O Cremers promoveu, nos dias 19 e 20 de outubro, no teatro da Amrigs, duas cerimônias em comemoração ao Dia do Médico. Em ambas as ocasiões, a medalha do Mérito Médico Gaúcho foi entregue a médicos que completaram 50 anos de formatura, reconhecendo seus feitos em tantos anos de dedicação à Medicina e à promoção da saúde no estado.
Pausado por dois anos devido à pandemia, o evento retornou em 2022 homenageando mais de 700 médicos, formados nas turmas de 1970, 1971 e 1972.
Familiares, netos, filhos, tiveram a oportunidade de reviver, ou mesmo de assistir pela primeira vez, uma cerimônia que remetia à solenidade de formatura dos homenageados, um reecontro que permitiu que muitos pudessem voltar no tempo.
No palco, as diretorias do Cremers e da Amrigs entregaram a medalha de Mérito Médico e o certificado de reconhecimento ao legado que esses profissionais construíram para a classe médica gaúcha e para a sociedade.
Conforme o presidente Carlos Sparta apontou em seu discurso, esse reconhecimento é um compromisso do Conselho com aqueles profissionais que semearam o caminho que as próximas gerações de médicos pudessem trilhar: “Esses médicos dedicaram-se por toda uma vida à pratica da boa Medicina no estado. É possível imaginar as dificuldades do exercício da profissão há 50 anos, quando o acesso a livros, artigos científicos e tecnologia era quase impossível. Temos orgulho de sermos médicos, mas muito mais, temos orgulho desses colegas que sacrificaram suas vidas em prol da Medicina”, reconheceu.
HISTÓRIAS DE VIDA
A solenidade não foi somente o reconhecimento de dedicação à profissão por mais de 50 anos, mas uma oportunidade de reencontro entre colegas de turma, professores, preceptores e alunos, que puderam rever amigos, relembrar histórias e confraternizar juntos uma trajetória construída em meio século de vida.
Um dos homenageados foi o médico Jaderson Costa da Costa. Formado em 1972 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especializou-se em neurologia e continua atuando do alto dos seus 74 anos de vida.
Segundo o neurologista, esse reconhecimento é um estímulo para os médicos que estão começando na profissão, e garante que não pretende parar de exercer a Medicina tão cedo: “Praticar a Medicina não é uma profissão, é um prazer”, explica.
A psiquiatra Maria Scherer, formada em 1971, pela UFRGS, também foi agraciada. Com 51 anos de profissão e 75 de idade, ela continua exercendo a Medicina e sentiu-se lisonjeada com a honraria recebida.
“É uma iniciativa de grande valor. Este não é só um reconhecimento para quem se dedicou por 50 anos na profissão, mas também para quem pratica a Medicina com honra e prazer”, explica.
Para a médica, a homenagem demonstra uma atitude humana e sensível por parte do Conselho:
“É um cuidado com as gerações anteriores, um reconhecimento da classe médica com seus antepassados”, comemora.
CELEBRAR O PASSADO PARA CONSTRUIR O FUTURO
O vice-presidente Marcelo D’Ávila destacou a satisfação do Conselho em reconhecer a herança deixada pelos médicos que pavimentaram a história da Medicina no Rio Grande do Sul, abrindo caminho para a prática médica em um momento no qual o acesso ao conhecimento cientifico e tecnológico era mais difícil.
“A prática da Medicina há 50 anos era artesanal, e é isso que motiva nossa homenagem. Reconhecer a trajetória, os feitos e, principalmente, a bravura desses profissionais”, enfatizou.
A comenda também reconhece os médicos que atuaram heroicamente durante a pandemia, atuando na linha de frete dos atendimentos e colocando suas vidas em risco para salvar seus pacientes. Muitos desses médicos também receberiam a homenagem este ano, mas perderam a batalha contra Covid-19.
O Cremers entende que essa é uma justa homenagem, e reconhece e orgulha-se do legado de todos esses médicos.
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