
Foi encerrada nesta sexta-feira (14), a II Jornada Médica Internacional de Erechim. O evento buscou unir os avanços no campo da saúde, resgatando a memória de um legado histórico, que tem suas raízes em Erechim, no Alto Uruguai. O evento contou com o apoio do Cremers, que foi representado pelo delegado Daniel Deggerone e pelo ex-conselheiro Ismael Magulnik. A edição celebra uma tradição que começou em 1929 com a construção de um hospital visionário, na colônia judaica de Quatro Irmãos.

O Hospital Leonardo Cohen, que funcionou por 40 anos, foi pioneiro em técnicas e infraestrutura de saúde na região. Construído por engenheiros ingleses, o hospital teve inovações que só se tornariam comuns nas décadas seguintes, como o piso único para controle de infecções e a sala de parto voltada para o combate à icterícia.
“Hoje, o desafio é conectar o passado com o futuro. A Jornada Médica Internacional tem o objetivo de colocar Erechim e a região do Alto Uruguai no mapa da Medicina no Brasil, consolidando a cidade como um centro de inovação em saúde”, explicou Sérgio Lerrer, coordenador do evento. A jornada reuniu médicos, pesquisadores e gestores de diferentes esferas, promovendo um ambiente de aprendizado e troca de experiências que impacta diretamente na saúde local.
A saúde pública, com seus desafios complexos, foi o tema central. Em sua participação, o médico Sérgio Zylbersztejn lembrou a importância da visão comunitária e da responsabilidade coletiva, elementos fundamentais para a construção de um sistema de saúde equitativo. Já Waldemar Bliacheriene, nascido no Hospital Leonardo Cohen, destacou a importância da formação e do investimento contínuo no aperfeiçoamento dos profissionais de saúde.
A parceria com importantes instituições, como a Associação dos Municípios do Alto Uruguai (Amau), assim como o apoio da Prefeitura Municipal de Erechim, garantiu que a jornada fosse um evento com legados duradouros para a região. O presidente da Amau, Vannei Mafissoni, ressaltou que, “embora todos os setores da administração pública sejam essenciais, a saúde é fundamental, pois afeta diretamente a vida das pessoas”, justificou.

Texto: Antônio Bavaresco
Edição: Sílvia Lago