Os médicos credenciados ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS (IPE-Saúde) decidiram, em Assembleia Geral na sede do Simers, manter a paralisação até o dia 23 de maio.
Um novo encontro está agendado para ocorrer nesta data, quando os profissionais devem decidir pelo licenciamento temporário por 30, 60 ou 90 dias.
O presidente do Cremers, Carlos Sparta, atualizou os médicos sobre as negociações junto ao Governo do Estado para reajustar os honorários médicos e hospitalares, defasados há 12 anos. “O Governo deixou claro que a prioridade vai ser acabar com o déficit, e o que sobrar, será dividido entre os honorários médicos, os hospitais e a oncologia. Nós novamente vamos ficar para o fim da fila”, afirmou.
Em reunião no Palácio Piratini na última quarta-feira (26), Cremers, Simers e Amrigs apresentaram ao Governo do Estado propostas objetivas para a valorização dos profissionais, como a possibilidade de haver uma coparticipação dos pacientes em internações hospitalares e procedimentos cirúrgicos – o que já ocorre atualmente em consultas e exames.
Outra proposta das entidades é que o usuário possa realizar exames ou cirurgias com o médico de sua escolha, mesmo que não seja credenciado ao IPE Saúde, sendo as demais despesas arcadas pelo plano.
Com a reestruturação apresentada pelo Governo na Assembleia Legislativa, a estimativa é de R$ 750 milhões a mais por ano aos cofres do IPE-Saúde. A autarquia conta com mais de sete mil médicos credenciados, o que representa cerca de 20% dos profissionais no RS, e que atendem cerca de um milhão de usuários.