de sua experiência.
A pesquisa ouviu a opinião de usuários de serviços de saúde privados ou particulares para avaliar o atendimento recebido, a formação dos estudantes de Medicina nas universidades da região e a estrutura e currículo dos cursos, na medida em que tivessem conhecimento. Os participantes também deram sua opinião sobre investimentos governamentais para a formação de novos médicos.
As respostas foram colhidas em julho e, ao todo, somaram 200 entrevistas realizadas em 14 cidades que possuem curso de Medicina no estado. O número de entrevistados em cada cidade respeitou a proporcionalidade de vagas em cada região.
A nota média para o atendimento foi de 8,7% (numa escala até 10), considerada bastante acima da média para este tipo de avaliação em outras áreas. Cerca de 80% dos entrevistados prestigiam os médicos locais, realizando suas consultas com profissionais de sua cidade. O estudo também apontou que a qualidade do ensino universitário de Medicina na cidade específica do entrevistado foi considerada boa e ótima para 68%. Já para cerca de 92% dos pesquisados, a existência de um hospital-escola para formação dos profissionais é considerada essencial.
Mais de 76% dos questionados consideram fundamental que o profissional de Medicina tenha seu diploma reconhecido pela lei brasileira. E para quase 90% dos entrevistados, a formação de médicos altamente qualificados deve ser priorizada, ainda que resulte em um número menor de profissionais disponíveis. Finalmente, 92% também acreditam que os governos deveriam investir mais nas escolas de medicina já existentes, ao invés de abrir novas faculdades.
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Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Viviane Schwäger